n/a: VCS VIRAM O TARJEI TOCANDO UMA MUSICA NO VIOLAO DO RADIOHEAD??? EU NEM ACREDITEI QUANDO VI KSJFSJFJFK enfim to calma uahsausudus esse cover de creep que ember fez vai ser a melhor coisa que vcs vao ouvi hoje bjs
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I wish I was special. You're so fucking special...
Isak
Estávamos de frente para uma espécie de portão velho e caído, onde uma grande corrente o envolvia, impedindo o acesso de pequenos invasores.
Tipo Even e eu.
- Ok. Vamos. – ele diz de repente, fazendo-me arregalar os olhos e piscar, totalmente desacreditado.
Aquele lugar era escuro e frio. Era o tipo de lugar que nem ao menos podia se encontrar nos mapas, pelo simples fato de que ele não existia.
Claramente estava abandonado.
- Sabe, acho que não seria uma boa idéia... – eu começo, desviando de seu olhar penetrante e me encolhendo.
- Não? Claro que seria! – ele diz, animadamente.
Engulo meu súbito receio e o fito, ignorando seus olhos claros me queimando.
- Como entraremos?
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Even rira quando me encolhi feito um cachorrinho e passei a caminhar um pouco mais perto dele. Obviamente eu estava tremendo de medo, o que parecia diverti-lo.
- Não tenha medo, Isak - murmura ele, enquanto saíamos da trilha escura e parávamos em um lugar totalmente bizarro.
Era como um parque. Um parque velho, caindo aos pedaços e sombrio. Talvez, se eu me concentrasse bem, ainda poderia ouvir as risadas contentes das crianças que um dia ali brincaram.
- Não estou com medo - minto, ouvindo uma risadinha como resposta.
- Ok, uh... Espere um segundo... - ele diz, se afastando em passos decididos e logo se embrenhando atrás de uma espécie de cabine, desaparecendo pela mesma.
- O que? - arregalo os olhos, arfando com o medo.
Eu estava sozinho.
- Even! - o chamo, encolhendo-me ainda mais e abaixando a cabeça quando não recebo resposta, apertando os olhos.
Não, não não...
- Isak! - a voz de Even se faz presente em minha frente, ao que eu pulo e ofego, cambaleando para trás, mas sendo segurado por uma das mãos de Even, que suspira levemente e cola seu peitoral ao meu.
Oh...
- Me desculpe! - ele lamenta, parecendo arrasado - Você está bem?
Pisco, tonto por estar tão perto dele. Even cheirava a maçã verde, morangos e cigarro de hortelã. Parecia de outro mundo. Ele parecia de outro mundo.
Assinto, apoiando inconsciente minhas mãos em seu peito, suspirando pesadamente. Agradeci mentalmente a luz da lua, que ajudava-me a ve-lo de forma clara.
- Fique tranquilo, uh? - então, inesperadamente, sinto um de seus dedos contornar minha bochecha, ao que estremeço e de modo automático, fecho os olhos.
Meus dedos se apertam em seu casaco, entregando meu nervosismo. Ele pareceu notar, pois afaga minha bochecha mais uma vez, deixando rastros de fogo por cada canto que seus dedos estiveram.
- Você precisa ver uma coisa - ele murmura animadamente e de forma baixa, como se estivesse contando um segredo.
E, de repente, eu não estava mais com medo.
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Even puxara uma espécie de alavanca que ficava na parte inferior da cabine, em seguida, um som alto foi se ouvido e tudo explodiu em luz, dando vida ao lugar.
Ele rapidamente pega em minha mão e puxa-me para fora dali, com um enorme sorriso no rosto, enquanto eu tinha certeza que minha expressão era banhada por um queixo caído e olhos arregalados.
O parque não parecia mais abandonado. O parque parecia mais vivo que nunca, berrando suas cores, ao que o carrossel zunia em luz, a enorme montanha russa brilhava e se destacava ali, junto com os diversos brinquedos que um dia divertiram milhares de pessoas.
- Então, Isak... O que achou? - ele pergunta e eu o observo, ainda sem deixar de sair de meu estado atônito.
- Inacreditável... - murmuro, não sabendo se o observava ou se arrastava meus olhos pelo parque nem tão abandonado assim - Como?
- Este é um parque abandonado, como pode notar - Even começa, andando até o carrossel, ao que eu o seguia - Mas eu o achei e quis que não se tornasse mais um parque abandonado, então eu dei vida a ele novamente.
Ele sobe em um dos cavalos e sorri levemente quando eu subo em um outro, piscando algumas vezes.
- O que você prefere - ele começa, depois de um tempo, ao que os cavalos começam a girar - Chocolate ou sorvete?
Lhe lanço um leve sorriso, rindo internamente por até mesmo aquela pergunta ser algo realmente difícil para eu responder.
Even era complicado. Even era fascinante. Ele parecia flutuar pelo carrossel, as luzes em contraste com sua pele o fazia parecer uma espécie de anjo e sua expressão era serena, como se tivesse todo o tempo do mundo. Como se não se preocupasse com nada. Even era fascinante.
- Por que não os dois? - respondo com outra pergunta, dando um sorrisinho leve - Eles são uma ótima combinação, uh? Já notou? O sorvete, na maioria das vezes, é doce e gelado. Ele é perfeito em um dia quente. O chocolate é incrível, sim? Ele consegue se misturar tão bem quanto o sorvete. Morangos? Sim, sim. Uvas? Com certeza! Eu sou um grande fã dos dois, então, por que não os dois?
Assim que termino de falar, passo levemente a língua por meus lábios e, finalmente, noto que Even parecia tão malditamente concentrado em meu diálogo, que nem ao menos aparentava respirar. Seus olhos claros e gélidos me olhavam fixamente, mas sem dizer algo. Era vazio e, por um momento, quis desesperadamente saber o que se passava em sua mente.
Queria poder saber se ele sentia aquilo. Se ele via aquilo.
Então, em um segundo, Even saira de seu cavalo e se projetara ao meu lado, sem deixar de me observar de modo penetrante.
- Vem comigo - ele me estende uma de suas mãos - Você vai gostar de ver isso.
Saio do cavalo antes que ele se afaste demais, agradecendo mentalmente a velocidade lerda do mesmo e aceitando a mão do garoto em minha frente, trancando o maxilar quando meu rosto esquenta.
Andamos até o meio do parque, antes de Even parar e girar, ficando de frente para mim, colando seu peito com o meu pela segunda vez naquele dia.
Arfo em surpresa, fitando-o por entre os cílios.
- Sabe, Isak... Eu entendo sua resposta - seu dedo se arrasta pelo meu lábio e eu tranco um grunhido prazeroso, fechando os olhos, largando um suspiro - Sorvete de flocos é o meu favorito...
Abro os os em um segundo, sustentando seu olhar com o meu, tentando ignorar o arrastar de seu dedo em meu lábio e engolindo em seco, antes de dizer:
- É, o meu também é...
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Creep | Evak
FanfictionDaquela vez, ele não estava com seus amigos, e nem nada assim. Ele chegara calado, com as mãos enterradas no bolso da mesma jaqueta de couro e lábios rosados. Daquela vez, ele não parecia tão animado, porém, continuava radiante e sorridente enquanto...