Três dias depois...
Maju narrando:
Depois de três dias de exames pra ter certeza de quê tudo estava bem, hoje o C4 finalmente sairia desse hospital, à gente não aguentava mais ficar aqui.
Já era quase uma semana e meia dentro desse hospital, a enfermeira aparecia aqui todo dia às seis da manhã pra aplicar os medicamentos e sempre depois quê ela saia o C4 xingava ela de todos os nomes possíveis.
Ele tirou os pontos hoje pela manhã, mais ainda sim precisava ficar com os curativos e eu já conseguia trocar de tanto ver à enfermeira fazendo isso três vezes ao dia.
Hoje é Sábado, tá fazendo um sol lindo e estamos super animados pra voltar pra casa, o médico vai vim daqui uma hora pra dá à alta pro C4.
Eu tô arrumando algumas roupas do C4 dentro de uma mala pequena, quando alguém entra no quarto....Cadu e Conrado!!
Cadu: Parceiro! Oii pequena! (fez toque com o C4 e acenou pra mim)
Maju: Oii Migo!!
Conrado: E aí, tudo pá?! Oiii Majuzinha!! (ele também fez toque com o C4 e apenas acenou pra mim)
Maju: kkk Oiii Brunin!
Cadu: Parceiro à gente trouxe umas coisas pra tu!!
C4: Eu quero minha pistola, tô loco pra dá uns tiro naquela enfermeira do inferno!!
Todos: kkk (todo mundo deu risada inclusive ele)
O Cadu tirou à mochila das costas e abriu encima da cama do C4. Ele tirou uma pistola, um rádio, um saco de doritos, um pacote de biscoito recheado e uma latinha de Skol.
Só esses dois mesmo, pelo o quê eu sei é proibido à entrada de alimentos ou bebidas quê são trazidos pôr visitantes.Devem ter subornado o segurança!!
C4: Caralho! Eu não vivo sem vocês! (ele abriu um sorriso imenso e abriu à cerveja)
Eu revirei os olhos e voltei à arrumar às coisas.
Conrado: kkk eu sei, eu sei...
C4: Não aguentava mais aquela sopa com gosto de esgoto!!
Todos: kkkk
Cadu: Irmão, tem alguém querendo falar contigo!! (ele falo sério)
Foi aí quê eu me toquei e virei pra trás com os olhos arregalados. E então à Raquel entrou no quarto com o Mateus no colo, pensei quê ela não viria e também não tinha comentado com ele ainda.
O quarto ficou um silêncio absurdo e à única coisa quê se ouviu foi o barulho da latinha de cerveja caindo no chão.
Encarei o C4 e os seus olhos tavam arregalados, parecia ter visto um fantasma, ele foi tentar levantar mais o Conrado segurou ele, então ele deitou de novo e continuou encarando à Raquel quê pela à expressão parecia nervosa.
Raquel: Tinha esquecido de como você é teimoso!!
C4: Ra...Raquel??! O quê tu tá fazendo aqui??
Raquel: Eu vim salvar sua vida e trazer nosso filho pra você conhecer! (ela sorriu e uma lágrima escorreu no seu rosto)
Ela se aproximou dele e entregou o Mateus quê só ria, o C4 olhava pro Mateus atômico.
C4: Meu filho?! Qual é o nome dele? (perguntou enquanto pegava o Mateus com agilidade)
Raquel: Mateus! Do jeito que você queria!
Mateus: Você é meu papai?? (falou com uma voizinha muito fofa)
C4: kkk uhum, você que quê eu seja seu papai??
Mateus: Quelo! À mamãe falo quê você tava viajando! (ele falo e o C4 olhou pra Raquel)
C4: Mais agora eu tô aqui com você!! (ele passou às mãos pelo o cabelo do Mateus)
Raquel: C4 eu preciso conversar com você, à sós!! (ela olhou pra mim e depois pro C4)
Cadu: Vem Maju! (ele sussurrou)
E saiu me puxando pra fora do quarto junto com o Conrado, respirei fundo tentando me acalmar, eu quero ficar dentro do quarto, quero saber o quê eles vão conversar.
Saímos do quarto e o Conrado fechou à porta, olhei pro Cadu com um olhar desafiador e ele suspirou.
Cadu: À coisa tá séria, deixa eles conversarem!!
Maju: E porque quê eu não posso ouvir??
Conrado: Qual é Maju, deixa de encher linguiça mano. Eles dois se conhecem à anos e pela primeira vez em dois anos eles tão se falando de novo.
Cadu: Eles tão precisando conversar Maju!! (ele me encarou sério e eu suspirei)
Olhei pra aquela porta e concordei com à cabeça.
◆◇◆◇◆◇◆◇◆◇◆◇◆◇◆◇◆◇◆◆◇◆◇◆C4 narrando:
Raquel continuava do mesmo jeito, o olhar meigo, um sorriso bonito e um corpão. Eu tava feliz pôr ver meu filho pela primeira vez, ele é esperto e um menino muito bonzinho. Deixei de olhar pro meu filho e encarei ela com os olhos cerrados, eu esperava ansiosamente pela à explicação da parte dela.
C4: Então??
Raquel: Eu preciso de um lugar no Alemão, não posso voltar pra Rocinha!
C4: Então, era lá quê tu tava se escondendo??
Raquel: Eu não tava me escondendo, só não queria quê você me achasse!
C4: Porquê??
Raquel: Não importa! Eu tô jurada de morte e o Mateus também, o D2 e o PN falaram quê iam me matar se eu voltasse pro Alemão, mais quando eu descobri quê você tava internado, eu precisava voltar.
C4: Tu é louca Raquel? Tinha quê se envolver logo com o traficante da pesada, porra?! (falei com raiva)
À Raquel é prima do D2, ele é o dono da Rocinha e o meu santo não bate com o dele, já nos confrontamos várias vezes mais nunca deu em nada. Mais se esse filho da puta triscar um dedo na Raquel ou no meu filho, eu mato ele!
Raquel: Ele já tinha falado quê ia me matar C4, pôr isso quê eu fui embora naquela época! Me desculpa pôr tudo...eu ainda te amo tanto... (ela chorava muito)
Não voi negar, meu coração disparou com o quê ela disse.
Raquel me olhou firme, ela ainda tinha aquele olhar aventureiro e foi questão de encarar aqueles olhos pra todas às lembranças voltarem.
Nosso primeiro beijo, nossas discussões, o dia quê ela me salvou num confronto e no dia quê eu pedi ela na frente de toda à favela pra ser minha fiel...
◆◇◆◇◆◇◆◇◆◇◆◇◆◇◆◇◆◇◆◇◆◇◇◆Gente pra quem quiser ouvir, eu indico duas músicas especialmente pra essa narração do C4 com à Raquel.
Músicas:
Tribo da Periferia - Você me fez errar
Ou
Tribo da Periferia - Viva o seu melhor
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AM♥R DE FACÇÃO - Onde Tudo Começou...
AcakC4, o dono do poderoso morro do Alemão se apaixona cegamente pôr Maria Julia, a filha de um dos empresários mais ricos do Rio de Janeiro. Pôr ele ela largou a família, subiu o morro em busca de aventura, se deparou com amor e também com amargura. Nu...