O dia do nascimento é o dia mais esperado, nós pais ficamos ansiosos para conhecer o rostinho do bebê, mas, como marinheiros de primeira viagem também faz parte a insegurança.
Lembro-me perfeitamente quando chegou a hora, como me senti, o medo, a alegria, a ansiedade, a preocupação, eram tantos sentimentos distintos de uma só vez e em uma só pessoa, que eu não sabia realmente o que estava sentindo.
Recordo-me de ter deitado cedo aquele dia, depois de ter lavado a louça da janta e ter organizado a casa. Era uma quinta-feira dia 24 de julho, nesse dia completei as 37 semanas de gestação e fui a uma consulta de rotina do pré-natal.
Segundo o médico obstetra, embora a partir das 37 semanas a criança esteja pronta para nascer eu ainda teria algumas semanas.
Dormi despreocupada aquela noite pensando que poderia marcar manicure e depilação na próxima semana, mas ansiosa como estava a mala já estava organizada desde o sexto mês, então fui dormir sem imaginar que a hora do parto estava chegando.
Durante o sono era comum eu me virar algumas vezes para encontrar uma posição confortável, foi então que senti como se tivesse urinado um pouquinho, continuei dormindo, quando senti como se tivesse fazendo muito xixi, foi então, que percebi que a bolsa havia rompido.
Lembro que senti tanto medo que meu corpo todo tremia, chegamos no hospital por volta de 4:00 h da manhã.
O meu médico me examinou e constatou que eu não tinha dilatação e havia perdido boa parte do líquido amniótico marcando a cesárea para as 9:00 h da manhã.
Então, eis que escuto um chorinho fraco, mas, que me trouxe inomeáveis sensações, uma menina linda com 2,970 kg e 47cm e nesse dia minha vida mudou complemente.
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Relatos de uma mãe Asperger
Roman d'amourOs relatos aqui descritos buscam mostrar as dificuldades dos pais quando esperam o nascimento de uma criança normal e deparam-se com esta síndrome, mas será que podemos conceituar o normal de maneira satisfatória? O processo de luto, de aceitação, d...