Capítulo 4

996 41 6
                                    



Não foi nenhuma surpresa que não fui muito longe. Nessa hora, me amaldiçoei de novo por ser tão preguiçosa e adiar sempre a ida a academia que fica na esquina da minha padaria; eu sabia que os quilos a mais um dia cobrariam o seu preço. Só não achei que seria quando eu estivesse correndo por minha vida. Literalmente.

Eu dei talvez três ou quatro passadas antes que um pesado corpo me derrubasse no chão. Eu não perdi a forma como os seus braços musculosos vieram em torno de mim, enjaulando meu corpo, protegendo da queda.

Senti sua respiração quente na minha nuca e cada centímetro do seu corpo colado ao meu por trás.

Quando senti sua língua áspera no meu pescoço, não pude me impedir de tremer; de medo, de excitação. Meu corpo traidor estava reagindo enlouquecido a esse gigante, bastava a respiração dele no meu pescoço e minha boceta se contraia em antecipação.

-Por favor, não me machuque… Por favor… - Eu pedi. Minha voz trêmula. Senti seu sorriso na minha pele aquecida.

-A última coisa que quero fazer com você, coelhinha, é te machucar…

Sua voz mais que tudo, me fez fechar os olhos e suspirar. Era grossa, rouca como de um fumante inveterado, era uma voz ríspida como se não tivesse sido usada a anos…

-Por favor me solte. Eu me perdi… Meu carro, ele quebrou e acabei andando e andando, buscando sinal no celular para chamar um reboque… Por favor me deixe ir. - Eu sabia que estava tagarelando, sempre que ficava nervosa, minha língua ficava solta, mas não podia evitar.

-Não vou te deixar ir, coelhinha. - Ele disse, seu nariz fuçando minha nuca e roçando a parte inferior do seu corpo na minha bunda.

-Por que ?! Por favor… O que você quer comigo ?

-Eu quero te foder...- Para dar ênfase, seu pau muito duro pressionou mais forte na minha bunda.

Meus mamilos ficaram duros, minha calcinha úmida, uma vozinha irritante na minha cabeça ficava dizendo que sim, que não faria mal, seria só um pouquinho, seria só hoje, dessa vez e então eu seguiria com minha vida. Já tinha muito tempo que eu havia tido algum sexo. Já a voz mais sensata e racional me dizia para chutar e gritar até a morte, para sair do seu aperto.

O meu dilema foi resolvido quando o gigante me virou de frente para ele, se instalando no meio das minhas pernas abertas. O choque pelo movimento brusco arrancou um suspiro dos meus lábios, que foram tomados em seguida por sua boca gananciosa.

Durante dois segundos eu não sabia o que fazer, mas quando sua língua forçou a entrada dentro da minha boca e seu gosto foi registrado por meus sentidos, eu desisti de empurra-lo e passei a puxá-lo para mim. Seu gosto era como uma especiaria selvagem, como ele próprio. Ele não pediu, não foi gentil;

seu beijo era feroz como sua aparência, sua língua desumana duelando com a minha e seu aperto atroz.

Minhas mãos viajaram dos seus ombros para seu peito musculoso, sua pele era suave ao toque e quente, muito quente, como se estivesse febril; seus mamilos se eriçaram ao meu toque e eu queria lambê-los. Queria minha língua por todo o seu corpo. Seus cabelos como um véu em torno de nós, nos fechando do mundo, meus dedos passaram pelos fios sedosos e o seguraram contra mim, um aperto tão doloroso quanto o que ele tinha no meu.

Suas mãos calosas rasgaram o vestido aberto para que meus seios ficassem livres, e suas mãos o espremeram, atormentaram meus seios e mamilos ao ponto da dor; mas quanto mais rude ele era, mais eu queria, meu corpo estava em chamas, minha boceta latejava, meus quadris subiam de encontro ao seu, roçando seu pau na minha boceta coberta pela calcinha de seda vermelha que usava.

Nunca senti assim ! Não entendo a loucura e a necessidade que está me atingindo…

A voz racional em mim me dizia para parar, afastá-lo; a parte necessitada, queria mais, queria ele dentro de mim, metendo esse pau enorme em mim.

