Appa

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Capítulo 12

Após passar o dia com o meu pai, passo numa cafeteria perto do meu prédio e compro um café. Era perto da hora do jantar, mas me sento um pouco lá mesmo assim, por alguns minutos. O tempo estava frio lá fora com a chegada do inverno, mas ali dentro estava agradável. Um casal tomava café juntos no meu campo visual e eu tentava fortemente ignorá-los, apesar do meu estado emocional em pedaços.

Então, meu celular vibra ao receber uma mensagem, vejo que era do Bambam no nosso grupo no Kakao.

"To de ressaca até agora" — leio.

"O Yugyeom tmb" — Mark envia.

"Eu disse pra vcs não encherem a cara de soju" — JB envia.

"O Youngjae ainda ta dormindo!" — Junior envia.

"Vcs são fracos pra bebida" — envio com emoji de risada.

"Noona!"
"Vc é DOPE!"
"E eu não to de ressaca, hyung" — Yugyeom envia.

"Minji superou todos!" — Bambam envia.

"Verdade" — JB envia.

"CRAZY DANCING QUEEN" — Yugyeom envia e eu rio.

"Obg, súditos" — envio rindo, fecho o aplicativo e guardo o celular no bolso para ir pra casa.

Saio da cafeteria e vou andando pela calçada, eram só três quarteirões até o meu apartamento. Quando faltava um quarteirão, meu celular toca e eu atendo.

— Alô? — Não reconheço o número.

— Ryu Minji?

— Sim.

— Seu pai, Ryu Jungahn acaba de ser internado em nosso hospital e deseja vê-la.

— O quê?! — Meu coração se aperta e sinto o chão perder sua consistência, minha mente fica turva assim como meus sentidos, tudo em um só instante.

— Ryu Minji? Senhoria Ryu Minji? Alô, ainda está aí? — Ouço a voz daquela mulher vindo de longe.

— Sim... sim... me passa o endereço que eu estou indo agora!

Quando entro no quarto do hospital, após ter que esperar uma hora pelos procedimentos médicos. Paro na porta e o vejo deitado no leito, meu pai parecia ainda mais cansado do que jamais estivera. Seguro as lágrimas e vou andando até ele, puxo uma cadeira para perto da cabeceira da cama e me sento, colocando a bolsa no chão. Ele abre os olhos devagar e me vê ali, sorrio da melhor maneira possível pra ele e ele me retribui.

— Você já sabe, não é? — Ele pergunta e eu não pude evitar chorar.

As lágrimas vêm com tudo e eu o abraço com cuidado.

— Tudo bem, querida... — Ele me abraça e acaricia a minha cabeça. — Eu estou bem... não precisa se preocupar comigo.

— Mas... mas... você está morrendo! — consigo dizer apesar dos soluços.

— Isso é um processo natural, minha filha — ele diz.

— Mas, você não está morrendo de velhice como deveria... está morrendo por causa de um maldito câncer! — Digo com raiva, mas acabo chorando mais. — Por que... por que o senhor não me contou antes?

— Eu não queria que isso te impedisse de sorrir... que se tornasse um motivo pra te entristecer — olho pra ele, tentando limpar as lágrimas que pareciam infinitas. — Pensei em te falar, mas te vi tão feliz com o seu novo emprego que não quis estragar isso... não quis roubar sua felicidade por causa de uma doença. Te causar uma dor mais cedo não iria mudar nada.

FLY - Aprendendo a AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora