Capítulo 120

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C4 narrando:
Os tiros já tinham cessado e a favela tava silenciosa.
O Guaraná passou o rádio e disse que ele fez uma ronda no morro junto com os aliados, olhou cada beco mais não viu mais nenhum rival no morro.

GANHAMOS A PORRA DA INVASÃO!!

E todo mundo combinou de se encontrar na entrada do morro.
Conrado: Caralho! Caralho! (ele começou a pular abraçado de lado com o Guaraná)
Guaraná: Ganhamo esse caraí!
Todos: kkk
Yago: kkk sobrou nada não, né viado?
Cobra: Sobrou kkk...o sangue deles derramado pelo o chão!
Todos: kkk
Maju: Que horror! (me abraçou)
Conrado: kkk tá reclamando de que patricinha!? Tu mesmo derramou o sangue do D2! (sorriu pra ela que fez cara de nojo)
Pikeno: Como assim?
C4: O D2 tava com uma arma apontada pra mim. Eu ia atirar nele, mais aí a Maju apareceu atrás e atirou! (beijei ela)
Pikeno: Porra! (bateu palmas)
Yago: Agora a dama do morro já tá batizada!
Todos: kkk

[...]

Depois da comemoração na entrada do morro, os aliados se despediram e foram embora com os soldados.
A Maju tava cansada, falei com os meninos e levei ela embora.
Enfrente a minha casa tinha vários corpos, inclusive dois eram meus soldados, pedi pra Deus guardar a alma deles e sai puxando a Maju que tava de olhos fechados evitando olhar pra aquilo ali.
Entramos em casa e a Mari tava sentada no sofá chorando, a Maju me soltou rápido e correu pra abraçar ela.
Mari: Maria Julia...você tem idéia do que eu chorei preocupada com você? (encarou a Maju)
Maju: Desculpa Mari! Desculpa! Desculpa! Eu não podia deixar o Caique morrer e se eu tivesse falado com você, você ia me trancar aqui!
Mari: Ia mesmo! Meu Deus...tá tudo bem com você flor?
Maju: Uhum! (concordou)
A Mari soltou a Maju e levantou do sofá se aproximando de mim, sorri e puxei ela pra um abraço.
C4: A gente ganhou a invasão Mari, meus inimigos tão mortos!
Mari: Não sabe como eu rezei pra Deus te proteger nessa maldita invasão! (me encarou e eu sorri)
C4: Cadê meu filho?
Mari: Tá no quarto! Teve uma hora que ele acordou e chorou tanto, pensei que tivesse acontecido alguma coisa com vocês dois!
C4: Pode ficar despreocupada! Agora o Alemão tá em paz! (abri os braços e ela sorriu)
Mari: Que bom! Agora leva a pequena pro quarto que ela tá cansada. (apontou pro sofá)
A Maju tava meio deitada no sofá e com os olhos fechados, respirei fundo e abri um sorriso pra ela.
Mari: Agora que já tá tudo bem, eu vou voltar pra casa. Daqui a pouco eu volto pra preparar o café!
C4: Precisa voltar não Mari, vou levar eles pra Angra até colocar o Alemão todo no lugar de novo!
Mari: Melhor assim, um tempo longe do morro vai fazer bem pra ela!

[...]

Foram duas horas e meia de viagem, já era quase seis horas da manhã e já tava amanhecendo.
A Maju tava cansada e veio dormindo a viagem inteira abraçada com o meu filho no banco de trás.
Entrei na garagem e estacionei o carro, desci com cuidado pra não fazer barulho e acordar os dois.
Arrodiei o carro e fui em direção a porta da sala, peguei a chave no bolso e abri ela.
Entrei e olhei ao redor, fazendo uma ronda geral pra saber se tava tudo igual eu deixei.
Voltei pro carro e abri a porta de trás, peguei o teteu no colo e entrei em casa, subi as escadas e abri a porta do quarto que eu dormia.
Coloquei ele na cama e arrumei direito pra quando ele se mexer não cair no chão.
Me virei e sai do quarto, desci as escadas correndo e voltei pro carro de novo.
C4: Amor... (alisei o rosto dela)
Ela foi abrindo os olhos lentamente e me encarou, deu um sorriso lindo, respirou fundo e alisou a barriga.
Maju: Bom dia!
C4: Bom dia morena! (beijei ela)
Maju: Ainda não dormiu, né? (alisou meu rosto)
C4: kkk não! Vem, vamo entrar! (falei e ela concordou)
Me afastei da porta e ela saiu do carro com cuidado.
Fechei a porta do carro, segurei na mão dela e sai puxando ela pra dentro de casa.

AM♥R DE FACÇÃO - Onde Tudo Começou...Onde histórias criam vida. Descubra agora