Athena
- Athena? Estás aí? – A sua voz chama por mim novamente e eu pestanejo vezes sem conta.
- Athena? – Hale chama-me.
- Estás com o idiota do Hale? Que ironia. – Diz-me. – Mesmo depois de eu te ter dito que não és mulher para ele, vais procurar o conforto dele.
- Luke, não... - Começo, levando a minha mão ao rosto. – Como conseguiste o meu número?
- Por favor, não me subestimes. – Ri-se. Vejo Hale levantar-se e vir na minha direção, o que me faz esticar o braço para o manter longe de mim.
- Collins, o que queres?
- O teu querido irmão acabou de destruir um dos meus casinos, Athena. – O seu tom é baixo e faz-me suspirar. – Eu não quero magoá-lo. Nem a ti. Pede-lhe para parar ou tomarei medidas drásticas.
- Foge, de onde quer que estejas. – Murmuro.
- Fugir? – Há divertimento na sua voz. – Amor, eu não sou de fugir.
- Luke, por favor. – Suspiro. – O Andrew fará de tudo para te matar.
- Espero conseguir ver-te esta noite, babe. – A chamada é desligada e eu fecho os punhos em frustração.
Derek observa-me de forma atenta, enquanto espera que eu lhe diga algo. Os seus braços estão cruzados no seu peito, fazendo os seus bíceps aumentarem ligeiramente e isso distrai-me por meros momentos. A sua sobrancelha ergue-se e eu desvio o olhar.
- Quero uma explicação, Arendelle. – Rosna-me.
- Explicação para o quê? – Reviro os olhos e viro-lhe as costas, caminhando em direção da porta principal.
- Para estares a defender o cabrão que nos quer destruir! – Ele diz num tom exaltado e eu bufo, levando a mão à maçaneta da porta, mas ele agarra-me.
- Solta-me Hale, não tens nada a ver com a minha vida, já te avisei. – Rosno e desta vez, consigo empurrá-lo.
A porta abre-se nesse preciso momento e o Andrew fica especado a olhar para nós, mais os rapazes atrás dele. Empurro-os e saio porta fora, não me importando com mais nada. Não podia simplesmente deixar que Andrew desse cabo de Luke.
Apanho um dos táxis que vai a passar e peço ao motorista para me levar a uma certa morada, esperando que ele estivesse lá. O carro pára em frente a um edifício completamente em ruínas e eu saio de dentro do veículo, seguindo para a porta de madeira velha, coberta de musgo e heras.
Aperto mais o casaco do Andy contra o meu corpo, tapando então o decote que eu levava, tentando não chamar atenções desnecessárias. Observo os vários corpos deitados no chão, alguns bêbados, outros drogados. Subi as escadas frágeis com bastante cuidado para não tropeçar e ao chegar ao andar superior, vejo um rapaz loiro caminhar na minha direção.
- Ora, ora, ora. – Ele comenta numa gargalhada. – Vejam só, a bela Athena decidiu aparecer... Novamente. – Ergue uma sobrancelha, cruzando os braços.
- Neil. – Solto uma gargalhada baixa, observando-o.
- Que fazes por aqui? – Pergunta-me.
- Não é óbvio? – Resmungo baixo.
- Não queres entrar na sala dele. – Diz-me. – Não é aconselhável.
- Deixa-me passar.
- Okay, não digas que não te avisei. – Resmunga e dá-me espaço para passar. Começo a caminhar pelo corredor e oiço-o chamar-me. Olho para trás e ele acena-me. – Foi bom voltar a ver-te, jeitosa. – Ri-se e desaparece no corredor escuro.
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POISON
Teen Fiction"Ela era o veneno que corria nas veias dele, estando disposta a matá-lo a qualquer momento."