Acordei com o sol batendo em meu rosto. Olhei em volta e não estava no meu quarto, que estranho. Olhei para o lado e vi Thomas dormindo feito um anjo, olhei de baixo das cobertas e eu estava só de lingerie e ele só de cueca.
Afundo a cabeça no travesseiro e fecho os olhos com força. Merda! Eu não podia ter transado com o Thomas. Com certeza ele colocou algo no meu chocolate, porque eu não me lembro de nada.
Me levantei sem me preocupar se ia acordar ele ou não e fui pegar minhas roupas para ir embora daquela casa.
- Esther? – Uma voz sonolenta invade meus ouvidos.
- O que é? – Pergunto seca, estava me sentindo uma vadia suja.
- O que você está fazendo? – Ele perguntou se levantando somente de cueca box e indo em direção ao banheiro.
- Pegando minhas coisas. – Eu disse vestindo meu jeans skinny.
- Mas por que? Achei que você fosse almoçar comigo.
- Não vou mais. – Disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. – Eu estou muito brava com você.
- Só por que nós transamos? – Ele perguntou enquanto escovava os dentes.
- Não. Pelo simples fato de eu não ter lembrado de nada. – Disse cruzando os braços. – Isso foi praticamente um estupro!
- Não é o que parecia ontem. – Ele disse com um sorriso malicioso.
- Você é muito infantil. Tchau. – disse colocando minha mochila nas costas e me virando para ele. – Até segunda. – disse seca passando pela porta e indo embora.
Agora estou com fome, é domingo e é meio dia, onde eu posso comer? Enquanto tentava me lembrar de um lugar para comer vi um restaurante simples, que, surpreendentemente eu nunca havia visto antes.
Empurrei a grande porta de vidro e aquele sininho irritante soou, avisando a todos – vulgo o único atendente, uma adolescente cheia de espinhas, que estava atrás do balcão, com um uniforme brilhoso – que eu estava lá. O lugar não era tão simples, tinha uma aparência retrô. Com sofás de couro vermelho e uma jukebox empoeirada no canto.
Me sentei na mesa mais afastada e a atendente cheia de espinhas que estava atrás do balcão veio me atender.
- O que deseja moça? – Ela disse mascando o chiclete como uma vaca. Tinha um sotaque forte do Texas.
- Eu quero um hambúrguer clássico com um suco de laranja – ela anotou meu pedido em um bloco de notas quadriculado e foi em direção ao balcão. Enquanto esperava meu prato chegar meu celular tocou, número restrito.
- Zayn. – disse o cumprimentando com um sorriso, embora sabendo que ele não veria.
- Mas como... – Ele resmungou confuso.
- O que você quer? – Perguntei saindo do tom de deboche e indo para o de tédio, brincando com o guardanapo.
- Então, você trabalha na minha gangue agora, certo?
- Acho que sim, depende você, você me contratou? – Disse soltando o guardanapo e fitando a rua por trás da janela. Tantas pessoas amontoadas nas ruas.
- Você ainda tem aquelas informações que disse no dia lá do bar?
- Sim, tenho. Por quê?
- Por que há seis dias que não tenho notícias da Selena, então estava pensando em fazer um ataque surpresa e você disse que sabe os esconderijos dele.... – Ele deixou a frase no ar, esperando uma resposta.
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Mystery
Mistério / SuspenseEu não entendia esse desejo, eu sabia que era errado, mas algo dentro de mim dizia que ele também sentia o mesmo. Eu não conseguia decifrar aquele homem, aqueles olhos, aquele sorriso. Eu tinha um mistério para desvendar e esse mistério tinha nome...