Fim.

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Você está louca. Não. Eu não sou louca, você é. Não. Você está surtando. Isso não é real, é tudo ilusão, por favor, alguém me diga que isso é tudo da minha cabeça.

Me apoiei na primeira coisa em que apareceu na minha frente, e era uma mesa familiar, estiquei meu braço para ver o que tinha em cima e, havia um telefone. Peguei e ascendi o isqueiro que Drake havia jogado para mim. Quando o ascendi, consegui ver o telefone, idêntico ao que supostamente sonhei uma vez estar atendendo.

Eu já estive aqui.

Eu já sonhei exatamente com esse lugar.

Eu estou no porão.

Isso não faz sentido. Eu lembro exatamente de ter sonhado com isso. Não foi um sonho?

Peguei o telefone e fiz uma gravação dizendo: "Não entre no porão." Deixei o telefone jogado ali mesmo, nem sabia o que estava acontecendo, não sabia porque eu tinha deixado essa gravação.

Me levantei daquele chão e andei, não sabia exatamente para onde estava indo, mas eu estava andando. Comecei a ouvir sussurros de uma voz vindo de longe e cada vez se aproximando mais.

— Mary! Você me encontrou! Por favor me salve, eu imploro! — conseguia ouvir Natália falando isso

Eu corri até a voz quando me deparo com um espelho. O mesmo espelho do roupeiro do meu quarto, o que eu achei estranho e grande logo que compramos essa casa. Me aproximei e consegui ver o meu rosto, eu estava realmente péssima, detonada, não estava me reconhecendo. De repente consegui ver eu mesma no reflexo do espelho escrevendo "ajuda" no mesmo.

Sinceramente? Não ligo. Minha mente projeta tantas coisas ridículas que nem me importo mais.

Andando sem rumo, não pensando em nada, algo puxa meu braço e me tranca em um quarto, ele tinha uma luz fraca. Eu conseguia ver uma cama, um fogão, uma pia, um vaso sanitário e uma televisão com computadores. Alguém morava ali dentro.

Alguém com uma máscara puxou uma cadeira e me sentou nela. A pessoa quebrou todas as luzes e pegou apenas uma lanterna, não entendi o motivo, talvez para me deixar mais nervosa do que já estava. Quando ela finalmente tirou a máscara... não estava acreditando.

— Natália?! Meu Deus! Aonde você estava? Você está bem? Nós ficamos tão preocupados! Por que você me sentou nesta cadeira? — eu perguntei aflita

— Cale a boca. — Natália disse curta e grossa, enquanto me amarrava na cadeira

— O que você está fazendo? O que deu em você? Por que está me prendendo?

Natália pega outra cadeira e se senta em minha frente.

— Olá Mary.

— Natália?! Por que você me prendeu aqui?! — eu disse tentando me soltar.

— Como foi que você me chamou?

— Pelo seu nome... Natália... ?

— Hahaha! Aquela menininha boba? Nossa Mary, esperava mais de você. As outras meninas eram muito mais inteligentes que você.

— O que está acontecendo? — eu já não sabia mais o que pensar, o que sentir, o que temer, eu não sabia de mais nada.

— Mary? Acorda, garota, Natália morreu já faz muuuuuuito tempo. Sério que você não percebeu isso? Pelo amor de Deus.

— Como assim ela morreu?

— Drake não contou uma historinha para você sobre ela e a lésbica da irmã dele não?

Horror in HouseOnde histórias criam vida. Descubra agora