Capítulo 8 - processo de revisão

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— Quando Ágata faleceu  Allan me confessou ter feito algo – Tia Samantha fez uma pausa que me deixou ainda mais ansiosa para que ela continuasse, como se ouvisse minhas preces ela falou. — Ele confessou a mim ter tentado se ligar a Ágata,  ele me disse que quando criança ouviu no lugar onde foi criado que se acaso ele amasse alguém verdadeiramente conseguiria se ligar aquela pessoa, o que seria uma espécie de casamento.  Mas se por um acaso se ligasse a pessoa errada ela morreria.  Bom, nos primeiros meses Allan e eu ficamos apreensivos com o fato de que algo poderia suceder a Ágata. Contudo, com o passar do tempo percebemos que na realidade ele não havia se ligado a ela. A tentativa fracassara, Allan tomou isto como um sinal e no havia tentando até... – respirou fundo. — Bem até aquela noite.

— A senhora está me dizendo que eu poderia ter morrido naquela noite? – tia Samantha faz que sim com a cabeça –  Mas não entendo, como pode ter dado certo? Eu mal o conheço, não tenho como ama-lo.

— Bela, não quero que tenha um surto com o que vou lhe dizer agora mas se a ligação funcionou isto significa que você e Allan são compatíveis e que ele nutre algo por você.

— Não quer que eu surte? Tia, tem noção do quanto essa situação é confusa. Pelo amor, alguns dias atrás eu nem poderia imaginar a existência dele e agora você está me dizendo que  de certa forma estou ligada a ele até a morte?

— Não... Bem, sim, mas não do jeito que está imaginando.

— De que maneira então? Por acaso não é o mesmo do que colocar uma coleira em meu pescoço? – me descontrolo.

— Bela, acima de tudo Allan nutre por você um sentimento de proteção. Tenha certeza de que se em algum momento ele sentir que você necessita ser protegida dele mesmo ele não irá hesitar em fazê-lo.

— Quem me garante? – eu não tinha como acreditar somente em tia Samantha. Assim que termino a pergunta, ouço a maçaneta da porta girar e em seguida Allan adentra o quarto.

— Eu lhe garanto. Posso parecer não ter bom senso todavia nunca iria lhe forçar a algo que não queira. Se não quiser ser minha amiga, ou qualquer outra coisa que o laço implica, não irei forçar a barra. Lhe dou minha palavra.

— Então eu posso ir embora? – pergunto olhando dentro de seus olhos o testando, está obvio que eu não vou, não antes de conhece-lo melhor e saber que poderei manter minha vida normalmente.

— Claro, Bell. Você não é minha propriedade ou algo do tipo. Você pode escolher entre ser minha amiga, protetora ... – Ele faz uma pausa – Minha mulher mas isso tudo é muito novo para você.  Você vai querer aproveitar, sair,  conhecer novas pessoas e não ficar presa neste casarão.

—Por que você não sai? – o questiono, no momento a dúvida venceu.  Ele se aproxima da cama em que eu e Tia Samantha estamos. Ficando o mais longe possível de mim. Bom, pelo menos ele respeita o fato de que preciso ficar “sozinha”, se eu o tivesse respeitado naquela noite não estaríamos nessa situação.

A culpa pesou em meus ombros.

— Samantha já lhe contou minha história – ele suspira, consigo notar seu desconforto ao tocar no assunto — Eu sou um fugitivo Bell. Eles estão por ai me caçando, querendo minha pele a qualquer custo. Agradeço a Deus por Samantha ter sido bondosa, se não fosse por ela hoje estaria morto.

—Então... – começo, uma nova dúvida pairando sobre mim — Se não pode sair como conheceu Ágata? – pergunto de maneira direta, querendo apenas conhecer um pouco mais da história.

Eles me olham incrédulos, e somente neste momento percebo que parece que estou com ciúmes. Ora bolas, agora eu não poderia fazer qualquer pergunta que eles levariam para o pessoal. Mas, será que eu estou com ciúmes ? Meu pensamento é interrompido quando Allan decide responder.

— Foi na única vez em que sai,  eu a vi e me apaixonei no mesmo instante - se essa Ágata não estivesse morta eu a matava neste mesmo momento. — Cuidado com o que pensa Bell.

Agora é a minha vez de olhar para eles incrédula .

— Você não lê mentes lê? - meu olhar está assustado.  Se bem que... Não sei, está situação toda me assusta.

— Por que? Está com medo de que eu veja cenas impróprias? - ele pergunta com um sorriso malicioso e torço para  que ele não possa realmente.

— Pode ou não? – o questiono irritada.

— Não. Pode ficar tranquila que eu não possuo este dom. Digamos que consegui imaginar o que você pensou somente pela sua postura e feição, mas eu sinto cheiros e ouço muito bem. – fico incrédula e consigo entender o que ele sugeriu , olho para tia Samantha que olha assustada para ele, o que prova que sim, ela também entendeu.

— Não entendi – digo maliciosa – Que tipos de cheiros pode sentir?

— Todos. Medo, ciúmes - ele diz chegando mais perto. — Raiva ...

Respiro fundo ao notar sua presença cada vez mais perto.

— Será que dá para vocês pararem de flertar na minha frente – Tia Samantha nós repreende fervorosamente – Se quiserem se atracar por aí por favor peço que me avisem para que eu possa me retirar.

Encaro ela com a mais fingida cara de inocente que consigo.

— Quem está flertando aqui? – questiono e Allan ri.

Tia Samantha murmura algo como “ Quem você está querendo enganar” porém não consigo focar nela. Só consigo reparar no fato de que Allan está perto demais. Tomo coragem e me afasto com o coração martelando no peito. Céus, como assim?

Tentando me recompor pergunto a tia Samantha qual a idade da casa em que estamos.

— Casarão – ela me corrige – Bom, antes que me pergunte como o possuo  ele pertencia aos meus avós. E deve ter muito mais de 100 anos. Não sei com muita precisão.

Murmuro um Ah . Mas tarde Magda entra com as roupas e todos se retiram para me darem privacidade.

_Preparei seu banho - Magda fala apos sair do banheiro, ela vai até um amontoado de roupa e o pega antes de dizer - Com toda licença senhorita .

Entrei no banheiro e noto o aroma incrível que sai da banheira.  Tiro minhas roupas e em seguida entro na banheira.  Encosto minha cabeça  na borda e me pego pensando no meu pai.  Esqueci de ligar para ele.  Movimento a cabeça fazendo a preocupação ir embora e relaxo.

Após um tempo me levanto e me enrolo na toalha. Vou direto para a cama, mas antes confiro a porta e visto minhas roupas íntimas e um roupão, e me deito. Me deito com o roupão mesmo nas roupas que Magda me deu não tinha nenhum pijama e as roupas eram todas lindas de mais para eu poder dormir e amasa-las .Durmo tranquilamente.

Sonho com Allan sobre mim, me dizendo o quanto me ama, por um momento tive a impressão de estar acordada. Sinto seus olhos em meu corpo porém logo me vejo sozinha novamente.
                                   ...                                              
Acordo com o sol em meu rosto dou um sorriso, que desaparece assim que eu escuto "É linda até quando acorda" abro meus olhos rapidamente. Noto que o edredom e o roupão cobre meu torax, e minhas partes intimas deixando somente minhas pernas de fora. Olho para Allan com raiva.

_Me diga que você não veio aqui de noite!

_Você quer que eu minta? - ele pergunta com um sorriso - Por que se eu diser que não é isto que eu estarei fazendo.

Eu te amo e Jesus também 😍🌹♥

A Bela E A FeraOnde histórias criam vida. Descubra agora