Capítulo 11

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Abafou-lhe os protestos beijando-a na boca com tanta força como antes. Os lábios dela abriam-se para dar boas vindas à sua língua.

    Brianna sem conseguir conter-se e acariciou-lhe o pescoço e a clavícula.
   Quando ele levantou a cabeça, ambos ofegavam. Ele lambeu os lábios lentamente. Ao ver-lhe a língua húmida, ela sentiu fogo líquido entre as coxas.
  Brianna fechou os olhos, desesperada, e, quando os abriu, ele estava a tirar-lhe os sapatos.

– Podes parar?

– Sou um pervertido quando a ocasião o requer, mas não costumo arriscar-me a que um salto me atravesse um pulmão – atirou os sapatos ao chão. – Precisas de ajuda com o vestido?

– Não! – Brianna afastou-se dele o máximo que pôde.

– São quase duas da manhã. E ainda não tivemos o nosso mê-mê-mê. Mas, se queres continuar a impedir que teu sangue circule bem por causa desse vestido tão justo, tu é que sabes. Diz-me porque estás aqui.

– Solta-me primeiro.

– Já o fiz há três minutos.

Surpreendida, Brianna olhou para os pulsos. O cordão estava suficientemente lasso para se libertar. Não se apercebera por causa do beijo.
  Tyler olhou para ela com olhos zombadores. Ela tirou o relógio e estendou-lho, mas ele não o agarrou.

– Continuo à espera que me respondas.

– O meu nome é Brianna Forks.

–Deveria significar alguma coisa para mim?

Ofendida pela sua resposta, ela atirou o relógio para cima da cama. Ele agorrou-o com calma. Segurou-lhe o pulso e voltou a pôr-lho.

– O que....?

– Responde-me. O teu nome deveria significar alguma coisa para mim?

– Sim , ganhei recentemente um concurso de chefes de cozinha.

– Lamento, mas não estou a par da cultura popular.

– Pois deverias. A tua cadeia de televisão é patrocinadora.

– Tenho mais de sessenta meios de comunicação em todo o mundo, por isso, não consigo estar ao corrente dos programas que emitem nas minhas cadeias de televisão.  Vieste cobrar um prémio, é isso? – parecia decepcionado.

– Dito assim, parece um capricho, mas garanto-te que não é.

– Então, explica-me porque viajaste centenas de quilómetros de avião para me abordar?

Embora pudesse parecer-lhe um capricho, tratava-se da sua vida e da sua forma de ganhar uma independência pela qual tinha lutado muito para não cair na órbita dos seus pais. E essa vida estava ameaçada por um agiota.

– Quero que a tua cadeia de televisão honre o acordo e me pague o que me deve.

Ele olhou para ela com expressão desdenhosa.

– Vieste procurar-me por causa de dinheiro?
– Sim, pelo dinheiro do prémio.
– Mas porque recorreste a mim? Porque não foste falar com o director a TSC?
– Acreditas que não o tentei? Ninguém responde às minhas chamadas.
– A sério? Ninguém numa empresa com mais de mil funcionários?

– Não! E tenho a conta telefónica descriminada para provar.

– Pois , é evidente que tenho de contratar pessoas mais compententes.

– Não gosto do teu tom!– exclamou Brianna, enquanto se aproximava da beira da cama.

Ele agarrou-a e voltou a sentá-la á frente dele, agarrando-a pela cintura.

– A que tom te referes?
– È evidente que não acreditasse em mim. Porque viajaria milhares de quilómetros se não me tivesse deparado com um muro?

– E se tivesses pensado que com um vestido justo poderias conseguir um acordo melhor?

Ela ficou lívida.

– Sei que não me conheces , mas nunca usei sexo, nem a minha sexualidade para progredir na minha profissão. Podes ser ofensivo à vontade, mas a verdade é que Nígel Stone não atendeu o telefone da dúzia de vezes que lhe telefonei

Ele semicerrou os olhos perante a fúria que as suas palavras continham, mas não disse nada.

– Podemos resolver isso rapidamente– prosseguiu ela.– Telefona-lhe agora para que fale comigo. Assim livras-te de mim.

– Nos Estados Unidos, è sábado de manhã. Nunca incomodo os meus empregados durante o fim de semana.

– Sim, claro... – respondeu ela, cheia de raiva.

Ele dedicou-lhe um sorriso cínico.

– Não acreditas?

– Acredito em que fazes o que queres e quando queres. Se te conviesse, já estarias a falar com ele.

Ele encolheu os ombros.

– Muito bem,  reconheço que exijo muito aos meus empregados quando tenho de o fazer, mas também reconheço que têm direito ao seu tempo de inatividade, do mesmo modo que eu ao meu.

– Estas a dizer que tens de dormir para funcionar no dia seguinte?

– Tempo de inatividade não significa necessariamente tempo para dormir. Esta noite , contava com sexo selvagem.

Ela afastou-se dele, da tentação que representava as suas palavras.
Desde a primeira vez que o vira, pensaram com frequência em como seria sexo em geral. E, naquele momento, perguntou-se como seria sexo com ele.
  Irritada consigo mesma, levantou-se de um salto. Saiu do quarto a correr e apressou-se pelo corredor para porta principal.
  Agarrou a maçaneta e rodou-a para a abrir. Não aconteceu nada.
  Olhou a volta e viu o comando. Apertou o botão que lhe pareceu mais adequado.

– Não consiguirás sair a não ser que te deixe fazê-lo.



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Jogando com o amorOnde histórias criam vida. Descubra agora