Voltei para casa com muitos papéis, muitas perguntas e lacunas. Mas quase nenhuma resposta.
Antes havia pedido a Meg o endereço do hospital em que Michael se encontrava - seu estado era instável - e passei por lá antes de ir pra casa.
Havia um número razoável de pessoas na entrada do hospital, alguns jovens e algumas gestantes; mas em especial encontrei um casal de meia idade próximo a uma moça de cabeça baixa que estava na recepção.
Caminhei até eles.
- Com licença, vocês são os familiares de Michael McCartney Júnior? - eles acenaram — Gostaria de fazer algumas perguntas.- quem deveria ser a mãe e o pai dele se levantaram e vieram em minha direção.- Quem é você? Não parece ser policial.- a mãe dele observou.
- Sra McCartney?- ela confirmou com a cabeça.- De fato não sou policial, sou o perito Weston; mas preciso fazer algumas perguntas.- já que a polícia ainda não tem consciência do que pode ter acontecido e o tenente não confia muito em novatos, não quis acrescentar.
- Escute, meu filho não tentaria um suicídio!- pude observar sua face pálida e olhos vermelhos em quanto seu marido passou o braço direito por seus ombros - Ele começaria uma nova etapa da vida dele e...sei que o mesmo ansiava por isso.
- Tente se acalmar querida.- qualquer um poderia notar o quanto aquele homem de meia idade e cabelos levemente grisalhos estava se segurando para não desabar na frente da esposa.- Lembre da sua pressão.
Eu acenei com a cabeça para a esquerda para indica-Los um lugar mais parado. Comecei a caminhar e ambos me seguiram. Nos sentamos em cadeiras mais separadas do resto de parentes que pareciam se acumular naquele é local.
— Escutem, se vim até aqui foi por que acho que oque aconteceu com seu filho não é oque todos estão pensando.- observei.- E preciso que os senhores me respondam algumas perguntas, ok?- ele acintiram.
— Filho único?
— Não, temos uma filha morando na Florida com o marido. Ela já esta vindo para cá.
— O comportamento do seu filho mudou esses últimos tempos?- peguei me bloco de notas.
— Meio nervoso, mas pensamos que tivesse sido por conta do...casamento.- ambos se olharam.
— Nenhum telefonema estranho ou mensagem?
— Não que saibamos.- Sr McCartney respondeu.
— Ele teve alguma briga feia com algum conhecido? Algum desentendimento ou algo assim?
— Nada.
— Ele tinha alguma coisa marcada pra essa manhã?
— Ia, almoçar com a noiva.
— Ele disse isso?
— Não, ele não nos falou nada. Foi a Mirela que nos contou.- Sr McCartney responde em quanto aponta com a cabeça para um moça sentada em uma das cadeiras e de cabeça abaixada - a garota da foto.
— Senhor McCartney...
— Me chame de Jherad.- me cortou.
— Ele telefonou pra convida-la, sabem me dizer?
— Ela disse que ele havia enviado um e-mail.- ele respondeu.
— Ele tinha uma arma?- era a pergunta mais óbvia, mas eu tinha que confirmar.
— Ele começou a praticar aulas de tiro a uns dois anos; disse que o ajudava a relaxar. E sim, ele tem uma arma calibre 22.
— Ok, obrigado.- me levantei da cadeira em que estava sentado e cumprimentei ambos.- Qualquer coisa que lembrarem pode entrar em contato comigo.- lhe entreguei um pedaço de papel rasgado com o meu número e eles fizeram o mesmo.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Ciência Contra O Crime.
Mistero / ThrillerQuando era garoto, nunca pensei em ser astronauta, piloto de corrida, ou jogador. Queria ser investigador (talvez o fato de sempre ser o mais curioso tenha alguma coisa haver), cresci em uma família em que o altruísmo estava praticamente em primeiro...