Prólogo

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Fazia 3 semanas que o som das grandes trombetas de Badash haviam soado convocando todos os grandes lideres das chamadas ilhas secretas para a grande reunião com o Grande rei dos gigantes. A  esplendorosa cidade de Badash era uma visão impressionante para qualquer um, construída em formato circular para abrigar gigantes do tamanho de montanhas com perfeição, e la estavam eles, todos que responderam, sentados em cinco polos, os reis gigantes e seus lordes, no primeiro e maior centro da sala, num trono de ouro estava Urilk O robusto o Rei dos Gigantes, descendente da linhagem mais antiga, e notavelmente o maior gigante presente, atingindo cerca de 10 metros de altura, responsável pela ilha central onde o povo gigante vivia, o único dos reis gigantes a ter lordes da mesma raça.

No primeiro trono a direita dele estava Ateneu IV com seus 8 metros, e a armadura azul marinho, responsável pelo controle das criaturas e do povo da ilha sul, e do controle de metade das bestas desse mundo, seus 3 lordes representantes eram, uma górgona, um telquine e uma dracaenae, ao seu lado seu irmão Polifemo V, responsável pela outra metade das bestas e seus 3 lordes eram, um Minotauro, um lobisomem e um ciclope.

A esquerda do rei sentavam Morhur O escuro, rei dos guerreiros das sombras, dos cães infernais e das montanhas escuras, com 9,5 metros de altura e logo em seguida Bladimir O verde, Rei dos sátiros e criaturas defensoras da natureza, e por último no trono de frente para o rei estava Molifher O pardo, rei dos desertos e dos dragões, e o único a não trazer nenhum lorde consigo.

O rei começou a falar — Talvez estejam se perguntando porque eu os convoquei aqui hoje, o motivo de eu ter feito se deslocarem com seus exércitos ate meu quintal, eu garanto que é do interesse de vocês meus irmãos, e que valerá a pena cada metro que vocês cruzaram. Eu venho pensando, e pensando e analisando, como um bom rei deve fazer — Ele falava com voz teatral fazendo pausas dramáticas para causar mais impacto, então continuou — E estou absolutamente cansado dessa situação na qual estamos, nós vivemos escondidos, apertados, nessas malditas ilhas, enquanto aquela escória humana cresce e se espalha pelo território que é nosso por direito, então eis a razão da convocação — depois de um pausa ele continua com um tom mais forte — Eu estou farto disso e decidi agir, acho que já passou da hora de sairmos de nosso esconderijo e tomar de volta o que é nosso.

Ateneu IV com sua armadura azul marinho franziu sua enorme testa e questionou com sua voz grave — O que você quer dizer com sair do nosso esconderijo? E o que na sua concepção é nosso?

Urilk se ergueu e falou — O mundo meu caro irmão, o mundo, ele é nosso por direito e devemos recuperá-lo, e por isso exijo que vocês se unam a mim nessa empreitada, para a glória dos gigantes e o fim da maldita humanidade!!!

Bladimir declarou — Isso é loucura, você sabe muito bem que não podemos fazer isso, nossos ancestrais perderam a guerra, e nos selamos o pacto de nos esconder para sobrevivermos, quase fomos dizimados caso você tenha esquecido, e por isso busco viver em conluio com a natureza, trabalhando para nos redimir dos nossos pecados de guerra, ou se esqueceu de que quase destruímos o mundo na guerra contra a humanidade?— Ele faz uma pausa encarando Urilk e fala — Além do mais se tentarmos sair, os Vermelhos viram para nos impedir como já fizeram antes, e eu não to nem um pouco a fim de enfrentar dragões gigantescos que podem devorar minha cabeça.

Os outros balançaram a cabeça em concordância, afinal todos já haviam provado em alguma medida uma dose da força dos vermelhos, exceto Morhur e Molifher, então o rei respondeu — Nada tema cara irmão de espécie, não me esqueci que fomos derrotados, mas isso foi no passado, hoje nós crescemos e evoluímos, atingimos novamente níveis populacionais que estão começando a superlotar essas ilhas, minha comunidade possui mais de 200 gigantes, não acha isso suficiente para parar qualquer exército Humano que possam tenta lançar contra nós, deixe de ser covarde, e se una a nossa luta.

O rei se levanta e anda pelo salão e continua — A vários meses eu e Morhur nos reunimos e bolamos uma estratégia de guerra para acabarmos com esses insetos de uma vez por todas, e quanto aos vermelhos, eu pessoalmente cuidarei deles, se eles ousarem tentar nos impedir o que eu duvido muito, é chegada a hora da guerra meus irmãos, e nós sairemos gloriosos dessa vez.

