Parte 2 - Terra/Capitulo 23

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(Narrado por Nena)

Era por volta de 03h46min da manhã, eu tinha acordado porque estava um pouco suada e com dor nos ombros, levantei da cama e fui caminhando até o banheiro, a porta estava entre aberta, e a luz da lua refletia sobre a janela que estava com as cortinas amarradas, eu passei pela porta e escorreguei no tapete, lembrei que a Molly nossa faxineira havia encerado hoje cedo. Abri a torneira e lavei meu rosto, na direção da minha toalha tinha uma pena branca no chão, era um pouco grande para ser de um pássaro, peguei e coloquei sobre a pia. Depois de ter secado meu rosto voltei para o meu quarto e fui me olhar no espelho. Percebi um roxidão nas minhas costas morena, estava um pouco dolorido, pensei em descer até o andar de baixo para tomar um analgésico, mas acabei desistindo com preguiça. Eu estava indo na direção da minha cama, e pude notar que minha janela e perciana da esquerda estavam abertas, a luz que entrava iluminava as paredes do meu quarto que era de um tão azul claro. Achei um pouco estranho pós eu tinha lembrado de fechar antes de dormir, mas mesmo assim fui até lá fechar. Quando me deitei na cama, apertei o botão do meio do meu celular para conferir a hora, e o celular marcava às 3h58min, já ia dar quatro horas da manhã e eu tinha aula no dia seguinte, eu realmente precisava ir dormir, puxei o cobertor de algodão e fui dormir, demorei um pouco confesso, fiquei lembrando e imaginando momentos que ainda não tinha vivido.

O alarme do celular tocou as 06h11min, tinha uma mensagem da minha melhor amiga Maju lembrando que era segunda e também o nosso primeiro dia de aula. Eu me levantei um pouco sonolenta, peguei meus lindos óculos marrons no meu criado mudo junto com meu celular, fui até o banheiro escovar meus dentes e aproveitar para conferir as mensagens no twitter, eu estava com um pijama de panda e meias azuis com varias formas geométricas. Depois que eu terminei de escovar meus dentes retirei minha roupa para tomar banho, liguei o chuveiro e o primeiro jato de água estava muito gelado. Acho que fiquei uns cinco minutos no chuveiro, peguei minha toalha branca com um laço amarelo desenhado bem no meio dela e me enrolei, eu estava com um pouco de frio apesar da água esta extremamente quente. Como sempre, parei em frente ao espelho para observar minhas silhuetas maravilhosas, me sequei e fui procurar uma roupa para vestir, acabei pegando um vestido de cor pastel marrom cheio de florzinhas de vários tons de vermelho, minha mãe achava meu gosto para roupas um pouco infantil às vezes, mas Maju ate que gostava (às vezes). Depois de eu achar que tinha terminado de me arrumar, lembrei-me do meu rimel, e então finalmente resolvi descer para tomar café.

Minha mãe tinha feito panquecas com mel e morango para mim, cheguei até a estranha um pouco, só que me veio à memória "primeiro dia de aula." Meu celular estava tocando, era Maju ligando, atendi e ela falou: Nena são exatamente 07h02min passo para te buscar as 07h30min, espero que você esteja na porta esperando, não vou ficar agredindo a buzina igual uma doida.

Tudo bem vou esta esperando na porta, a em relação à buzina, realmente acho melhor você não aperta, o barulho é esquisito. – Falei.

– Camz disse que parece um pinguim ferido, ela quase me magoou. – Camz era a irmã de Maju, ela era um ano e meio mais velha.

Ela desligou e disse que ia tomar café, e eu ia fazer o mesmo.

– Olá querida, bom dia dormiu bem?

– Oi mãe bom dia, acordei de madrugada, estava com as costas doendo. – Falei e fui interrompida pelo meu pai.

– Bom dia filhota, dormiu bem? – Perguntou o papai, e eu só balancei a cabeça concordando, estava com preguiça de explica que tinha acordado antes.

– Mãe fez café? – Perguntei. – Fiz esta em cima do balcão. – Eu peguei a garrafa e enchi meu copo, minha mãe sempre disse para mim que eu tenho a mania de achar que café é água. Comi uma panqueca e meia, e ouvi a desastrosa e horrorosa buzina do carro da Maju. Peguei meu celular para conferir a hora, até porque tinha passado muito rápido, e o relógio marcava 07h28min, é eu não estava atrasada. Peguei minha mochila super infantil de elefante que eu a chamava de Vilma Maria e fui caminhando até a porta.

– Você nunca vai parar de usar tênis all star com vestidos filha? – Falou minha mãe quase berrando do meio da cozinha.

– Tenha um bom dia mãe, e pai. – Não respondi a pergunta dela, até porque achei desnecessário ela criticar meu modo de me vestir, mal sabia ela que eu continuar daquele jeito.

Sai pela porta e sinalizei para Camz, ela acenou de volta e eu entrei no carro. Quando eu entrei Maju falou: – Esta atrasa 51seg.

– Menos Maria Julia, isso não vai fazer diferença nenhuma, nos nunca fomos de chegar no horário certo. –Falou Camz tentando me defender pela chatice de Maju.

Camz foi falando durante todo o trajeto sobre o sobrenatural, e eu e Maju apenas fazíamos huhunnn...

Paramos em uma das três primeiras vagas do estacionamento bem a direita, eu sai do carro e logo em seguida as meninas também.

Camz chegou a questionar o fato de ela esta no terceiro ano e não ter conhecido nenhum garoto interessante para que ela ter um relacionamento serio e duradouro.

Entramos pela porta da frente do colégio, eu e Maju estávamos indo ver nossos horários e professores, para que assim pudéssemos ir ao ginásio, para reunir as turmas do segundo ano.

Pegamos os horários na secretaria, que ficava bem a frente dos armários do corredor B, depois encontramos as gêmeas Vick e Lauren perto do ginásio que ficava nos fundos do colégio, todos estavam lá para ouvirem o depoimento do direto Chang. Demorou cerca de quarenta minutos para acaba, me questionei pelo fato dele ficar falando por quarenta minutos o quanto seria bom ter os novos alunos no colégio.

O primeiro dia passou bem rápido, me encontrei com Maju na saída, até porque ela me levaria em casa.

–Oi como foi as suas aulas? –Perguntei para Maju

– Foi um pouco divertida, sabe como é né, "primeiro dia de aula"... – Preciso ligar para Camz, vou deixar ela ai.

–Por quê? Cadê ela? –Perguntei.

–Esta com os amiguinhos dela. – Ela falou em um tom muito debochado e engraçado.

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Eu fui para casa e Maju ficou lá comigo, tínhamos tarefa para fazer, e coisas para conversa, eu tinha ido para a casa de praia dos meus pais que na verdade ficava em um campo nas férias.

Eu entrei no banheiro para tomar um banho rápido, e quando entrei no Box vi milhares de penas espalhadas e molhadas, tomei um susto bem grande e gritei para que Maju ouvisse, e ela entrou no banheiro desesperada.

–O que aconteceu menina? Quer me matar de susto? – Falou Maju e eu respondi – Olha para o Box... – Ela olhou um pouco assustada e perguntou: – O que é isso? Estava aqui ante? –Ela sempre teve a mania de fazer duas perguntas na mesma hora.

Eu respondi a ela: – Não, não estava ai, eu encontrei uma pena no chão ontem e coloquei em cima da pia, e hoje eu encontrei isso.

– Não tem nenhuma pena encima da pia. 

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