Capítulo 4

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Meia hora depois, como combinado, o Tiago estava a tocar na campainha. Peguei no telemóvel e nas chaves de casa e saí.
Estávamos a ir em direção do parque, pelo atalho que eu costumo ir sempre.

- Como descobriste este atalho?- perguntei.

- Acho que vi alguém por aqui e quis ver onde ia.

- Um bocado intrometido, não achas?

- Não, apenas queria ver se era algum sítio que eu desconhecia. Vivo aqui desde sempre e pensei que conhecia a cidade toda.

- É por isso que sabes onde vivo? Sabes onde toda a gente da cidade vive?

- Espero que sim.

- Estranho...

Ficámos em silêncio pelo resto do caminho. Ele levou-me a um café/bar que eu desconhecia. Felizmente, ao contrário dos outros aqui da cidade, não estava cheio de senhores de 50 ou 60 anos à procura de mulheres divorciadas ou com os maridos a trabalhar fora. Neste bar só havia pessoas da nossa faixa etária, apesar de eu não gostar de ambientes com muitas pessoas, até gostei do ambiente. A música também não era má, o que ajudou bastante.
O Tiago pediu duas bebidas, uma para mim e uma para ele, cujo os nomes desconhecia, e apresentou me para um grupo de rapazes que se situavam no canto da sala. Eu não costumo beber bedidas alcoólicas, esta foi provavelmente a minha terceira vez, sendo que as outras duas foram só molhar os lábios à frente da minha família, mas havia algo na bebida que era estranho. No entanto, continuei a consumi-la, até porque, não podia julgar o sabor de algo que nunca provei.
Passado menos de meia hora, os meus olhos fecharam-se involuntariamente e perdi todos os meus sentidos.

AsfixiaOnde histórias criam vida. Descubra agora