Capítulo 35

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P.O.V Edward

Minha discussão com Victória foi difícil e pesada.
Um dos piores momentos da minha vida.
- Assassina? Você bebeu Edward?! - Ela se fez de sonsa e meu sangue subiu ainda mais.
- Nunca estive tão lúcido na minha vida. - Entrei na casa dela que fechou a porta. - Agora tudo parece tão claro... - A olhei com desdém.
- Do que está falando? - Engoliu em seco, já percebendo que o assunto era sério.
- Você nunca aceitou o fato deu ter me separado de você para ficar com a Sophie. - Afirmei e ela desviou o olhar.
- Edward, não é fácil saber que o homem que amamos nos trocou por outra. Nunca neguei isso!
- Nunca aceitou eu ter me casado com a Sophie, muito menos ter tido uma filha com ela. Eu era feliz com outra e você nunca conseguiu aceitar isso!
- Não Edward! Tudo que quis por muito tempo foi a sua felicidade, mas tinha que ser comigo! Quem eu não queria que fosse feliz era aquela vadia da sua mulher, que roubou você de mim!!
- Foi por isso que a matou?! - Perguntei fazendo-a arregalar os olhos. - Não negue, Victória! Já sei de tudo e tenho provas! O Jasper contou tudo!
- Aquele filho da mãe. Devia tê-lo matado quando tive oportunidade... - Murmurou com raiva. - Quer saber? Foi por isso sim! Esperei anos e anos e nada dessa vagabunda morrer e não ia esperar mais, por isso fiz o que fiz.
- Sua desgraçada, vou te matar!  - Parti pra cima dela quando dois rapazes surgiram e me seguraram, impedindo-me de dar uma surra nela. Devem ser os seguranças dela.
- Isso, segurem esse louco. - A bandida ordenou. - Não me arrependo nem um pouco do que fiz. Queria que a Sophie morresse sim e se pudesse, teria matado também a doente mental da sua filha!  Aliás, deveria me agradecer pois isso seria um favor à você.
- Minha filha não é doente! A  única doente que tem aqui é você. - Cuspi na cara dela que sorriu limpando o rosto.
- Sophie foi tão incompetente que te deu uma filha com problemas mentais! - Levou as mãos à cintura. - Se você tivesse casado comigo, com certeza teria te dado filhos saudáveis.
Céus, como essa mulher é podre.
- Nunca me casaria com você! - Foi a minha vez de sorrir, enquanto me debatia para me soltar. - Eu tenho nojo de você, todo nojo do mundo! Se pudesse, te mataria agora!
- Mas você não pode, meu querido. - Encarou-me. - Vai ter que aprender a lidar com isso.
- Vou te mandar pra cadeia, eu juro que vou! - Rosnei ameaçador.
- Não importa o que faça a partir de agora, Edward. Você está quebrado. Morto por dentro e nem a sua filha, muito menos aquela Isabella vão poder te salvar! A dor que você sente pela morte da Sophie vai te corroer até o último dia da sua vida! A não ser que você a esqueça e fique comigo. Sou a única que posso te ajudar a esquecer seus problemas.
- Você? - Ri da cara dela.
- Eu mesma. Querido, se você ficar comigo prometo te deixar beber a vontade, ao contrário da sua família que só sabe te proibir.
- Odeio você, Victória. - Não consegui evitar que lágrimas caíssem dos meus olhos. 
- E eu te amo! - Sorriu como uma louca. - E vou te amar pelo resto da minha vida! Agora vá lá, vá beber. Aliás, sabia que fui eu que te induzi a virar um alcoólatra pra te dominar? Mas infelizmente ainda não consegui. - Contou fazendo sinal para que os brutamontes me tirassem de sua casa e eles me arrastaram para o lado de fora e me jogaram no chão.
- Você é um monstro! - Me levantei e fui para cima dela, mas um dos caras apontou uma arma pra mim que ergui as mãos em sinal de rendição.
Por mais que queira matar Victória, não quero nem posso morrer.
Tenho uma filha pra criar.
Uma filha que já não tem mãe e não tenho direito de tira-la da presença do pai.
- Espero que um dia você entenda o meu amor, Edward. Vou esperar ansiosamente por  esse dia. Agora vá, querido. Antes que leve um tiro e se junte a Sophie lá no céu... Ou no inferno. - Gargalhou bisonhamente.
Fechei meus punhos e dei as costas para ela andando até meu carro. Minhas pernas tremiam, aliás, meu corpo todo tremia de nojo e ódio por todos aqueles horrores que ouvi.
Como odeio essa mulher.
Mas ela vai pagar, ah se vai!
