Mary, the Immortal [HIATUS]

1768

-Certo. Agora, oque está acontecendo? -Pergunto-o intrigada.

-Longa história. -Ele continua a dirigir.

-Tenho muito tempo ainda, literalmente.

-Vamos á uma lachonete. Eu te conto tudo, prometo.

-Ok, então vamos logo. -Mexo no cabelo.

Acordo com alguém me cutucando.

-Acorda, Bela adormecida. -Bill diz baixo.

Esfrego os olhos e bocejo.

-Onde estamos?

-Em um posto de gasolina com lanchonete, acho que perto de São francisco. -Ele olha pra estrada.

-São Francisco? -Me espanto, pois isso era muito longe do nosso local inicial. -Quanto tempo eu dormi?

-Por uns dois dias pelo menos. -Ele fecha um pouco os olhos por causa do sol.

Levanto-me e saio do carro.

Andamos até á lanchonetete, que mais parecia um pequeno bar/pub.

Sento-me em um acento e Bill fica a minha frente. Boto as mãos sobre a mesa e espero.

Ele suspira.

-Bom, tudo começou em 1763....

"Pessoas que um dia sofreram, hoje farão os outros sofrerem."

Eu reconhecia aquela frase, mas não me recordava da onde e o por quê.

Ele continua:

-Duas pessoas brilhantes resolvem realizar o sonho que todos tinham: Viver para sempre... Victor Reon e Gabriela Wein eram as pessoas certas para fazerem um sonho se tornar realidade. Esses dois cientitas eram determinados, não desistiam de nada. Eles faziam o impossivel, ser possivel.

Mas no meio do projeto, Victor morreu misteriosamente...

-Oque vão querer?

Olho pro lado e vejo uma mulher, 40 a 45 anos com um cigarro na boca e um avental branco.

-Panquecas de chocolate com mel. -Bill responde, sorridente.

-Ovos com bacon e café ao leite. -Olho séria pra ela, enquanto a mesma anotava tudo.

-Certo, daqui a 20 minutos estará pronto. -Sua voz enjoativa ecoava pela mesa.

-Obrigado. -Sorrio e ela vai embora.

-Voltando a histórinha... Gabriela não aceitou muito bem a morte de Victor, pois ela o amava incondicionalmente. Um mês depois da sua morte, Gabriela acreditou ter achado a solução da imortalidade e foi até o tumulo dele. Depois de cavar até seu corpo palido Gabriela deu o soro a Victor... Aquilo.. Não deu muito certo...

Uma garçonete joga nossos pratos na mesa.

-Bom proveito, casal.

-Não somos um... -Bill não consegue terminar a frase, pois a garçonete já havia ido.

Começo a comer e o encaro.

Ele larga o garfo com Panqueca.

-Ok... Quando Victor voltou a vida, ele não era o mesmo... Estava morto por dentro. Sem os orgãos também né...

Ele sussurra a ultima parte e não consigo escutar.

-Depois de se iludir muito, Gabriela acaba caindo na real.. Aquele não era o homem por quem se apaixonara.

Ele faz uma pausa e come mais um pouco.

-Algumas pessoas da organização nem o consideravam uma pessoa de verdade... Gabriela ficou devastada, mas sabia oque tinha que ser feito. Ela o mataria e não deixaria vestigios do que fez.... De algum jeito, Victor sabia oque iria acontecer.

Bill pede a conta.

-Ele teria que matar Gabriela antes... E foi oque ele fez. Na madrugada natalina do ano de 1768 Gabriela Wein foi achada morta em sua casa, estrangulada, pra ser mais exato. Depois disso, Victor fez com que a Organização crescesse mais e mais. Ele ressucitou algumas pessoas que seriam necessarias e estão por ai até hoje.

A garçonete chega com a conta e Bill paga, dando uma generosa gorjeta.

-Vamos. -Ele diz se levantando.

Sigo-o até o carro e voltamos pra estrada.

-Como você sabe tudo isso? E oque eu tenho haver com essa história? -Olho pra ele, curiosa.

-Outra longa história, que irei contar outro dia.

-Aonde vamos agora?

-Pra sede do PIC, em Newaly, a cidade fantasma.