Capítulo 19 - O grito da morte

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- E então, oque faz aqui? - Perguntou Anelim para Oracy.

- Eu sempre fui daqui. Meu pai era um elfo cavaleiro, só que ele teve um relacionamento com minha mãe que era uma fada. - Falou Oracy enquanto caminhava pelo caminho de tulipas vermelhas.

- Bom isso é algo bom de ouvir. Não se casam nem se dão em casamento desde a separação. - Falou Anelim.

- Como tudo isso aconteceu? Eu estive por fora durante todo esse tempo. - Falou Oracy.

- A rainha Ailíme, se é que podemos chamar ela assim, feriu a assa da Rainha Aras, e enfiou um bastão sobre a atmosfera para que ela pudesse governa o mundo que ela achava que era dela.

- Então foi assim? - Perguntou Oracy.

- Foi assim que disseram que aconteceu. - Falou Anelim.

- Bom vamos voltar ao Palácio, precisamos arrumar uma estratégia para aprender a purificar almas. - Falou Anelim.

Elas voltando para o Palácio, encontraram Jake jogando pedrinhas no lago que fica na parte da frente do Castelo.

- Jake. - Gritou Anelim, chamando Jake. - Venha comigo precisamos de você.

Jake apenas o seguiu até a sala do trono onde a rainha Aras estava junto com Ennaj e Lucc.

- Ainda bem que vieram. Estou tentando tirar da cabeça de Ennaj, para que ela não desça para ver Ailíme. - Falou a Rainha Aras.

- Não me leve a mal, eu ate que nessa parte concordo com ela. - Falou Anelim.

- Vocês não podem descer ate lá é muito arriscado. - Falou Lucc.

- Será breve, se ela negar não iremos insistir. - Falou Anelim.

Elas seguiram pelo corredor principal, e nos fundos tinha uma porta, que dava acesso para o porão. Elas desceram a escada e viraram a esquerda, seguindo por um corredor estreito, com ladrinhos de mármore, e tochas de bambu acesa, pelo qual lembrava o porão do Castelo de Ailíme. No final do corredor havia uma cela, um pouco grande. E lá estava Ailíme com as suas garras segurando as grades da prisão.

- Ora, ora, não sabia que eu tinha direito a visitas... - Falou Ailíme um pouco sarcástica.

- Menos, iremos pedir um favo... - Falou Ennaj sendo interrompida por Ailíme. - Um favor meu? Oque irá custa? Minha liberdade?

- Você nunca irá sair daí. - Falou Anelim.

- Veremos. - Falou Ailíme olhando para Ennaj com os olhos avermelhados.

Ailíme aproveito da força da magia que tinha, e que estava recebendo das meninas sem elas saberem, e abriu a cela, deixando as meninas com os olhares esbugalhados.

- Venha até aqui! - Falou Ennaj. Com Ailíme na metade do corredor.
Anelim fez com que ela parece, parecendo uma estátua, e a trouxe até elas novamente.

- Você precisa me ensinar a fazer essas coisas. - Falou Ennaj.

- Não é momento para brincadeira Ennaj. - Falou Anelim.

Ailíme fechou todas as portas que estavam entre aberta no corredor, dificultando a saída das gêmeas.

- Precisamos sair daqui! - Falou Anelim.

- Não tão rápido! - Falou Ailíme. E se locomoveu para vários lugares ao mesmo tempo, fazendo com que as irmãs ficassem confusas sem saber quem era a verdadeira Ailíme.
Ennaj não perdeu por esperar, e então quebrou uma cadeira de madeira, e segurou um dos pés dela nas mãos, tentando ameaçar a Rainha. E então ela (Ailíme) segurou Anelim pelo pescoço, impedindo a passagem do ar para os seus pulmões, fazendo com que o nariz de Anelim viesse a escorrer sangue.

- Você não vai mexer com minha irmã. - Falou Ennaj revoltada enfiando a madeira que estava em uma das suas mãos, nas costas de Ailíme. Ailíme parou no tempo. Assim como todos. Por alguns segundos tudo pareceu mais lento. Devagar. Muito devagar. Quando de repente Ailíme vomitou sangue, e a sua pele foi endurecendo como pedra, matando todos os seus órgãos por dentro. Ela caiu no chão e com a mão sobre sua barriga segurando o pedaço de madeira que havia lhe atravessado, Deu um último grito, fazendo com que corvos voassem, e fazendo o mundo estremecer. E então. Caiu em um sono. Profundo. Para todo o sempre.

Foi quando Jake, Lucc, Oracy, e Aras desceram ate o porão e encontraram a cena que ficou marcada pelo resto de suas vidas.

Aras derramou uma lágrima no seu olho direito e evitou chegar muito perto.

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