Paris

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Acordo assustada e com dor de cabeça.

Observo, meio confusa, ao redor do quarto; um colchão velho, uma janela com grades e algemas.

-Alguém? -Falo alto.

Não possuo resposta e tento soltar as algemas de ferro do meu pulso, sem êxito.

"Merda!"

Escuto passos vindo ao longe e volto a posição de antes, deixo os olhos semicerrados para que não percebessem que eu estava acordada.

A porta se abre.

-Pode parar de fingir, querida. -Ouço uma voz conhecida.

Abro meus olhos e a encaro, furiosa.

Seus lábios avermelhados destacavam-se na sala totalmente branca.

Ela bate palmas.

-Isso é tão emocionante! Você não acha, Mary? -Observo seu sorriso cínico e apenas fico calada. -Não? Tudo bem.

Tento livrar-me das algemas novamente.

-Não gosta? Acho isso um toque clássico! -Victor fala, entrando.

Fico assustada com sua presença.

-Oque foi, amor? Viu um fantasma? -Ele ri.

-Victor...? Victor Reon?

-Parece que ela está situada de tudo, certo?! -A senhorita fala e vai até ele, pousando um beijo apaixonado em seus lábios. -Agora, vamos!

-E quem é você? -Olho pra ela.

Ela me dá um olhar mortal, como se aquela fosse uma pergunta proibida.

-Vamos. -Ela sai da sala.

Victor vem andando devagar até mim com uma chave pequena.

Ele se abaixa e tiras as algemas.

-Você não pode fazer essa pergunta a ela, e não me pergunte o por quê. -Ele bota a mão no meu braço e me retira dali.


Observava a paisagem se distanciando.

-Pra onde vamos? -Falo.

-Como você sabe, aqui não é seguro. -Ela observava pela janela. -Então... Paris é o nosso destino.

"Paris!" começo a ter várias lembranças desse local.

Senti um enjoo repentino.

-E onde é o banheiro? -Tento não vomitar. -Não estou muito bem.

-O banheiro é ali, no final. -Victor olha pra mim.

-Certo, obrigada.

Dirijo-me até o local dito e tranco a porta. Ajoelho e ponho-me a vomitar.

"Estranho" Começo a sentir dores abdominais.

Volto ao meu lugar, tentando esconder a expressão de dor. Aparentemente tive sucesso, pois ninguém havia me perguntado nada.

-Vamos começar a descer, senhorita. -Olho para o homem moreno de terno e ele sorri.

"Por que não estou resistindo a isso?" fico perdida em pensamentos.

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Capitulo curto porque a preguiça tá falando mais alto q

Mary, the Immortal [HIATUS]Onde histórias criam vida. Descubra agora