Voltei antes do esperado, eu ia postar só quinta, mas arrumei um tempinho.
LEMBRANDO QUE O CAPITULO 23 JÁ ESTÁ DISPONÍVEL NO BLOG (Link externo)
Primeiramente obrigada a todos(as) pelas felicitações de natal, esse fim de ano ta tão corrido que eu infelizmente não to conseguindo responder os comentários, mas realmente obrigada a todos vocês, eu leio todos e fico até emocionada com alguns, eu não choro, quem conhece as arianas sabe como nós somos, mas eu levo cada palavra de vocês com muito carinho, não só dessa história, mas de todas as outras <3
Ao avançar da noite, todos íamos nos divertindo e bebendo um pouco. Tony chegou por volta de oito da noite, ele veio dirigindo, diferente de Bruna, que preferiu vir de ônibus, mas não avisou ninguém para não preocupar, ou não me preocupar. Ela disse que passaria a noite em algum hotel, mas Michele fez questão que todos dormíssemos em sua casa. Antes da ceia ficamos bebendo vinho e conversando, Rose tocou violão e Michele cantou, Tony também ajudou as duas e até deu uma rápida aula a Henrique que pareceu se interessar. Quando elas terminaram, Rose veio para o meu lado.
- Eu adorei esses queijinhos, o que colocou neles?
- Um pouco de orégano. - Sorri.
- Você é uma ótima cozinheira, que inveja.
- Posso te ensinar se quiser. - Bruna estava conversando com Helena, Tony e Kat, mas toda hora ficava olhando para onde Rose e eu estávamos.
- Ela está me assustando. - Rose falou mais perto, só para eu escutar.
- Pensei que a grande Delegada Torres não tivesse medo de ninguém.
- Então eu vou fazer algo que vai provavelmente acabar com minha vida. - Ela colocou a cerveja em cima da mesa e meu copo de vinho também. - Vamos dançar.
Rose me puxou pela cintura, nem tive tempo de protestar, ela dançava muito bem, eu pisava algumas vezes no seu pé, mas ela não parecia irritada e sim achava graça, num determinado momento eu até comecei a rir também. Ela me girou e no fim colou nossos corpos, senti meu rosto esquentar, Rose tinha pegada, devo admitir.
- Você dança muito bem.
- Mentirosa. - Me afastei dela ajeitando minha roupa.
- É sério, você pisou no meu pé porque não estava acostumada, mas depois que pegou meu ritmo, não pisou mais.
Depois da dança, Bruna me cercava de longe, me olhava, me encarava, queria se aproximar, mas ela não fazia, porque toda vez que iria chegar, Rose aparecia. Era nítido que ela não estava nada feliz, que parecia estar chegando ao seu limite.
- Bruna, vamos lá conversar com elas. - Henrique chamou, já que Helena estava na pista de dança com Tony e Michele e Kat desaparecidas. - Rose você já conheceu a Bruna?
- Sim, sua mãe nos apresentou. - Rose sorriu.
- A Rose é uma delegada. - Henrique falou animado. - Ela me levou na delegacia que ela trabalha.
- Eu fiquei muito preocupada.
- Júlia quase surtou. - Rose sorriu.
- E você Bruna, o que faz da vida?
- Sou advogada... na verdade... estou me formando.
- Ah ótimo.
- Vou fazer OAB no primeiro semestre do ano que vem.
- Deve estar estudando muito, se quiser eu posso te ajudar, eu já...
- Está tudo bem, eu consigo estudar sozinha, nunca tive problema.
- Deveria aceitar a ajuda, Rose passou em primeiro lugar para ser Delegada. - Falei.
- Que perfeita. - Bruna falou sarcástica.
- Ela é, graças a ela eu decidi o que quero ser quando eu crescer. - Henrique falou animado.
- Decidiu? - Perguntei assustada, não esperava por aquilo, Henrique era muito novo, claro que era bom ele estar decidindo o futuro, mas ser um Delegado era uma profissão perigosa. - Ser Delegado é algo muito perigoso.