Entrei no meu possante e passei a chorar compulsivamente, enquanto ligava o carro e dirigia pelas ruas cinzentas de Forks.
Victória destruiu a minha vida em mil pedaços e não sei mais se vou conseguir me reconstruir depois disso tudo. Quando olhei para o lado, vi um bar e uma vontade tremenda de ir lá tomou conta da minha mente. Bebendo esquecerei meus problemas, minhas angústias. Quem sabe assim não vou me sentir melhor? Será que Victória está certa e não há mais esperança para mim?
Estacionei meu carro e entrei naquele local. Engraçado, antes o cheiro do alcool me inebriava e agora, não sinto nada a não ser uma certa irritação no nariz.
Sentei-me em um banco e o cara do balcão veio até mim.
- O que vai querer hoje? - O barman perguntou e respirei fundo.
- Uísque duplo, por favor. - Limpei minhas lágrimas com os dedos.
- Sim, senhor. - E foi pegar a bebida.
Olhei ao meu redor. Havia várias pessoas ali bebendo. Umas quase caindo de tão bêbadas que estavam e outras, nem tanto. Eram os mesmos olhares vazios, semelhantes ao meu.
Será que vale mesmo a pena beber?
Não vai resolver meus problemas.
- Aqui está senhor. - O rapaz me entregou o copo com o uísque,  abri minha carteira e lhe dei o dinheiro.
- Pode ficar com o troco. - E ele se retirou. Peguei o copo em mãos e o cheirei. Em seguida, o coloquei de olho no balcão e fiquei apenas observando-o já desistindo de toma-la.
- Edward? Não acredito que está bebendo! - A voz de Bella me chamou atenção e virei-me para ela. - Que droga!!! - Bateu o pé e fez aquela carinha linda de brava.
- Não estou bebendo, Bella. Calma! - Me levantei e coloquei as mãos sob os ombros dela. - Olha, não estou bêbado. - A olhei nos olhos e ela suspirou aliviada.
- Por quê foi atrás daquela água de salsicha sem mim? Por quê você tem que ser tão impulsivo?! - Revirei os olhos.
- Falou a garota mais calma do mundo, que nunca vacila na vida. - Brinquei saindo daquele lugar e ela me seguiu.
- Edward, me diz o que aquela vaca falou. - Parou na calçada e cruzou os braços.
- Só confirmou o que já sabia. Ela matou sim a Sophie. - Engoki em seco.
- Ela tem que ser denunciada a polícia, Edward!
- Eu sei Bella. - Suspirei. - Mas agora eu só queria uma coisa. Me afastar de tudo sabe?
- Como assim? - Arqueou a sobrancelha.
- Vem comigo até a cabana na floresta? - A convidei vendo-a sorrir levemente.
- É uma proposta tentadora, senhor Cullen. - Piscou para min que sorri de volta.
- Então vamos! - Entrei no meu carro e ela no dela e separados, fomos até o lugar que era o nosso refúgio de tudo e de todos.
(...)
- Hum... Estava precisando disso. - Afirmei sentindo as suaves mãos de Bella massageando meus ombros. Estávamos juntos na banheira.
- É muito bom ficar assim com você. - Sussurrou no meu ouvido atrás de mim.
- Com certeza, meu amor. - Virei o rosto para beija-la e sorrimos. - Te amo. - Peguei espuma e passei na cara dela que fez uma careta.
- Também te amo! - Jogou sabão em mim também. - Mas agora falando sério. O que pretende fazer? - Indagou deslizando suas mãos pelas minhas costas.
- Bem, vou falar com a Rosalie sobre o Jasper e contratar um advogado. Quero aquela mulher na cadeia. - Fiquei sério.
- Não entendo nada de direito, mas será que só com o depoimento do Jasper ela vai ser presa? - Mordeu os lábios. - Já ouvi dizer que nesses casos seria tipo a palavra dela contra a dele.
- Eu sei, por isso preciso de provas. - Respirei fundo. - Se eu achasse o cara que ajudou a Victória a cometer o crime, mas não tenho idéia de quem seja...
- Se não tivesse sido tão impulsivo, poderia ter gravado a confissão da Victória hoje cedo. - Relembrou-me.
- É, nem pensei nisso na hora. - Passei a mão pelos cabelos. - Mas pera, será que...
- Será o quê? - Franziu o cenho curiosa.
- E se eu tentar gravar uma confissão da Victória? Posso procura-la e fazê-la confessar o que fez. Ela já confessou uma vez, pode muito bem confessar de novo.

Mil perdões! Esse capítulo estava aqui há dois dias, mas esqueci de clicar em publicar. Agora que vi que não tinha postado! Enfim, votem e comentem 💙

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