Debbie chegou em casa ansiosa para tomar um banho e ficar atoa assistindo séries na Netflix. Colocou seu notebook em cima da cama, se despiu e enrolou-se na toalha indo para o banheiro do corredor. Tomou um banho longo e ficou pensando em tudo que acontecera nos últimos dias. Ela sentia que algo iria acontecer, e algo muito ruim.
Após o banho demorado, ela vestiu o pijama e se trancou no quarto. Não estava afim de ver o pai Alex se arrastando nas próprias pernas mal sustentando o peso do corpo por causa da bebida. Não queria brigar.
Ligou seu notebook e assistiu algumas séries, mas seu pensamento estava em outro lugar. Saiu da Netflix e conectou-se ao Facebook, felizmente a pessoa que ela procurava estava online.- Hey. - Enviou ansiosa pela resposta.
- Oi amor. - A pessoa respondeu.
- Vem me ver hoje?
- Não vai dar, amor. Minha mãe está passando mal. - Debbie fez uma careta, ele sempre usava essa desculpa quando não queria vê-la.
- Tá bom. Manda melhoras pra ela.
- Ok.
Ela estava prestes a sair quando apareceu que ele estava digitando.
- Amor, você não me explicou aquele lance do baile. - Debbie estreitou os olhos, ele estava muito interessado no assunto.
- Você vai ver no dia.
- Não confia em mim?
- Claro que confio, mas é um assunto do grupo. Não posso contar sem a permissão deles.
Depois dessa resposta, ele ficou offline.
**
O despertador tocou às seis horas da manhã. Resmungando, Debbie levantou-se e se arrumou preguiçosamente. Tomou o café-da-manhã sozinha, pois o pai estava terrizado no sofá com várias garrafas alcoólicas enfeitando o chão. Já acostumada com aquela visão infeliz, ela saiu para esperar o ônibus com a Hollie.Dez minutos depois, a amiga estava se aproximando com um sorriso largo no rosto.
- Oi! - Disse sorridente, se sentando ao lado dela.
- Oi. - Respondeu um pouco menos animada para uma segunda-feira de manhã. - O que aconteceu? Estar feliz numa segunda é estranho. - Hollie cruzou os braços.
- Ah, para. O que todos tem contra a segunda? É só mais um dia como qualquer outro. - Debbie a encarou como se ela fosse louca e preferiu não dizer nada. - Respondendo sua pergunta, estou feliz porque encontrei um cachorrinho.
- Hum. Muito legal. - Ironizou.
- Hey, você sabe o quanto eu queria ter um animal de estimação. - Retrucou Hollie.
- E seus pais aceitaram numa boa?
- Na verdade, eles ainda não sabem.
- Você está encrencada. - Riu.
- É, estou mesmo. - Disse abrindo um pouco mais a mochila mostrando uma pequena cabecinha peluda. Ok, isso ficou muito estranho.
- Hollie! Você ficou maluca?! - Debbie se afastou daquele pequeno ser que latia para ela.
- O que foi? Hoje é dia de limpeza lá em casa. Eu não podia deixá-lo lá. - Defendeu-se enquanto fazia carinho no cachorro. - Qual é, Débora. É só um cachorro indefeso, pode passar a mão. - Debbie continuou se afastando e o olhando como se fosse um monstro de sete cabeças.
- Não gosto desse bicho. Eles tem pulgas, e...
- Você tem medo! - Hollie a interrompeu zombando e rindo da cara dela. - Não acredito que você tem medo dessa coisinha fofa! - Debbie não teve tempo de se defender, pois o ônibus apareceu de repente assustando-as. Hollie retornou o cãozinho de volta a mochila deixando um pequeno espaço para ele respirar, entraram no ônibus e seguiram até a escola em absoluto silêncio, ou nem tanto já que pequenos latidos atraíram a atenção das pessoas.
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Game Over - Sobreviva.
JugendliteraturQuatro amigos preparam uma brincadeira para fazer no baile de despedidas do colégio High School Sullman. Todo fim de ano o diretor Maxsuel Rulfus passa em um telão os melhores momentos dos alunos. No entanto, o que ele não sabe é que seus arquivos...