Capítulo 1

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.O mundo mudará desde o dia em que Donald Trump fora eleito presidente. Uma série de eventos históricos ocorreu nos anos seguintes de seu mandato, mas o enorme muro de concreto maciço que se estendia do oceano atlântico ao pacifico, e sua altura colossal fechando por completo a passagem dos dois países, cuja única entrada era apenas uma abertura em El Paso, Texas. Fortemente vigiado por centenas de guardas americanos que ficava andando de um lado para o outro ou dentro de suas cabines no alto da muralha segurando metralhadoras apontando para qualquer um que tentasse passar a força e holofotes para iluminar a noite para enxergarem todo aquele que tentasse se aproximar sorrateiramente.

.Centenas de pessoas morreram na construção do muro, mexicanos e americanos deram sua vidas para erguera, famílias perderam parentes, mães perderam filhos e mulheres perderam maridos. Com o decorrer dos anos que prosseguiram após o levante do bloqueio, milhares de mexicanos – Homens, mulheres e crianças – morreram ao tentarem atravessar a fronteira, as pessoas eram mortas pelos guardas ou pelos traficantes de pessoas que aguardavam ainda no México ou nos EUA esperando aqueles que conseguiram passar pelos guardas, era o caos, e a morte estava por toda a parte, os mexicanos começavam a chamar a fronteira de "paso de la muerte" (passagem da morte).

.Muitos protestos pela queda do muro foram feitas de ambos os países, mas a mídia e as vozes de ódio preconceituoso faziam com que os protestos contra o muro não se resultasse em nada para a população americana, e o lado mexicano sofria com repreensão da violência americana contra seu povo que protestava nas proximidades do muro que eram atingidos com tiros e bombas de gás lacrimogêneo. De nada adiantará a vozes, pois eram calados com a violência do mais forte.

.Passaram-se dez anos desde o levante do muro. Era uma tarde como qualquer outra no subúrbio na Cidade do México, carros passavam pelas ruas a todo vapor, os gases poluentes faziam qualquer um tapar o nariz devido ao forte odor do gás carbônico, gangues ficavam parados nas esquinas segurando seus cães ferozes pela coleira. Mulheres passavam com suas crianças segurando a mão, ou jovem grávidas andavam com uma das mãos na suas grandes barrigas, cães latindo nas casas com muro baixo, e às vezes uma leve brisa passava no rosto de todos que estavam nas ruas. Mas não era um dia comum para um habitante, Roberto corria feito um louco com sua mochila nas costas e um mutuado de papéis que segurava nas mãos, alguns enrolados, outros amassados. Ele estica uma das mãos para apontar um ponto de ônibus não muito longe dali:

— Espere! – Grita ele para o ônibus que estava partindo.

.Uma mulher olha o desespero do garoto magro que parece que suas roupas pareçam enormes vestidos nele. Ela manda o motorista esperar por um minuto com a esperança de o garoto chegar a tempo, e apressando o passo e apertando seus olhos e fraseando a testa o garoto corre um pouco mais rápido, mas deixando alguns papéis escaparem e voarem com o vento.

.Ao chegar ao ponto de ônibus o garoto encurva seu corpo para poder segurar seus joelhos para poder respirar, todo suado, sua pele parda parecia perder a cor, seus olhos castanhos mel ficaram fundos e sem foco e seu cabelo preto e enrolado ficou desarrumado com a corrida. Sua camiseta amarela parecia que foi mergulhado numa bacia com água devido ao excesso de suor que continha. O garoto respira fundo antes de olhar nos olhos pretos da senhora e subir para o ônibus.

— Obrigado. – Faz uma pausa para puxar ar. – Senhora. – Conclui o garoto.

— Não tem de que garoto suba logo antes que o motorista de partida. – Diz a senhora que parecia não ter mais do que setenta anos.

— A senhora primeiro. – Diz o garoto mostrando o caminho para a idosa.

— Obrigada meu jovem. – Diz idosa subindo as escadas do ônibus que parecia que não tinha um concerto há anos.

El Chapulín Colorado e o bloqueio do norteOnde histórias criam vida. Descubra agora