Olá caro leitor.
Durante essa nossa jornada eu vim relatando as tramas da nossa querida protagonista. Mas como eu estou um pouco cansado vamos mudar um pouco.
Vamos dar uma olhada em outro alguém. Alguma sugestão? Não? Vejamos... Eu ja estava curioso sobre algo. Vamos, Tem alguém que merece uma chance de se explicar.
(...)
O dia em que dois jovens se esbarram em um parque de madrugada: Horas antes.
Matt acordou tarde mas se sentiu como não tivesse dormido nada. Abriu a porta do quarto que dava diretamente para a sala da casa de apenas um andar.
No centro da sala, descansava uma pequena mesa redonda com 3 cadeiras à sua volta. Essa terceira deixara de ser usada há muito.
Matt foi para a cozinha e preparou uma xícara de café. Tomou o café quente, com cuidado para não queimar os lábios enquanto tentava expulsar o desânimo.
Andou pesadamente de volta para o quarto e ficou deitado, sem dormir, porém sem levantar. Algum momento depois ele pega o celular e confere as mensagens.
[1:09 PM] Sam: 'Tudo certo cara.'
[1:24 PM] Matt: 'Ótimo. Valeu por tudo. Até hoje de noite.'
Matt sempre soube que quando tomasse essa decisão não poderia mais voltar. Não teria a coragem. Não poderia aceitar tal humilhação.
De tal modo que se planejou muito bem até a chegada deste singelo dia. Não diferente dos outros, de forma alguma, porém crucial para o desenvolvimento dos seguintes acontecimentos.
(...)
O dia em que dois jovens se esbarraram em um parque de madrugada: Logo após se despedirem.
Nos pequenos momentos em que Matt sentiu aquela estranha garota em seus braços pôde ter paz, pôde esquecer o que mais lhe atormentava.
Sabia que não teria mais tempo, tinha que seguir com seus planos. Assim, logo que deixou Lua na porta de sua casa, seguiu caminho para a estação de trem.
Já estava atrasado. Planejava fugir na noite passada. Era por isso que estava caminhando no parque tão tarde da noite.
Mas não poderia te-la deixado lá, sozinha, perdida, quebrada.
Tempos de planejamento jogados fora no momento que se esbarraram.
Assim como não queria ter de deixá-la naquele momento, também não queria ter de fazer isso agora, mas não podia ficar lá também.
A república de seu colega, Sam, era sua única saída. A última luz antes do farol se apagar. E sem ele, Matt afundaria.
As ruas estavam frias, e os poucos postes que iluminavam deixavam tudo com uma aparência triste e macabra, pensava em tudo, pensava na garota estranha, a que ele simplesmente havia largado.
Uma das decisões mais cruciais de sua vida, apenas para confortá-la em seus braços, pensava em todos os seus erros, pensava em seu pai, pensava na figura materna que nunca pôde ter. Pensava nas palavras severas de hoje cedo.
Para entender melhor essa situação meu caro leitor, vamos ter que deixar o menino falar por si. Vamos caminhar por suas lembranças... Vamos ver o que aconteceu essa manhã.
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Incógnita
General FictionPerdida, quebrada, sozinha. Como uma viciada, Lua ficou em abstinência. Era uma incógnita. Estas, que servem para serem desvendadas. Só que as vezes, é preciso se perder para se descobrir. E sobre estar perdida, de pensamento e de alma, Lua era p...