Fogo Cruzado

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Aghata acordou deitada em uma mesa que emitia vibrações, que lembrava um gato ronronando. Haviam vario ciborgues caminhando em uma patio que ficava logo a frente de seu leito. Ela estava vestida com um short que descia até o meio de suas coxas,  uma camiseta regata que dava muita flexibilidade. Seus cabelos estavam amarrados em um rabo de cavalo em cima de sua cabeça. Havia luva de meio dedo em suas mãos, sentia seus seios firmes, não havia a necessidade de usar algum sutiã, fora isso, nada a mais estava fora do lugar. Com calma, e agora sem enjoo, como se seu corpo inteiro se rejeitasse, como no dia anterior, ela se tocou, percebeu a grande piada que fizeram com ela, ao dizer que ela havia sido robotizada. Sua pele era macia, sentia seu corpo vivo, quente, mais viva que nunca. Um sonho? Talvez...

- Atenção unidade cabos! Quando eu disser; Equipe Sex Machine eu quero que respodam "SIM SENHOR" bem forte! Certo? Vamos lá! - Gritava um militar que lembrava um gorila, pois os braços mecânicos que haviam sido instalados nele era quase do tamanho de suas pernas. - Equipe Sex Machine?
- SIM SENHOR! - Todos responderam, exceto a pequena androide, que observada tudo maravilhada.

- Embarquem no avião! Hoje testaremos o potencial de vocês! Estão atacando a fronteira do país que mais extrai cobre, e sabemos que sem cobre, nos perderemos essa guerra! Androide BG-69. Você recebeu instrução na escola de seu país, e mais informações em seu SSD, para uma maquina de guerra como você isso será fácil. Faça valer a pena o investimento que nossa nação teve em você! Dispensados.

- Uau! Você então é uma androide? - Vibrou uma mulher negra que estava ao lado da Freeman, a qual ela nem havia percebido a presença até então. Quando percebeu que todos a olhavam de boca aberta, sentiu seu rosto ganhar cor.

- Dizem que os olhos dela trocam de cor quando está enfurecida, liberando assim todo o combustível inflamável que há nela e depois explode, matando tudo que há ao seu redor!

- Calado KG-10! - Disse a moça negra ao rapaz. Vamos logo ao avião, antes que o capitão nos transforme em ferro velho!

- É! La veremos se ela é mesmo o que dizem ser!

- Hey! Esperem, o que vocês estão falando? - Perguntou a jovem androide - O que eu sou? Para onde vamos?

- Shii! Ela esta mais perdida que o Androide BG-70! Ou seria o BG-71?

- Calado KG-10!


Depois de embarcados e horas de voo, os soldados ciborgues entravam em capsulas e era descarregados em meio a explosões e confrontos, eles desceriam e buscariam abrigo. Depois de agrupados, dariam inicio a ofensiva. Porém, não contavam que o avião seria atingido por uma bala de um tanque de guerra. Caindo assim próximos a um pelotão de soldados humanos da Russia. 

- Recebemos suporte maquinário senhor! - Anunciou um soldado que pilotava uma pickup monster, que era um corro comum, só que blindado e com pneus to tamanho de uma roda de trator. Encima havia uma metralhadora que atirava em toda direção. 

- Meidei! Meidei! - Gritava o piloto que era um ser que mais parecia uma centrifuga com braços.

- Sex Machines! Apos o impacto, quem ainda puder andar, corra para o agrupamento militar dos humanos! Salvem quantos pude... -Bum! O impacto foi ensurdecedor, fez com que todos os corpos dentro do avião sobressaltasse, havendo em seguida uma explosão que deixaria toda a aeronave em chamas.


Quando Aghata retomou a consciência, estava sendo carregada por um robô gigante, que era usado em resgates. Era pesado e de baixo custo para o estado. A pele da garota estava chamuscada, mas não havia nada quebrado, além de uma forte dor de cabeça. Ela passou a mão em sua nuca, percebeu que havia um buraco. Algo rasgou seu cranio de metal na parte de traz, deixando expostos, fios, placas e um cooler de refrigeração.

- Freeman é você? - Um homem familiar a ajudou descer do robô. Sou o doutor que você, bem, quase matou quando acordou no laboratório dias antes. Fomos emboscados, nos ajude a sair dessa!

- Eu... eu... - Ela se sentia fraca - não sei o que fazer e nem por que esperam isso de mim. Quero ir pra casa! - No mesmo instante uma bala de 400g acertou seu tórax. Explodindo a região de seu tórax, restando apenas seu esqueleto de carbono. No mesmo segundo uma raiva inumana invadiu seu sistema nervoso, obrigando ela a reagir. Parecia uma fera que despertou com fome. Então ela avançou, com passos fortes e saltos inumanos, agarrava robôs e ciborgues inimigos que avistava a sua frente. Quando se deparou, com um berro tencionou toda a força de suas pernas para frente, dando um salto, com o punho  a frente, descarregando o impacto em um tanque blindado que havia a sua frente, amassando-o para seu interior. Fazendo-o tombar duas vezes seguidas. O que houve a seguir, ela nem se recorda. Foi uma cena de extrema violência. Ela sabia que ciborgues haviam coração, ou outro órgão vital, além é claro, de um cérebro. Então ela arrancava um a um, banhando seus circuitos em sangue. Se equipava com hastes de metal e explodia cabeças com a força do impacto de seus golpes. Ao anoitecer, toda horda inimiga estava dizimada. Restava apenas pessoas feridas no campo. Sem que ela percebesse, seu corpo havia sido regenerado lentamente, em menos de seis horas já tinha novamente uma aparência humana, com exceção de seu olho direito, o qual havia sido atingido por um golpe de duas toneladas, e que agora, depois de regenerado, era uma luz vermelha, a qual só faltava ser coberta novamente pelos robôs nano tecnológicos que reconstruiriam seu tecido em breve.

-Pare, por favor! Eu me rendo! Não quero mais lutar! - Suplicava um soldado inimigo desarmado no chão. - Isso é desumano!

- Eu sei! - Ela respondeu olhando nos olhos do soldado, fazendo brilhar ainda mais forte a luz vermelha que havia em seu olho exposto - Mas eu não sou mais humana!

Aghata FreemanOnde histórias criam vida. Descubra agora