Acertando as contas

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Fiquei ali sem entender muito bem o que tinha acontecido, sentia-me muito culpada, como ia dizer a ele que só estava me protegendo, que tinha medo.

Olhei para a poltrona e constatei que Rafhael tinha esquecido o celular, eu tinha uma chance, ele viria buscar, fui tomar um banho e quando sai ouvi o celular tocar.

Ligação on

- Alô. - disse baixinho.

- Eu vou mandar meu amigo pega meu celular, tudo bem pra você ás 8? - perguntou.

- Tudo bem Rafhael, está aqui é só pegar. - falei e desliguei.

Ligação off

Não quis pensar muito, seria melhor assim, vesti meu camisola confortável e desci com o celular na mão.

Não quis pensar muito, seria melhor assim, vesti meu camisola confortável e desci com o celular na mão

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- Oi linda, vamos trabalhar? - perguntou Elly.

- Você se importa se eu não for hoje, quero ficar na cama, estou cansada. - falei.

- Então quer dizer que se aproveitou do Racha, por isso o cansaço. - disse.

- Me deixa em paz, vou comer estou com fome. - falei pra ver se ela desistia, mais ela esperou.

- Agora me conta como foi. - falou.

- Eu não tenho o que falar. - falei.

- Claro que tem, quero saber como ele é na cama? - disse.

- Eu não sei tá legal, não transamos. - gritei.

- Porque não? O cara é incrível. - falou, essa foi difícil, já estava pra explodir, e essa tinha sido a última gota no copo cheio.

- Sabe porque Ellena, porque aquele filha da puta me feriu tão fundo que eu na consigo transar, eu não sinto prazer, o que sinto é uma espécie de angústia, ele arrancou o que era bom em mim, e com o Rafhael, ele foi o primeiro cara que me atraiu, que eu tive vontade de beijar, mais por insegurança, não transei, pela primeira vez em muito tempo, eu quis transar com ele, mais também não deu certo, então por favor me deixa em paz, me deixa curtir esse sentimento de  impotência sozinha. - desabafei.

Fiquei uns segundos olhando pra ela, até que me virei pra ir pra sala de TV, mais fiquei em estado de choque, Rafhael estava parado atrás de mim, meu deus será que ele ouviu?

- Muito obrigada Elly. - disse virando para ela. - Seu celular está na mesa da sala, agora licença.

Sai sem olhar para trás, entrei e tranquei a porta, fui direto pra minha mesa de cabeceira, peguei dois comprimidos de calmante e tomei, foi questão de 10 minutos e apaguei, só acordei no dia seguinte.

Abri meus olhos e fiquei ali deitada, sem querer levantar, tiraria o dia de folga, sair, talvez um cinema sozinha.

- Ary? - chamou.

Não Sou SuaOnde histórias criam vida. Descubra agora