Quando ele se separou da minha boca para olhar meus seios, consegui algum ar fresco e meus pensamentos se focaram o suficiente para tentar afastá-lo.

O gigante olhou direto nos meus olhos e grunhiu sua irritação e a singularidade do seu rosto e sua beleza rústica me atingiu como um trem de carga. Ele era lindo. Não só lindo, ele era primitiva e selvagemente impressionante. Tanto que fiquei encarando por um momento muito longo, que ele usou para voltar sua atenção aos meus seios ansiosos.

Sua boca grande se fechou em um mamilo e chupou tão forte que quase gozei. Sua língua quente lambia a lateral de um seio enquanto atormentava o outro com os dedos. Eu estava tão perto…

Ele amamentou dos meus seios com tanta fome, gemendo e grunhindo a todo momento, seu pau roçando entre minhas pernas, imitando movimentos de penetração.

-Por favor, pare. Eu não posso… Por favor, eu não quero… - Estava dividida entre o que meu corpo exigia e minha cabeça queria.

-Você quer…

Sua voz tão rouca e tão sensual me fez arquear o pescoço e levantar os quadris em busca de mais atrito. Não sei que tipo de magia e essa que ele possui, ou talvez eu tenha tido um acidente de carro, bati a cabeça e estou sonhando.

Isso é bem possível… Eu me assustei, comecei a correr, cai e bati a cabeça e agora estou tendo alucinações… Bom, neste caso…

Eu gemo alto quando de repente sinto uma mordida no meu ombro, que é o gatilho do meu orgasmo. Gozo gritando e tremendo nos seus braços.

Ainda estou arfando, nadando nas ondas do maior e mais gostoso orgasmo que já tive na vida, quando sinto minha calcinha ser rasgada, não tenho tempo de lutar contra e nem sei se ainda sou capaz de lutar contra essa loucura, então eu sinto a cabeça de seu membro esfregar contra minha boceta nua, ouço o som molhado do meu gozo sendo esfregado.

-Abra os olhos, minha coelhinha… - Meus olhos estalam abertos e olham para os olhos castanhos mais quentes que eu já vi. Um anel dourado em volta da íris. Seus olhos brilham quando ele começa a empurrar seu pau enorme em mim.

Ele é grande em tudo. Me sinto tão esticada e cheia enquanto ele pacientemente empurra para frente até me encher por completo. Meus olhos estão arregalados, minha boca aberta em um gemido silencioso de espanto.

Nunca tive um amante tão bem dotado assim, tenho medo de respirar fundo e me partir ao meio. Sua boca toma a minha em um beijo lento e intenso enquanto ele retira praticamente seu pau todo de mim, deixando só a cabeça antes de afundar para o meu calor de novo, até o fundo. Sinto suas bolas batendo na minha bunda, seus movimentos aceleram, minha boceta o suga tentando prendê-lo.

-Tao apertadinha. Tão gostosa… Sua boceta está me sugando gulosa…

Com movimentos frenéticos, ele me fode, cada vez mais rápido, mais forte. Seus grunhidos ficam mais altos, meus gemidos também. O som de tapas dos nossos corpos se encontrando, o som de molhado dos meus fluidos… Tudo está nos deixando loucos. Mas é quando ele levanta minhas pernas até seus ombros que eu me perco.

Seu ritmo não abranda, se mais, ele me fode até mais forte; seus músculos retesados, suor escorrendo pelo seu corpo moreno, sua expressão grave, seus olhos me encarando como uma declaração, como se me dissesse “Você é minha !” e quando sua mão se move para meu clitóris, me deixo ir com um grito rouco. Meu mundo explode em cores, um caleidoscópio de cores atras dos meus olhos.

Tudo ruiu. O que eu achava que era um bom sexo antes, agora não passa de uma piada. Nada vai ser como antes agora.

-Não durma coelhinha. Não acabei com você ainda…

Sua promessa faz meu interior se agitar.

-Eu quero mais. Eu to pronta pra você.

Que se foda a razão. Se isso é um sonho, se eu tenho só essa noite, posso muito bem aproveitar. Afinal, não é como se eu pudesse encontrar meu caminho de volta nessa floresta...    

O Lobo Mal E A Chapeuzinho Vermelho Onde histórias criam vida. Descubra agora