Capítulo 19

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A belissíma mansão da senhorita Kingsley é de tirar o fôlego. A parte de fora é imensa e com algumas flores no caminho. Com certeza é uma das maiores mansões do bairro. Ao fundo da casa, era possível ver o início do entardecer na cidade.

O carro entrou e seguiu uma pista que contornava uma fonte e conduzia à escadaria até a porta principal. Michelle saiu primeiro para nos conduzir naquele espaço enorme.

— Sejam bem-vindas à minha casa.

Eu dei um giro de trezentos e sessenta graus no mesmo lugar, olhando tudo ao redor do hall de entrada. Meu coração batia forte e eu queria conhecer tudo. Alguns empregados estavam passando por ali naquele momento.

— Boa tarde, senhorita Kingsley. — eles a comprimentavam rapidamente, para voltarem ao seus afazeres

— Boa tarde. — respondia docemente

— Boa tarde, senhoritas. — nos comprimentaram

— Boa tarde. — respondíamos sorrindo

Um mordomo, cuja aparência era singela e alegre apesar de alguns fios brancos, cruzou a sala e se dirigiu à ela.

— Senhorita Michelle, o jantar será servido em breve. — disse, antes de olhar para as duas desconhecidas — São as visitas, certo?

— Sim. Francis, conheça Taylor e sua mãe, Giovanna.

— Ora, é um prazer conhecê-las. — ele respondeu, fazendo uma pequena reverência

— Igualmente. — respondi, fazendo uma reverência menor do que a dele

— Francis, preciso que você confira se tudo está em ordem e...

— Não se preocupe, mileide. Está tudo sobre controle. Não há com o que se preocupar.

— Como sempre. Ninguém nunca foi melhor que você para ocupar o cargo de chefe dos empregados.

— Obrigado. — falou, olhando em seu relógio de bolso — Se me dão licença, devo ir à cozinha para conferir os últimos detalhes.

Ele abriu um pequeno sorriso, com uma outra reverência, e seguiu seu caminho.

— Bom, vamos explorar esta grande casa. — falou Michelle nos conduzindo

Começamos pelo primeiro andar. Um lindo jardim repleto de flores foi o primeiro cômodo que vi. Não entramos, mas pude contemplar a paisagem por trás dos vidros, e estava repleto de lindas flores. Minha mente criou inúmeros cheiros e fragâncias, aumentando o meu desejo de ir até lá.

Na cozinha pairava um delicioso cheiro de comida, que eu não sabia qual era. O cozinheiro deveria ser muito talentoso para me atrair pelo cheiro, assim como minha irmã com seu delicioso macarrão com molho. Senti também um cheiro doce, e vi ao longe um bolo de chocolate apetitoso. Precisava sair dali antes que eu pedisse um pedaço.

A mesa onde minha professora faz suas refeições é grande e o ambiente possui uma decoração em um tom de salmão e branco. Um lindo lustre branco e transparente estava pendurado no centro do teto. O que me estranhou um pouco foi a quantidade de cadeiras. Duas em cada cabiceira e, na laterais, seis. Para alguém que mora somente com os empregados, penso que não seja necessário tantos lugares. Mas devia ter uma razão para aquilo.

O corredor do segundo andar tinha a impressão de ser mais amplo do que aparentava. Ao longo dele haviam algumas mesas no canto, com vasos e, em uma delas, havia uma foto que notei apenas a silhueta da moldura. Michelle abriu uma porta e vimos seu quarto.

A decoração era um tanto chique e simples, ao mesmo tempo. As paredes tinham uma cor neutra e a cama era espaçosa. Havia, também, uma porta entreaberta que leva à suíte do quarto. Seu guarda-roupa é maior que o meu, mas nele estão algumas roupas, pois a maioria ficam em seu enorme closet. Uma das janelas possui um lugar confortável para observar o lado de fora. Os quartos de visitas eram um pouco mais simples que o de Michelle, mas não perdiam a sofisticação.

Welcome to New York [Primeira Versão]Onde histórias criam vida. Descubra agora