VII. Que confusão

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P.O.V. Miriam

O que terá acontecido?

Acordo, não sei onde estou, apenas sei, que me dói a cabeça.

Do nada, vejo sombras aproximarem-se de mim, onde é que estou.......

- Olá, querida, como te sentes? - ousso a voz da minha mãe.

- Mãe??? Onde estou???? Sinto a cabeça à roda e não consigo focar muito bem as imagens??? O que se passou??? - pergunto-lhe confusa.

- Calma, ok? Tu tiveste um pequeno acidente. Ora, tu foste atropelada e sofreste um pequeno traumatismo craniano e tens o pé partido. - conta-me a minha mãe.

- Mas...como é que tudo isto aconteceu??? Não estou a perceber nada.

- Tu agora tens de descansar, mas não te preocupes tu vais saber como tudo aconteceu quando deixarem a Gwen entrar para te visitar. Agora promete-me que vais descansar.

- Está bem, eu também ainda estou muito confusa e sinto-me cansada. Parece que levei com um piano em cima.

Do nada adormeço.

Quando acordo, já era outro dia, mas para meu grande espanto já consegui focar tudo, apenas tinha dores no pé. Que bosta!!! Não tenho ido aos treinos de hóquei, por causa dos testes e dos exames e agora tenho um pé partido..... Só espero estar melhor quando for altura de participar no torneio.

De repente, entra a Gwen pelo meu quarto a dentro.

- Bom dia. Como estás??? Pregaste-me cá um susto. - pergunta-me preocupada.

- Bem, tenho dores no pé, mas pelo menos as da cabeça já me passaram. - respondo-lhe - Agora, quero saber tudo o que se passou. Como é que eu vim parar aqui?

- Bem então, eu gritei pelo teu nome e quando tu estás a vir ter comigo foste atropelada. Nesse momento eu volto a gritar e vejo um gato a sair do carro que atropelou. E tu nem sabes quem é que sai do carro..... Sai de lá o Shawn! Ele é mesmo bom.- conta-me excitada.

- Tás a gozar! Esse tipo é mesmo mal formado, já não lhe bastou quase ter-me atropelado como me atropela e nem sequer tem o descaramento de saber se eu estou bem. LITERALMENTE passei a odiá-lo. - digo irritada.

- Calma que eu ainda não acabei a história. Então ele pede-me para chamar uma ambulância, todo nervoso, e para diminuir a hemorragia tira a camisola em plena rua e põe-na na tua cabeça. Espera que a ambulância chegue e pede-me para te dizer que estava atrasado para um concerto e que só se foi embora pois não podia fazer mais nada senão esperar para ver se acordavas. - explica ela como se ele fosse um herói.

- Não me interessa, ele se tivesse o mínimo de respeito ficaria preocupado e viria pedir-me desculpa.

Estava eu a demonstrar o meu amor pelo moço que me atropelou quando batem à porta. Assim entram pelo quarto a dentro a Mary, o Peter e o Sam.

- Então, boneca, apanhámos cá um susto. - diz o Sam.

- Olha a conversa... Não vês que a Mary já está a ficar com ciúmes. - ops acabei de pôr a pata na poça. Tu realmente não pensas no que dizes, acabaste de te chibar toda. Para além da Gwen estar olhar para mim e fazer o sinal de cortar a cabeça.

- Mas qual é a cena, eu com ciúmes dele, deves estar a gozar. NUNCA! - diz a Mary.

- Escusão de estar a fingir. Embora vocês se deem como o cão e o gato nós já sabemos que são namorados. - acaba por confessar Gwen.

Bem alinhei na cena da confissão.

-Ya, já não podem esconder mais, nós vimo-vos aos beijos no parque, quando deviam estar em aulas.

- Está bem nós admitimos, somos namorados. - diz o Sam e logo Mary lhe dá um cotovelada - Que foi! Elas apanharam-nos, também já estava na altura de confessar. Ou tu não queres admitir que namoras comigo?

- Claro que quero. Mas preferia que tivéssemos sido nós a contar. - falava Mary com o olhar fixo no chão.

- Bem ao que parece fui o último a saber... - diz Peter - Parabéns, fico contente por vocês se terem entendido.

- Obrigada. - diz Mary - Bem nós já sabemos do agradável encontro que tiveste com a celebridade cá da terra e do Mundo.

- Prefiro não falar sobre pessoas desagradáveis. - digo.

Nesse momento entra uma enfermeira que me leva para fazer exames. Assim despeço-me dos meus amigos e lá vou eu fazer mais exames e espetar mais agulhas.

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9:30 a.m.

Entra o meu médico pelo quarto a dentro e diz-me que tenho alta ao meio dia. Mas também recebi más notícias, o médico fez uma previsão e provavelmente vou ter de andar com o gesso 4 meses. Que bosta! Por causa daquele idiota as minhas férias de verão vão ser horríveis pois provavelmente ( e com mais de 50% das probabilidades) só tiro o gesso em outubro.

Passados 45 minutos entra a minha mãe.

Como ela não andava bem decidi conter-me e não descarregar nela a minha fúria, mas afinal existiam boas notícias. Quando entrou no quarto vinha com um sorriso de orelha a orelha, ao que parece ela já pode voltar ao trabalho na próxima semana, foi tudo posto em pratos limpos que bom. Saiu-me um peso de cima.

Depois de demonstrar a sua felicidade tira de um saco roupa para eu vestir.

- Bem como ainda não está calor para usares calções tive de te trazer um dos teus vestidos. Eu sei que raramente é que andas com eles mas a partir de hoje e enquanto não estiver tempo de calções vai ter de ser. - diz-me tranquila.

- É só mais uma coisa que odeio, para além do resto que me aconteceu, que tenho de agradecer ao menino Shawn. - digo -lhe enquanto começo a tirar a roupa do saco. - Mam, porque é que trouxeste uns sapatos teus. Eu sei que tenho de andar com sapatos rasos mas umas sapatilhas também são sapatos rasos, ou é mais uma prenda do Shawn para mim, não poder andar de sapatilhas! - falo irritada.

 Eu sei que tenho de andar com sapatos rasos mas umas sapatilhas também são  sapatos rasos, ou é mais uma prenda do Shawn para mim, não poder andar de sapatilhas! - falo irritada

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- O médico aconselhou no início a não usares sapatilhas. Mas para não ser assim tão mau trouxe-te uns brincos a condizer.


Visto-mo e no caminho para casa não digo uma única palavra....Não sei ao certo o que sinto sobre tudo o que me aconteceu.....Será apenas raiva e ódio ou haverá algo mais.....

O Idiota do DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora