Capítulo 119

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C4 narrando:
Ela tava toda ensopada, o rosto dela tava pálido e com o corpo cheio de arranhões.
Ela largou a arma no chão e me encarou com os olhos arregalados, eu corri e abracei ela com força.
Seu corpo tremia e eu escutava os soluços altos dela, minha cabeça tava a milhão e eu tentava entender o que tava acontecendo.
Maju: Eu não vou aguentar te perder de novo, não dá! (me encarou chorando)
Abracei ela de novo e dei um beijo na sua testa.
C4: Você não vai me perder morena! Não vai! (fiz carinho na sua cabeça)
C4: A gente tem que sair daqui! Tem inimigo vivo pôr aí e aqui é perigoso!
(falei e ela concordou)
Segurei firme na sua mão e sai puxando ela com cuidado.
Os tiros ainda tavam intensos e foi quando a gente escutou um barulho alto.
Puxei a Maju pra dentro do beco, coloquei ela atrás de mim e já fui sacando minha fuzil.
Mais abaixei quando vi o Conrado entrando no beco.
Conrado: Maju? (encarou ela assustado)
C4: Caralho que susto!
Conrado: Foi tu que matou o D2?
C4: Não, foi a Maju! (falei e ele arregalou os olhos)
Conrado: Sério? E ele deixou? (brincou)
A Maju enxugou as lágrimas e revirou os olhos.
C4: Tu precisa tirar ela daqui!
Conrado: Não dá parceiro! O filha da puta do Lucas tá subindo o morro com os soldados dele!
Conrado: Se eu sair com a Maju não vou conseguir proteger ela!
C4: Porra! Cadê os moleque?
Conrado: Tão na entrada do morro! Eu falei com o Cadu pelo o rádio e ele falo que daqui a pouco cola aqui!

[...]

Conrado: Eles tão subindo!
Cadu: A gente tá em menor número! (falou carregando a arma)
C4: Eu não vou deixar nada acontecer com a Maju! (falei sério)
Segurei minha fuzil e me posicionei enfrente o beco no meio dos meninos.
Os tiros foram aumentando, virei e encarei a Maju.
Ela tava quietinha, chorava baixinho e abraçava a barriga.
Sussurrei um "eu te amo morena" e ela sorriu enquanto limpava as lágrimas, correu na minha direção e me beijou, um beijo lento e carinhoso.

Eu não podia perder essa mulher e tava disposto a fazer qualquer coisa pra isso não acontecer!

Encerramos um beijo, ela me olhou e abriu um sorriso lindo, alisei sua barriga e dei um beijo na sua testa.
C4: Fica atrás da gente! (falei e ela concordou)
Se afastou de mim e se apoiou no muro.
O beco tava silencioso até a gente escutar o barulho das armas.
Lucas: OLHA SÓ QUEM EU ENCONTREI! (sorriu)
Ele tinha vários soldados atrás dele e eu só conseguia pensar na Maju atrás de mim.
Conrado: O filha da puta é meu! (olhou pra gente)
Cadu: kkk
C4: Sem problemas! (falei e já fui atirando)
Alguns tavam sem armas, outros com pistola e isso só facilitou a morte deles.
Era tiro pra todo lado e a cada bala que saia era mais um que caia no chão.
Atirava sem dó, não ligava em estourar a cabeça deles.
A "guerrinha" já tava quase acabando e só faltava mais quatro, olhei pro Cadu e ele deu uma risada alta.
Apontou a AK-104 dele e matou um, eu não quis perder tempo e já fui atirando nos outros dois.
No começo o Lucas tava se sentindo o todo poderoso, foi quando ele olhou pra trás e viu os seus últimos três soldados estirados no chão.
Num momento rápido, ele ergueu a arma e tentou atirar no Conrado, mais a sua arma já tinha zerado.
Quando ele pensou em correr, o Cadu parou atrás dele, mirou a arma e deu dois tiros no seu pé, fazendo ele cair no chão de dor.
Abri um sorriso e andei até ele, peguei na gola da sua camisa e sai arrastando seu corpo.
Olhei pro Conrado com um sorriso largo no rosto e joguei o Lucas nos seus pés.
Conrado: kkk a pessoa provoca e quando vai bater de frente...arrega! Pode isso? (encarou a gente)
Cadu: Cadê a coragem Luquinha?
Conrado: Coragem pra agarrar uma mulher à força ele tem, agora vamo ver se ele tem coragem pra entrar no saco preto! (falou com ódio)
Conrado: Fala pro capeta que eu tô mandando um salve! (atirou na testa do Lucas)
O Cadu e o Conrado bateram as pistolas, como se estivessem brindando e começaram a rir.

AM♥R DE FACÇÃO - Onde Tudo Começou...Onde histórias criam vida. Descubra agora