Capítulo 16

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Domingo é um dia de aproveitar a folga do trabalho e fazer alguma coisa legal ou diferente. No meu caso a vontade era de não sair da cama. A luz do Sol entrava em meu quarto mas eu não queria levantar. Olhei para o despertador: eram nove da manhã. Onze horas de sono e meu corpo pedia para ficar mais um pouco deitada. (...)

Ouvi meu celular vibrar com novas mensagens e me esforcei para olhá-las. Fiquei contente de ver que eram de Ben.

"Bom dia!"

Junto havia uma foto dele um pouco sonolento e com o cabelo levemente bagunçado, mas sorridente. E um emoji de sol acima da cabeça.

"Dormiu bem, dançarina?"

Achei graça daquele apelido que não me servia.

"Dançarina não. Risos. Dormi bem, obrigada, mas sinto que fui atropelada por um caminhão!"

"Por que diz isto?"

"Primeiro: sou mediana na salsa. Segundo: acabei de acordar e meu corpo não se recuperou do dia agitado que tivemos ontem."

"Então a Bela Adormecida acordou agora?"

''Sim."

"Então estou mais disposto que você pelo que vejo."

"Não tenho dúvidas. Hoje preciso de todo o descanso possível."

"Então descanse. Tenha um ótimo domingo, dançarina."

"Por favor, eu gosto de 'parceira'."

"Está bem, parceira." E junto rostos sorridentes

"Obrigada, parceiro. Aproveite bastante o seu dia."

Mandei as carinhas de volta para Ben e desci para a cozinha. Teresa estava sentada lá, um pouco distraída, e decidi me aproximar na ponta dos pés.

— Bu!

— Que susto, Taylor! — falou levando as mãos ao peito

— Desculpa, não resisti.

— Por mais estranho que pareça, sentia saudades disto.

— Eu não. Na maioria das vezes era você que me assustava.

— Bons tempos... mudando de assunto: o que quer de café da manhã?

— Como assim? — respondi olhando torto

— Mamãe me deixou encarregada de fazer o café para nós duas. Quando você me assustou pensava em fazer panquecas.

— Melhor não. — recomendei preocupada — Se lembra o que aconteceu da última vez?

Era o aniversário de nossa mãe e queríamos fazer um delicioso café da manhã para ela. Teresa tinha dez anos e pediu para eu distrair a aniversariante enquanto ela cozinhava. Não sei como aconteceu, mas minha irmã queimou as torradas assim como as panquecas e o café estava amargo demais. Nossa surpresa foi por água abaixo. Teresa chorou muito pensando ter estragado tudo, mas nossa mãe a confortou e não se importou com a comida, e sim com o esforço. Ela mesma refez tudo para nos alegrar e disse que amou de coração o nosso presente. Todavia minha irmã ficou com um certo trauma.

— Mas depois de sete anos eu devia tentar fazer uma para você, não acha? Ficamos um ano afastadas!

— Sim, porém eu me preocupo que algo de errado aconteça. Possui alguma carta na manga, cozinheira?

— Confie em mim.

— Que tal ovos mexidos? — sugeri

— Se não der certo, prometo fazê-los.

Welcome to New York [Primeira Versão]Onde histórias criam vida. Descubra agora