Capítulo 12: Harry

20 3 7
                                    

(Sim a Taylor vai ser uma espécie de vilã, caso não gostem da ideia aconselho a não lerem, pois ela vai ser um pouquinho má)


– Harry come – Taylor diz olhando para mim.

– Não estou com fome... – respondo olhando para o sanduiche em minha frente.

– Ela está bem – Taylor continua comendo o seu sanduiche.

– Eu vou ir ver meus amigos – levanto e deixo ela com uma expressão indignada.

Quando chegamos no local de quarentena, fomos divididos. Ana, Thiago, Vick e Baronesa ficaram na parte norte da cidade, onde as pessoas normais ficam, a ala sul onde estou é para quem é não pode ficar juntos com os fãs, mas depois de tudo isso eles se acostumaram comigo e eu com eles. Mina ficou comigo porque eu paguei o diretor do hospital para que ela pudesse ter um tratamento melhor, porém quando ela melhorou a mandaram para lá. Eu encontrei muita gente famosa que não quis em colocar um pé na região norte, a Taylor é uma delas, mas eu ainda a amo... Assim que descobri que estava viva meu coração encheu de alegria.

– Senhor Harry? – o guarda pergunta já com o portão aberto.

– Desculpe estava distraído – entro no local.

Olho em volta a procura de alguém conhecido, apenas encontro um grupo de pessoas amontoadas. Vou até eles e encontro Mina conversando com Ana.

– Ei meninas – chamo assim que estou perto – O que está acontecendo?

– Está começando a faltar comida – Ana diz olhando para mim.

– Como assim? – pergunto as encarando.

– Ontem acabou a água e hoje a comida – Mina responde suspirando.

– Não nos avisaram disso – digo olhando para mais pessoas se juntando.

Um homem começa a gritar com Bryan, que agora cuida da parte sul da cidade.

– E agora como vamos sobreviver nessa merda, isso aqui já está miserável o suficiente sabia?

– Cala boca senão eu explodo sua cabeça – o outro guarda aponta uma metralhadora na cabeça dele.

– Isso não tem nada a ver com a gente – Bryan retruca de cabeça baixa.

– Vocês não sabem porque a parte sul ainda não sofreu as consequências – Thiago aparece em meu lado suspirando.

Bryan e o outro guarda começam a conversar baixo deixando todos aflitos, olho para Mina que me olhava também, ela abaixa a cabeça assim que nossos olhares se cruzam, tento perguntar algo, mas sou interrompido.

– Eu posso ir em busca de comida e água, mas preciso de voluntários para ajudar – Bryan diz pegando uma mochila carregada de armas.

Todos os cidadãos ficam em silencio, ninguém se prontifica a ir.

– Se não querem ajudar que morram de fome, pelo menos são pessoas inúteis a menos para protegermos – o guarda moreno exclama já exaltado.

– Eu vou – Ana vai em direção de Bryan recebendo olhares de reprovação das pessoas.

Mina a segue e Thiago também, ando em direção a eles, mas o soldado moreno segura meu braço impedindo-me.

– Sinto muito senhor, é perigoso. Temos ordens de não deixar ninguém da ala sul sair – ele diz calmamente – Eh perceba que são duas mulheres e dois caras eles são inúteis para o mundo lá de fora.

– Chegamos aqui assim – Mina destrava a metralhadora – Então podemos sim ser contra esse mundo.

– A gente volta logo – Ana pisca para mim – Eu cuido da sua princesa – ela passa seu braço direito em volta do pescoço de Mina e as duas saem pelo portão entrando em um jipe militar.

– Cuida da Vick, daqui a dez minutos ela vai sair da escola. Ela vai ficar feliz em te ver – Thiago dá um tchauzinho para mim e sai juntamente com Bryan.

Assim que o jipe some do meu campo de visão o portão de aço é fechado e aos poucos o grupo de pessoas se dissolve.

– Onde é a escola? – pergunto a contragosto para o guarda – E qual seu nome?

– Só virar à direita na próxima esquina e meu nome é Luiz – ele responde.

– Obrigado.

Saio andando, eles vão ficar bem certo? Claro que vão, mas a Mina não é tão boa com armas. Caramba estou com um pressentimento tão ruim.

Ouço algumas vozes de crianças, olho para a pequena escolinha improvisada, Vick sai com Baronesa ao seu lado e segurando a alça de sua mochila. Ameaço dar um passo para frente, mas algumas crianças entram na frente de Vick.

– Sem mãe, sem pai! – um garoto diz rindo e apontando para ela.

– Você é apenas uma órfã – uma outra garota diz.

As outras crianças apenas riem da brincadeira sem graça, Baronesa começa a latir. Dou a volta no grupinho de crianças a minha frente e agacho em frente a Vick.

– Ei pequena? – pergunto.

Ela levanta sua cabeça e posso ver seus olhos encharcados de lágrimas, eu a abraço. Sinto meu coração doer a cada soluço escapado de sua boca. Baronesa para de latir assim que me vê e passa sua cabeça em minha perna demonstrando alegria.

– Você realmente conhece o Harry Styles? – a garota de antes pergunta, Vick olha para ela e eu também.

– Sim – respondemos juntos, dou um sorriso.

– Isso é impossível... Eu sou sua fã Harry – a menina ruiva diz animada – Pode me dar um autografo?

– Eu não negaria um autografo a ninguém, porém devido as circunstancias de agora vou negar sim, espero que aprenda com as consequências – digo levantando.

A ruiva sai correndo chorando, eu sei, não devia ter feito uma criança chorar, mas Bullying é a última coisa que devemos fazer nesse mundo.

– E você garoto? Não tem vergonha de atazanar uma garota? – pergunto o encarando.

– Meu pai é um guarda!

– Eu digo uma palavra e ele vai ser jogado como comida para os mortos-vivos – exclamo tentando não rir.

Ele saí dali pisando duro seguido pelas outras crianças.

– Quantos anos ele tem? – olho para Vick que já parou de chorar.

– 12.

– Geninho forte ele tem né.

– Uhum, obrigada Harry – ela me abraça e eu retribuo.

– Por nada – beijo o topo de sua cabeça.

– Agora vou te levar para casa – digo começando a andar ao lado de Vick – Quer que eu leve sua mochila?

– Não precisa, a nossa casa é ali na frente – ela aponta para o final da rua – Cadê a Mina? Geralmente é ela quem vem me buscar.

– Ela saiu em uma missão.

– Missão?

Explico tudo para Vick durante o caminho, logo entramos em uma casa em um estado bom comparado as outras, mas bem abaixo das casas da ala sul.

– Você está com fome? – pergunto a olhando.

– Aham, mas vou tomar um banho primeiro então depois faço – ela entra em um quarto e fecha a porta.

Olho para Baronesa que pula em cima do sofá e se arruma fechando os olhos. Sorrio e abro a geladeira deparando-me apenas com uma caixa de ovos e um suco.

Pego três ovos e começo a preparar uma omelete e logico um arroz para acompanhar.

Mais um cap pessoal!

Terror Z - Despertar da Realidade (1 Temporada)Onde histórias criam vida. Descubra agora