- Mais é legal.
- Sua mãe está certa, Henrique. - Bruna ficou do meu lado.
- Eu já decidi.
- Então, tem que estudar muito, se tornar advogado é difícil, não é Bruna? - Rose falou. Bruna concordou. - Mais se tornar uma Delegado, é muito mais difícil.
- Mais a Rose, conseguiu. - Bruna falou. - Ela é perfeita, não é Júlia? Séria uma ótima mãe e chefe de família.
- Bom, ela seria mesmo. Responsável...
- Fiquei sabendo que ela foi seu príncipe no cavalo branco.
- Henrique quer ir comer alguma coisa? - Rose percebeu que Bruna iria querer iniciar uma discussão. - Eu adorei aqueles queijinhos.
- Pow, eu também.
- Parece que nós estamos em sintonia. - Os dois saíram, me deixando sozinha com Bruna.
- Uau, que perfeita essa Rose. - Bruna falou.
- Ela é ótima, mas perfeita, não creio. - Beberiquei meu vinho, por mais que eu estivesse me divertindo, estava com medo de Bruna fazer cena.
- Não, ela é perfeita, olha o Henrique adorou ela, o segundo pai para ele.
- Ele realmente gostou dela, fico feliz que meu filho tenha se aproximado dela, ela é uma ótima influencia para ele.
- Sabe o que não entendo Júlia, você se afastou de mim por um tempão, para ficar perto dela, para deixar ela fazer parte da sua vida. - Bruna falava baixo, mas era nítido que ela estava chateada. - Eu não me surpreenderia se você estivesse dormindo com ela.
- Bruna, retira o que você disse, ou vou ficar muito irritada com você.
- Me desculpa, Júlia, mas eu não consigo entender, eu queria estar por perto, queria estar com você.
- O que você não consegue entender? Que eu posso simplesmente encontrar alguém além de você? Que se você não faz a coisa certa, outra pessoa vai fazer?
- Então você tá me dizendo que realmente aconteceu algo com ela?
- Não, eu não tive ou tenho nada com ela. Você deveria me perguntar antes de começar a me acusar. Cadê a mulher madura que eu conheci? Você ultimamente tem agido como uma adolescente. - Bruna parou de falar e ficou me encarando. - Se você quiser algum dia fazer parte da minha vida, precisa parar de agir como adolescente quando as coisas não saírem como você quer ou quando simplesmente achar que não pode lidar com uma situação. Eu vou buscar alguma coisa para beber. É sempre muito agradável conversar com você, Bruna.
Sai de lá bastante irritada, queria gritar com ela, mas me segurei, por mais que ela merecesse. Entrei na cozinha respirei fundo, fiquei escorada no balcão, não tinha ninguém ali, todos estavam lá fora, acabei xingando a Bruna, não por mal, mas sim para extravasar, ela agia exatamente como Carlos, ela me acusava, sem nem ao menos me perguntar nada, agia como se eu fosse culpada, caso alguém sentisse interesse por mim. Ela agia como uma adolescente ciumenta e isso acabava comigo, mas por que eu me sentia feliz por ela sentir ciúmes de mim? Por que eu sentia meu corpo vibrar em excitação e uma vontade louca de beijar ela? Como se fosse um imã, Bruna entrou na cozinha como se nada tivesse acontecido, passou por mim e pegou a garrafa de vinho, parou na minha frente e sorriu. Foi ali que eu percebi, mesmo ela sendo uma idiota, agindo como uma babaca, eu queria ela, eu desejava ela, desejava ela na minha vida. Porque no fundo eu a entendia, afinal eu também me sentia uma adolescente perto dela.
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A amante do meu marido (Romance lésbico)
RomanceJulia é uma mulher casada, ama seu marido e sua família, independente dos seus problemas conjugais. A sua vida começa a desmoronar de vez quando descobre uma traição do marido, mas Julia não é uma mulher qualquer, ela é capaz de tudo para reconquist...