O Reencontro das Lendas

Capitulo 25 - O Baile

O dia do baile. Foi uma noite um pouco longa, as pessoas bem vestidas, e com trajes formais. No início da noite estava um pouco abafado, o tempo seco, e o céu bem estrelado, as pessoas fingiam sorrisos, e risadas, só para causar boa impressão, fingindo ter uma vida boa e tranquila, sem nenhum estresse ou algo do tipo.

As pessoas usavam máscaras, de vários formatos e cores.

Ao topo de uma escada, avistei uma menina, com vestido vermelho da cor do sangue, um colar no pescoço, e o seu cabelo castanho escuro estava solto com alguns cachos. Um olhar ousado e misterioso.
O que fez aquela menina chamar tanta atenção? Ela não usava máscara, ela não escondia seu rosto, ela o deixava a vista, justamente para que as pessoas vissem. Acho que ela realmente queria chamar atenção, pois o título do baile era "O baile de máscaras" e ela não tinha uma máscara. Ela ainda parada, no topo da escada, esperando que todos finalmente tivessem olhado para ela. Lentamente ela desceu as escadas, degrau, por degrau, e no meio dela ela parou e abriu um lindo par de asas de anjos brancas como a neve, e eu pude notar que ela estava com um véu de rosas brancas, que arrastava pelas escadas.
  Quando desceu, todos ainda admirando, ela simplesmente passou no meio das pessoas fechou suas asas como se elas não estivessem chamado tanta atenção, me fez pensar que ela apenas esta demonstrando que era um ser sobrenatural como todos ali. Não demorou muito para mim perde ela de vista, pois no salão havia muitas pessoas, e claro que seria fácil encontra-la, a roupa dela era inconfundível, mais mesmo assim, eu não consegui. Com uma taça de vinho entrelaçada nas mãos, dei meu último gole, e fui procurar a menina desconhecida, pelo qual não se apresentou como as pessoas normais.

Procurei por todo salão, quando a encontrei em frente a uma janela, que era bem grande por sinal. Eu apenas estava admirando, ela respirar sobre o vidro, deixando ele um pouco embaçado, para que assim ela pudesse desenhar estrelas no vidro. Um gesto um pouco infantil.

Lá fora? Estava chovendo, uma chuva bem fina, e o tempo? Já não estava tão abafado. Estava até um pouco frio, não muito, mais ou menos uns 18° graus.

Aproximei-me um pouco dela, e então, tentei me encorajar para perguntar seu nome olhando para os lustres que estavam iluminados por belas velas.

Inspirei, respirei, e então aproveitei os quarenta segundo de coragem e fui.

– Olá, como se chama? – Perguntei apesar de estar muito envergonhada.

Ela olhou para mim, e respirou bem fundo, um pouco aliviada, e então sorriu e respondeu – Me chamo Nena, e você?

– Eu, ainda um pouco nervosa, respondi a ela – Meu nome é Oracy. –Você pode me explicar quem são todas essas pessoas? –Ela deu um suspiro bem fundo capaz de sugar todo o ar do salão. – Eu apenas respondi – Essa é sua nova família.

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