Sacrifício Perfeito

Richard

A viajem esta muito longa, estou confusa com as palavras do Levi. Estou confusa do que eu quero realmente.
Você devia enfrentar sua mãe.
Você devia escutar sua mãe.
Você devia ser mais firme em suas decisões.
Você devia tanta coisa.
Eu e essa mania de falar comigo mesma.
Olho para a janela do avião. Tão lindo. Nuvem eu queria ser uma nuvem...

Sinto a grama de baixo de mim.
O sol está mais fresco hoje, ótimo dia para um piquenique.

- Amor oque você tanto olha no céu? - pergunta Felype.

- As nuvens - responde indiferente.

Ele se deita ao meu lado e me encara.

- Por que gosta tanto da natureza? A ponto de ficar horas olhando para as nuvens, a lua, as estrelas.

- Admiro elas. Elas tem sua beleza própria sem precisar diminuir nada nem ninguém. Sabem ser elas mesmas...

- Muitas vezes eu reparo que você gosta do simples ne? Você não gosta de luxo, você meio que abomina a vida que vocês levam...

- Eu queria ser uma nuvem.- falo com voz de criança.

Felype me abraça e beija meus lábios. É diz sorrindo.

- Você seria mais fofinha eu ia te apertar o dia todo e você não ia gostar. Mas te amo assim mesmo.

- Tambem te amo seu bobo.

Sim. Detesto esta vida, amor comprado, amizade vendida, sorriso sem vida. Minha mãe está sentada ao meu lado mas não abriu a boca em minha direção. Só me avisou que tem uma surpresa para mim quando nós chegarmos na Bolívia. A viajem esta muito longa, cansativa.
Logo quando chegamos minha mãe já estava no telefone.

- Querida eu não irei com você para casa. Seu pai precisa de mim na empresa e um amigo da família irá te busca em alguns minutos, se comporta pelo amor de Deus antes que eu te interno em uma clínica de reabilitação.

- Tudo bem.

Minha mãe seguiu outro caminho e eu fui em direção às escadas rolantes. No pé da escadas tinha várias pessoas com cartazes na mão escrito nomes e pessoas se abraçando e sorrindo, muitas estava chorando de felicidade. Notei que tinha um homem alto de roupa social aparentava ter 20 poucos anos. E na mão dele tinha um cartaz com meu nome.
Ele tinha um ar sério como se não tivesse muito satisfeito com algo. Parei na frente dele e falei.

- Minha mãe te deixou como babá? - perguntei a ele.

Ele parecia não me ouvir.

- Senhor? Você está me ouvido - mas ele continuava olhando para traz de mim.

- Ei? - perguntei sacudindo ele.

Ele piscou algumas vezes sem acreditar que está me vendo oque me pareceu muito estranho

- Nam é você? - ele perguntou me olhando de cima a baixo.

- Nana? - perguntei me assustando com o apelido. - Meu nome e Naara eu conheço você?  - ele abriu um sorriso branco e encantador.

- Me admira você não  se lembrar de mim mas a última vez que nos virmos você era uma criança. - disse ele ainda sorrindo - Meu nome é Richard lembra de mim?

Caraca não acredito que era aquele menino de cabelo loiro que me fazia chorar porque pegava minhas bonecas e escondia quando eu vinha passar o verão com minha madrinha.

- Rich??- falei abraçando ele é sorrindo. - Você mudou muito.

- E você cresceu muito. Mas continua baixinha perto de mim.