Cláudios - O Cavaleiro (Em Pausa)

Capítulo 2

Dedicado há Linet-10 por ser incrível e por sempre está me incentivando.
Beijos esse capítulo é todo seu!!

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Muitos podem pensar que a casa de um homem solteiro não pode ser arrumada e em ordem, certo? Errado! No meu caso que vivo sozinho e sou solteiro ela até que é bem arrumada levando em conta o quesito" Todo homem é bagunseiro "! Minha casa até que é bem em ordem.

Mesmo sendo simples e humilde, sempre gostei de deixar tudo em ordem acho que meus anos de treinamento me renderam uma personalidade um tanto quanto... perfeccionista.

Porém mesmo após o banho ainda sentia que algo estranho estava acontecendo, era mais como algum tipo de intuição. Era só o que me faltava! Depois de passar pela fase da infância e adolescência decidi ficar louco ou talvez quem sabe sempre fui?!

Mas não era como se eu sentisse era mais pro tipo " Você sabe! " E sim eu sabia, porém não me vinha a mente o que seria tal coisa que eu sabia pois como posso saber de algo que não estou vendo?

Você está ficando louco Cláudios!

Resolvi deixar minhas conclusões pra lá, afinal de contas eram só suposições, e suposições não são certezas. E a idéia que eu estava me deixando levar pela solidão estava me matando.

Mesmo estando a uns dois anos morando sozinho, ainda não havia me acostumado, afinal de contas, eu não era de ferro. Muitos podem pensar que um cavalheiro é um ser sem quaisquer consternações, porém estão absolutamente errados!

Tanto eu quanto Bran temos nosso - como chamo carinhosamente - calcanhar de Aquilis, nossa fraqueza, nossa forma de medo. No meu caso eu tenho dois: ficar sozinho e não ser bom o bastante para o proteger minhas damas.

O que é isso Cláudios?! Você agora é um cavalheiro! Deixe essa sua insegurança besta!

O cúmulo da loucura havia me invadido, agora eu não falo mais sozinho - não sei por que mais estou rindo - pelo contrário eu brigo sozinho.

Enquanto ria de mim mesmo, fui andando em direção a cozinha para preparar algo decente para me abastecer. Por que como diria Bran "Saco vazio não para em pé, menino!" Não sei por que em nome do santo manto, ele me chama de menino. Eu não era um menino a muito tempo, a vida me ensinou a crescer. Porém não posso reclamar mesmo que minha infância tenha sido retardada, não deixei de viver e brincar o que tinha de brincar. Uma criança de dez anos precisa saber o que é ser e o treinamento que se requer para se tornar um cavalheiro.

Enquanto descongelava um pouco de sopa, meus pensamentos voaram longe; pensando em como seria minha vida se Zarak não existisse, afinal de contas ele era um desgraçado! Meu pai era um guarda do mato quando Zarak matou Jasmine não houve como não entrar pra batalha em nome da sua honra e dos que amava. Os guardas que não haviam sido hipnotizados lutaram para defender tanto Farmendia quanto Mantle, e claro que meu pai era um dos guardas que lutava, porém minha mãe não o queria lá e foi ao seu encontro em meio a batalha. Enquanto se aproximava do meu pai alguma fada maldita a matou quando meu pai a viu caída, ele não conseguiu mais lutar, sem forças ele foi ao chão sendo assim atingido também.

Quando Bran me contou tudo que havia ocorrido, não me surpreendi com a atitude de minha mãe, afinal ela sempre foi intuitiva. Quando nasci não nasci com nenhum dom específico que me caracterizase ou me tachasse como um fantástico com poder. Como meus pais não havia muita coisa especial em mim, mas quando comecei o trinamento descobri ser exatamente o oposto.