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Isak

















He's running out again, he's running, he run, run, run, run, run...




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O dia estava ensolarado quando Even chegara ao café, sorrindo levemente com sua pose segura e olhos bonitos fixos aos meus. Logo, pergunto-me mentalmente se o mundo estava em câmera lenta ou, se meu cérebro estava tendo algum tipo de defeito. Even parecia um maldito modelo desfilando para a marca mais famosa e cara de roupas.

- Olá – ele me cumprimenta, debruçando-se no balcão e mordendo um de seus lábios.

Ignoro seu gesto e aceno, murmurando um singelo''Hey'', antes de apoiar minhas mãos no balcão e levantar um pouco os meus pés, equilibrando-me na ponta dos mesmos, a fim de ficar da mesma altura que ele.

Eu me considerava uma pessoa alta, porém, Even conseguia ser ainda mais – o que era um tanto quanto perturbador.

- Você... Está bem? – ele pergunta, arrastando sua língua por aquele mesmo lugar que fazia-me perder o foco.

Observo sua ação durante alguns segundos, grudando meu olhar em seus lábios inconscientemente. Ele nota e me dá uma cara sexy e debochada, onde levanta uma das sobrancelhas e sorri. Coço a garganta e fito meus dedos, sentindo minhas bochechas esquentarem.

- Sim. Estou. – respondo, num suspiro leve.

Então, quase pulo quando Jonas brota ao meu lado, amarrando seu avental e ajeitando sua velha touca amarela, antes de pigarrear e juntar suas mãos.

- Preciso que você faça uma de suas tortas – ele diz – Não tenha pressa, pois é para amanhã.

Assinto.

- Maçã?

Ele concorda.

- Uh... Rum?

- Nem muito e nem pouco.

- Ok. – dou um ultimo e rápido olhar a Even, antes de girar e caminhar até a cozinha, entrando na dispensa e varrendo os olhos pelas prateleiras, murmurando um mantra de ''Onde está...?" e ''Trigo, trigo, trigo...''

Eu precisava urgentemente de trigo e ele não estava em nenhum lugar! Minhas têmporas doíam ao imaginar que talvez eu tivesse que ir comprar.

Não se passa nem um minuto quando sinto-me ser rodeado por braços longos e firmes e um rosto se afundar em meu pescoço, soltando o ar no mesmo.

Estremeço, sabendo exatamente quem era.

- Even... – infelizmente, minha voz acabara saindo em um resmungo prazeroso, o que fora como um estímulo para o outro ignorar minha tentativa de protesto.

O-ou.

- Não consigo resistir a você, Isak – ele confessa, distribuindo beijos por todo o meu pescoço, fazendo-me arfar e fechar os olhos em contentamento.

- Você não pode... – luto para falar quando seus dedos se apertam em minha cintura – Não pode fazer isso aqui. E-eu estou trabalhand-oh... – Daquela vez, ele pegara pesado, chupando o lugar e passando os lábios contra o mesmo. Merda! Eu acabara mesmo de gemer?

- Como entrou aqui? – aperto meu maxilar e luto para perguntar, ao que me viro de frente para ele, ofegando quando seu cheiro se infiltra em minhas narinas, exatamente como uma droga.

Creep | EvakOnde histórias criam vida. Descubra agora