Capitulo 2: Harry

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-- Obrigado Mina se não fosse por você nãoe estaria aqui -- sorrio.

Mina assusta com as batidas na porta e da um pulinho.  Harry faz sinal de silêncio com o dedo indicador e eu assinto com a cabeça.

As batidas da porta param por um tempo. Ando até Harry devagar me afastando da porta, solto um grito quando eles voltam a bater e Harry me abraça tentando me manter quieta.
Fecho os olhos tentando não gritar novamente. Ficamos imovéis durante um bom tempo mesmo depois das batidas cessarem novamente. Meu celular começa a tocar Little Things bem alto e nós dois entramos em desespero, porém para nossa surpresa nada acontece.
Harry me olha confuso e eu desligo o celular sem fazer movimentos bruscos.

Ele me solta devagar e entra na enorme banheira e senta, o sigo fazendo a mesma coisa.

-- O que é tudo isso? -- ele sussurra baixinho.

-- Zumbis -- digo automaticamente e ele me encara como se fosse louca -- Você está machucado?

-- Acho que sim -- ele ergue a barra da calça mostrando um corte pequeno, mas bem aberto -- Zumbis são de filmes nunca que iria acontecer isso.

-- Precisa enfaixar -- levanto devagar procurando a caixa de primeiros socorros que deve ter em qualquer banheiro -- É assim que as pessoas pensam no filme e sempre acabam morrendo -- abro uma gaveta achando algumas faixas, água oxigenada e merthiolate em spray.

-- Isso não vai arder né -- Harry diz fazendo um biquinho muito fofo.

-- Não, mas caso não aguente não grite ok -- sorrio entrando novamente na banheira.

Depois de alguns minutos termino o curativo e posso ver Harry com as mãos na boca, o olho tentando não rir.

-- Já acabou.

-- Sabe nunca imaginei que ficaria com uma fã dentro de um banheiro sem ela me atacar -- ele sussurra olhando-me.

-- Se não tivesse acontecido nada disso, com certeza estaria te agarrando, mas nada disso vem ao caso agora. Se forem realmente zumbis o mundo todo entrará em colapso, não haverá cura, não haverá governo, não haverá luz, não haverá comida...

-- Já entendi, também já assisti dezenas de filmes sobre isso -- Harry me interrompe e pega seu celular -- Pelo que vi a um tempo atras os Estados Unidos estavam fazendo uma cura.

-- É impossível Harry, se não foram eles que fizeram isso então não tem como você desenvolver uma vacina, se ainda não estiver se alastrado por tudo, os lugares vão ficar isolados. E assim como em Resident Evil vão explodir tudo. Entretanto se já se alastrou, não temos tantas chances,  vai ser o caos.

-- Podemos ir para Londres! -- ele diz discando um número -- Se eu ligar para o motorista ele pode vir nos buscar, qual o aeroporto mais perto?

-- Congonhas é um pouco perto, mas nem tanto -- digo o olhando e suspiro.

-- Ei Jeremy, preciso que venha para São Paulo me buscar, isso no aeroporto de Congonhas urgentemente está um verdadeiro caos. Tá obrigado!

-- Harry são quase onze horas de la para cá -- o olho confusa.

-- Temos esse tempo para achar o Liam e seus pais -- ele diz e se levanta.

-- Meus pais?

-- Lógico, você achou que eu ia te deixar nesse inferno? Vai saber o que vem por aí.

-- Se for assim, precisamos de armas, comida e água.

-- Achamos o Liam, pegamos meu carro vamos até seus pais e depois pegamos essas coisas durante o caminho.

Faço sim com a cabeça surpresa, lembro dos meus pais e tento esquecer da manhã de hoje.

-- Você não vai! -- meu pai empurrou-me com tudo na parede e segurou meus braços com força.

-- Ela trabalhou para isso deixe a ir -- minha mãe grita desesperada segurando os ombros do meu pai.

-- Cala a boca, eu que mando nessa porra -- ele grita me largando e partindo para cima da minha mãe.

Heitor começa a deferir socos no rosto da minha mãe, minha boca se abre instintivamente e minhas sobrancelhas se juntam e sinto meu coração acelerar mais. Corro para fora de casa gritando, e vários vizinhos começam a sair.

-- Mina!

Olho para dentro de casa e posso ver meu pai ainda socando minha mãe mesmo com ela estando desmaiada.

-- Mina!

Harry chama meu nome acordando-me para a realidade.

-- Harry minha mãe está no hospital, e meu padrasto está na cadeia -- o olho com os olhos lacrimejando -- Ele bateu na minha mãe porque ela me defendeu -- sussurro mexendo minhas mãos tentando não chorar.

-- Ei não chore -- ele me olha segurando minhas mãos me tranquilizando.

-- Como vamos sair daqui

Terror Z - Despertar da Realidade (1 Temporada)Onde histórias criam vida. Descubra agora