Polifemo e Ateneu assentiram aparentemente convencidos, e Bladimir olhava estático sem saber como reagir, então ele se virou para o segundo mais antigo e poderoso gigante na sala, Molifher — Irmão de espécie, você sempre foi o mais sábio entre nós, nos diga o que pensa disso.

Molifher se erguer com o olhar firme de uma montanha e falou com a voz profunda e lenta — Acho que vocês estão loucos somente por cogitar essa estupidez, isso é uma quebra de um pacto inviolável — Então virou-se para todos — Vocês não veem que Urilk planeja nos levar para uma guerra desnecessária somente para conseguir mais poder? Nós fomos tolos no passado ao cruzarmos o caminho e tentarmos impedir os humanos puros de assumirem seu lugar de direito como espécie dominante, e pagamos com nosso sangue por isso, não acham que já chega de mortes? Não faz mais de 2 anos que estávamos em guerras por delimitações de território com os Vermelhos e os Azuis, por causa da ganância dele — E apontou o dedo para Urilk — A ambição dele só vai nos levar a destruição!!

Parecia que a sala inteira prendeu a respiração, a sala não, todos os seres vivos, Urilk levantou calmamente e andou em direção de Molifher com um sorriso no rosto — Caro irmão, como sempre cheio de palavras, e acusações sem fundamento, há alguém nesta sala que ousa insinuar que eu de todos os lordes e reis da nossa espécie não busco a melhoria da vida dela? Eu que fui a guerra contra os azuis, para nada mais que vingar o assassinato do nosso antigo rei?

Molifher logo interrompeu — Assassinato esse que você nunca pode provar, teorias de conspirações que só fizeram nosso povo sangrar — disse Molifher de pé também.

Morhur falou perto do seu trono — Acusações graves para se fazer ao seu rei caro pardo.

Molifher se virou para a ele — Eu não tenho rei!! Eu sou o rei do meu povo e defenderei os interesses deles, e não é do interesse deles participar dessa guerra inútil, que só irá nos trazer sofrimento, não importa o que diga Morhur, já está claro pra mim que você está de conluio com Urilk a mais tempo do que imaginamos, mas o que se esperar daquele vive nas sombras.

Urilk tocou o ombro de Molifher e começou a falar como se realmente se importasse com a opinião dele, mas seus olhos só mostravam divertimento — Irmão, se acalme, ouça minha proposta, deixe-nos falarmos nossa estratégia, e por falar em interesse do seu povo onde está seu exército de guarda? E seus lordes? Onde estão eles para se posicionarem, o povo deve ser ouvido não acha?

Molifher ainda de costas soltou um rosnado e viro tirando a mão do rei de suas costas— EU NÃO OUVIREI mais nenhuma palavra sobre essa tolice, meus lordes e meu exercito estão onde deveriam estar, em minhas terras, protegendo meu povo de suas insanidades, não vai nos arrastar para sua guerra, oh poderoso rei da ambição — O tom de voz carregado de desprezo.

Todos estavam atônitos com aquela cena, nunca antes ninguém enfrentou Urilk daquela maneira, e ele respondeu baixinho — Não importa o que acha, seus exércitos serão meus, nem que eu tenha que marchar ate sua terra e convocar a lealdade deles eu mesmo — e então falou alto para todos ouvirem — Reconsidere irmão, ouça o que temos a dizer, depois você toma sua decisão.

Mas aquela ameaça fora o bastante, num rugido gutural Molifher gritou — NÃO IRA POR UM DEDO EM MINHAS TERRAS  — E então desferiu um golpe potente no maxilar do rei o lançando para trás e arrancando a coroa da sua cabeça, se a situação já estava amedrontadora para os outros antes,  agora sim tinha uma atmosfera de puro pânico no ar,  então Urilk sorrio, e avançou contra Molifher dando um encontrão em seu corpo e o lançando aos pés do seu trono, e de lá O pardo puxou um cajado de madeira e girou acertando o rosto da sua majestade, assim começou a grande briga entre os dois gigantes, golpe atrás de golpe, Molifher era forte e rápido, mas o rei era maior, e tinha uma resistência gigantesca, e depois de receber alguns golpes e trocar alguns socos que aparentemente o divertiram só fez erguer a mão e Morhur lhe lançou sua clava de combate, que ao pegar ele partiu para a briga de verdade e dois golpes depois o bastão de Molifher estava partido em dois, e em seguida mais alguns golpes poderosos e o grande Pardo caiu no chão com a cabeça sangrando dos golpes poderosos recebidos no crânio, pela primeira vez na história um lorde gigante tinha matado outro em plena reunião e ninguém sabia como reagir a isso.

Urilk soltou a clava ensanguentada e virou para seus compatriotas — Então, mais alguém discorda da nossa investida ou estão prontos para finalmente ouvir a nossa estratégia?

Entre homens e montrosOnde histórias criam vida. Descubra agora