A Escolha

555 50 6
                                    

— E então Ane, o que você quer? – perguntou.

— Passei anos da minha vida sendo enrolada por um homem, que me feriu de uma maneira que nunca consegui superar, então eu sei distinguir quando estou sendo enganada, e você já sabia que eu cairia na sua. – disse.

— Ok, não posso negar, sim, eu tinha certeza, que você séria mais uma na minha cama, mas quando me aproximei, vi que séria diferente. Só  tive a certeza quando pediu para mentir para sua amiga, ninguém nunca me rejeitou – falou.

— Então é por isso que estou aqui, só para você mostrar que ninguém te rejeita? Pode pegar, e contar para os teus amigos – falei abrindo meu macacão.

— Quero você, mais não assim, quero que venha por que me quer. – falou.

— Então eu posso ir embora? – perguntei.

— Sim, quando desejar, mais eu gostaria que ficasse, quero muito conversar com você, acho que podemos ser amigos – falou e me pareceu sincero.

— Tudo bem, se eu voltar pra casa agora a Elly vai me matar mesmo. – falei.

— Quer tomar o que? Tenho cerveja, vinho e tequila. – falou.

— Nossa cerveja, não tomo desde a adolescência, eu quero. – falei e lembrei que sempre tomava cerveja com o Rodrigo era a nossa bebida preferida.

— Então qual é a historia da cerveja? – perguntou.

— Como assim? – perguntei.

— Não conheço muitas mulheres como você, que gostam de cerveja, elas preferem vinho, ou outras frescuras. – falou.

— Eu aprendi com um amigo que cerveja era bom, sempre que saiamos ele me dava, ai eu fui gostando. – falei, era difícil lembrar de como pensei que era feliz com ele, e que era tudo mentira.

— E porque terminaram o relacionamento? – perguntou.

— Porque acha que era um relacionamento? – perguntei.

— Você fala com saudade, tristeza e mágoa. – disse.

— Nunca ouve um relacionamento, eu que achei errado, e ele deixou bem claro isso, quando me chutou. – falei.

— Você ainda não disse o motivo. – disse.

— Acho que ele cansou de brincar com a adolescente boba e apaixonada. – falei.

— Adolescente, como assim? Quantos anos tinha. – perguntou engasgando.

— Tinha 13, e ele 20. – respondi.

— Minha nossa, você era uma criança, isso é estupro. – disse indignado.

— Calma, eu me apaixonei, e ele nunca me forçou a nada, foi sempre carinhoso até o dia que me deu o pé, e arruinou o restante de vida que tinha, desde então eu tento superar, mas ficaram marcas. – falei.

— Quero saber mais. – falou.

— Est3a falando sério? Porque o interesse? – perguntei.

— Não sei, só quero saber mais de você. – falou.

— Ok, já que é assim, eu vou precisar de mais bebida. – falei sorrindo.

— Vai lá na geladeira pegar, aproveita e traz algumas que colocamos no frigobar, descendo a escada a direita. – disse.

Sai do quarto sem ver muito bem, a casa estava a meia luz, fui pelas palavras dele, cheguei na cozinha e avistei 2 refrigeradores, abri o primeiro e só tinha comida, então fui para o segundo, e estava lotada de bebidas, cervejas, bordos, licores e outros que nem conheço, pensei que ele daria uma festa, peguei as cervejas e voltei pro quarto.

Não Sou SuaOnde histórias criam vida. Descubra agora