Escola, uma verdadeira droga.

122 17 6
                                    


18:02 pm

Penso na tamanha injustiça que estão cometendo comigo. Fico ouvindo minha música no último volume, meus fones são bem potentes, fazendo com que a qualidade do som seja ótimo. A música me ajuda a relaxar, me ajuda a esquecer. Estava me sentindo sufocado, a música não estava sendo suficiente para suprir-me naquele momento. Resolvo dar uma volta, talvez conseguisse me sentir melhor, talvez. Passo pela porta sem que ninguém me visse, e vou em direção a rua. Ando apenas com o intuito de respirar e esquecer. Avisto uma praça, perto de casa e vou em sua direção. A praça estava vazia, sem ninguém por perto, fiquei mais à vontade ainda. Deito em um grande e largo banco e, fico olhando para o céu. As estrelas estão lindas, toda noite elas estão lá, belas e brilhantes, mas hoje, estavam especiais. Lembro-me que poderia ficar olhando horas sem me cansar, estava tudo muito lindo. Isso tudo me confortou, sou eternamente grato as estrelas, elas me passaram uma sensação de calma, de paz. Começou a ficar mais tarde, então levantei. Quando levantei, avistei um homem que estava fazendo o mesmo que eu, só que no outro lado da praça. Ele estava fumando um cigarro e, olhando para o céu. Fiquei admirado com aquilo, gostei em saber que não era o único que tinha essa mania. Então, fui embora, andando cada vez mais rápido. Eu tenho medo da escuridão, as pessoas são cruéis. Depois de tanto caminhar, chego em casa e abro a porta rapidamente.

- Onde você estava? - diz minha mãe com um olhar mal humorado.

- Fui dar uma volta, não posso mais sair de casa? - digo com um tom levemente irônico.

- Sim, você pode, só não se esqueça do que conversamos.

- Claro que não esquecerei, você faz questão de me a cada cinco minutos. - falo revirando os olhos.

- O jantar está na mesa, apronte-se e desça para comer.

- Tudo bem, já venho.

Vou até o banheiro, lavo o rosto, minhas mãos e desço.

- Eu fiz Salmão, um dos seus pratos preferidos, não é Andrew? - diz como se não tivesse acontecido absolutamente nada, ela estava querendo me agradar. Deve ter percebido que errou.

- Claro. - digo em um tom pouco convincente.

- O que foi? - pergunta.

- Nada, só não estou com fome. - falo com a voz um pouco abalada.

Como só um pouco da comida e subo. Eu pensei seriamente se deveria fazer o dever de casa, mas não tinha cabeça para aquilo, não no momento. E aliás, tenho uma semana ainda, uma semana é muito tempo. Resolvo ver televisão, até que pego no sono.

Sou acordado pelo sol radiante entrando em meu quarto, atráves das janelas. Hoje é um novo dia, me levanto um pouco atrasado para a escola. Vou até o espelho e prometo para mim mesmo, não iria deixar-me levar por provocações, sou mais forte que isso. Percebo que meu cabelo está um pouco grande, já estava na hora de cortar. Finalmente, vou ao banheiro, tomo meu banho, escovo meus dentes e volto para o quarto. Visto-me com uma camiseta polo azul escuro, uma calça jeans e meu tênis. Fico aguardando Annie me chamar, até que a mesma me grita, olho através da janela e, Annie estava com um visual novo. Com seus cabelos compridos e ruivos, ela cortou franjinha, isso só fez a mesma parecer mais angelical. Passo pela cozinha, pego uma fruta e saio pela porta da frente.

- Annie, você está tão linda. - digo mexendo em seus cabelos.

- Obrigada! - diz jogando seus cabelos.

- Então, vamos? - pergunta.

- Claro! - afirmo.

Fomos andando e logo chegamos à escola, Annie estava abalando com seu novo visual, se ela fez isso para se enturmar melhor, eu não sei. Também não tive coragem de perguntar, seria desnecessário da minha parte.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Dec 31, 2016 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

I cry for helpOnde histórias criam vida. Descubra agora