Capítulo 5 - " Ajudem-me "

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Capítulo 5Ajudem-me

Final do capítulo anterior.

Narrativa - Frisk

- Por que eu diria para você...?- Arqueei a sobrancelha esquerda o que fez ele fazer um tsk e dizer algo que me pegou muito de surpresa, mas que até fazia sentido.

- Por que ele é meu pai e de Papyrus. Agora me diz por que você falou o nome dele enquanto dormia?

- Talvez por causa da minha mediunidade, ou por conta de alguma forma maior sei lá, nos encontramos em meu subconsciente. De forma simplista, no sonho que acabei de ter.

- O que? Ta brincando comigo né? Por que diabos vocês se comunicariam? – Ele me indagou cogitando vir até mim, eu já estava prestes a dizer que não fazia ideia de como aquilo aconteceu, que simplesmente ocorreu, mas alguém gritou ao longe.

- SANS! EU VOLTEI! JÁ DEIXOU A HUMANA NO SEU QUARTO?! – Era o irmão deste que estava a minha frente, Sans respirou fundo e resmungou saindo do quarto me lançando um olhar de canto antes de passar pela porta, eu entendi a mensagem e não tinha como sair dali mesmo até por que minhas pernas ainda estavam dormentes.

Narrativa – Sans

Eu realente não estou entendendo mais nada, ela sonhou com Gaster? Não, pare se sonhar com algo ou alguém tem que já ter visto aquilo enquanto acordado, então foi algo mais profundo que um sonho. A questão é como ela foi capaz de conhecê-lo, ao menor vê-lo, será que ele tinha uma mensagem? Mas por que a humana? Por que não tentou me contatar? Droga, quantas perguntas!

- SANS! – Meu irmão gritou comigo, como de costume, me tirando dos meus devaneios e questionamentos internos. Nem notei que já tinha descido as escadas estando assim praticamente cara a cara com Papyrus.

- Desculpe, o que disse? Eu estava meio... Pensativo demais? – Minha fala saiu como uma pergunta, afinal, eu estando pensativo não é algo que se vê todos os dias. Papyrus suspirou como se pedisse por paciência e assim disse.

- Eu perguntei, se a humana está dormindo ainda ou ela já acordou?

- Acordou uns instantes antes de você chegar gritando por mim. – Dei de ombros e desviando o olhar daquela carranca. É só comigo ou os irmãos mais novos conseguem ser tão chatos?

- Certo, vem me ajudar aqui então, Flowey você já tirou as coisas das sacolas?! – Bufei discretamente enquanto ele saia falando alto para a florzinha que provavelmente já estava na cozinha. Por que diachos vou ter que cozinhar para aquela humana? Tsk, não tenho escolha mesmo. E assim comecei a andar em direção a cozinha murmurando xingamentos enquanto podia.

Narrativa – Frisk

- Acho que já estão menos dormentes... – Comentei para mim mesma enquanto passava as mãos sobre minhas pernas fazendo nelas uma espécie de massagem, suspirei pesadamente. – Se o que Gaster me disse for verdade, isso foi só uma pequena dose do que terei que enfrentar... Não vou conseguir fazer isso sozinha, Flowey não vai poder fazer muita coisa, infelizmente... Então só me resta pedir ajuda para esses dois irmãos esqueléticos.

Emburrei a face em cogitar isso, aquele Sans me parecia um tanto irritante, mas... Não, pode... Ou pode? Inflei as bochechas tentando conter o riso, o que foi inútil já que cai na gargalhada. Eu sou um gênio em perceber isso tão facilmente e com tão poucas coisas para que eu possa imaginar tal coisa, eu aposto que ele é pau mandado de Papyrus, parando pra pensar direito... Ele ta usando uma coleira? Se alguém me visse agora, começaria a rir, pois eu estava a falar comigo mesma em pensamentos e fazendo altas caras e bocas. Forcei minha mente a visualizar aquele ser que estava na minha frente instantes atrás e realmente, ele usava uma coleira de spikes!

The Determination to liveOnde histórias criam vida. Descubra agora