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Kaio narrando:

Pra mim entender todo esse ciúme do Yan era visível, eu conheci o seu passado, sei pelo que ele passou, sei que ele sofreu, sei que ele não é assim tão possessivo, e isso só tem uma culpada.

Sai cedo com os meninos para irmos visitar o Yan, vermos o que estava acontecendo, até porque ele tinha algo pra nos contar pelo que ele disse.

Só chegarmos fomos atendidos por sua mãe, a tia, ela tava com o irmão do Yan no colo, a coisa mais fofa, ela disse que podíamos subir, ele estaria nos esperando.

Batemos na porta e entramos sem ao menos esperar ele autorizar.

Murilo: Yan?- o chamei.

Yan: To no banheiro, entra ai.

Kaio: Não queremos te ver pelado não, pode falar daí, escutamos bem.

Yan: Entra aqui logo, dá pra confiar em mim?

Vitor: Ninguém quer nudes seu a essa hora da manhã.

Yan: Entra logo cacete.

Murilo: Que eu não me arrependa- fez sinal com as mãos e rimos, ele entrou primeiro e logo depois eu e Vitor.

Vimos Yan agachado na banheira, logo ele olha pra gente nos dando visão do pequeno em sua banheira.

Murilo: Esse é o....

Yan: Sim, é meu filho- disse interrompendo Murilo.

Kaio: Mas como isso aconteceu?

Yan: Ele chegou a alguns dias atrás, nas coisas dele veio, um CD e um carta pra me explicar melhor o que aconteceu, e eu então decidi ficar com ele, porque como ela morreu a guarda dele é minha!

Vitor: Morreu? Como assim morreu?

Yan: Ela foi diagnosticada com câncer e tinha pouco tempo de vida, e também disse no vídeo que nunca tratou nossa filho como ele merecia, só pensava nela, as poucas coisas que ele tem foi dado por amigas dela, ele nunca foi a um parque, nunca foi a um shopping, nunca foi a um parque aquático, tudo porque ela só pensava nela, até a avisarem que ela tinha pouco tempo de vida e ela caiu na real de como tinha sido uma completa piranha com uma criança, ele tem apenas dois anos- chorou e todos corremos para o abraçar.

Com certeza é algo muito grave para processar de uma hora pra outra, tudo bem que a menina era piranha completa e eu nunca gostei dela, mais nunca desejei sua morte.

Até porque esse menino agora cresceria sem uma figura materna? Como pode? Ele não tem culpa dos erros da mãe.

Tirei o pequeno da banheira e os meninos trouxeram Yan, o colocaram na cama e eu troquei o pequeno.

Vitor: Você sabe que não precisa chorar, nem de tristeza nem de raiva, nem nada do tipo, estaremos aqui pra te ajudar.

Yan: Não querendo ser grosso e dispensar vocês, mais eu queria que outra pessoa estivesse aqui, me desculpa se esses dias eu fui um babaca, eu só não queria os perder, e agora os perdi.

Murilo: Que isso cara, todos aqui temos medo de algo, só não podemos deixar ser maior que nossos objetivos.

Yan: Por esse motivo eu acho que a perdi, fui um completo babaca, não só com ela como também com nosso filho- Ryan engatinhou até Yan que sorriu com o ato e o pegou o fazendo sorrir.

Kaio: Tudo bem, chega né? Ryan precisa de você forte agora, estamos falando do seu filho- ele beijou o rosto do pequeno e levantou com ele no colo- vamos descer então?- todos assentiram, Yan abriu a porta e enquanto conversávamos e logo vi Luísa na porta mais o Yan ainda não tinha a visto, com ela vinha o pequeno Fernando.

Netas em ApurosOnde histórias criam vida. Descubra agora