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4.9

 Já tinham se passados horas, que foram despercebidas por mim e com certeza também por todos que estavam presentes junto comigo naquela lanchonete. A noite tinha sido longa, depois de eu e Rafael ter nos entendido no aeroporto, fomos diretamente para o hotel que Alan tinha ficado que foi onde ocorreu todos os pedidos de desculpas vindo por ele e por Maethe, dizendo que estavam realmente arrependidos, não demorou minutos para que eu desse um abraço nos dois e dizer que tudo estava bem, e isso gerou a ideia genial de Alan de irmos numa lanchonete comemorar, e assim aconteceu.

- Acabei de lembrar que eu não tenho mais aonde ficar, merda –Disse chamando atenção de todos presente na mesa.

- Você realmente estava com a intenção de ir embora, né? –Maethe falou antes de terminar o restante do seu copo de suco.

- Você pode ficar no meu hotel se quiser, aliás, foi por minha culpa tudo isso. –Rafael cortou o assunto.

- Primeiro, não foi sua culpa, segundo, tudo bem eu fico com você. –Exclamei enquanto admirava seu par de olhos azulados.

Alan nos deu uma carona até o hotel de Rafael, onde não era muito longe pois percebi que tinha passado apenas poucos minutos e já tínhamos chegado. Nos despedimos e fomos diretamente para seu quarto, e logo percebi que estava realmente bagunçado.

- Já da pra perceber de longe que esse quarto é seu, que bagunça! –Mantive um sorriso no rosto enquanto soltava uma risada.

- Só de pensar em arrumar alguma coisa bate uma preguiça.. –Ele se jogou na cama próxima de si, se enrolando no gigante cobertor que tinha na mesma.

- Coitada da tia Deya –Ri ao ver sua careta que ele fez ao ouvir meu tal comentário– Então, onde eu vou dormir, querida? –Deitei ao seu lado, virando meu rosto a sua direção.

- Na banheira e se reclamar faço dormir no chão –Ele esboçou uma sorriso em seu rosto, acompanhado de uma curta risada– Brincadeira, pode dormir na cama, eu fico naquele sofá –Ele apontou para um pequeno sofá que ficava no canto do quarto, ao lado da janela.

- Sério? Você é uma girafa, Rafael! Aquilo é muito pequeno –Levantei por impulso, ficando sentada na beira daquela mesma cama.

- O que sugere então, florzinha? Que eu durma na piscina do hotel? –Ele se levantou logo em seguida.

- Rafa, a cama é grande o suficiente pra nós dois.

- Você não se importa? –Ele perguntou meio desconfortável no meio daquele assunto.

- Não, relaxa Rafainha –Dei de ombros mostrando não estar se importando com aquilo, mas sabia que no fundo eu estava sim, muito.

Rafael apenas sorriu diante minha resposta, ele parecia feliz com tudo que esta acontecendo, assim como eu, pois não queria ficar brava com ele, precisava de suas piadas idiotas para alegrar meus dias assim como ele precisava escutar minhas risadas escandalosas, era como se nós precisássemos um do outro.

Conversamos durante mais alguns minutos até o sono realmente vir ao caso, ele perguntou mais uma vez se estava tudo bem se dormíssemos juntos e então eu realmente deixei claro que eu estava tranquila com isso. Ele caminhou até o interruptor e apagou a luz que iluminava o quarto por inteiro, voltando em passos lentos até a cama. Deitamos um do lado do outro, puxando o cobertor para nós, até nos cobrir por inteiro.