Diário de uma princesa

10-Pegadinha

Pov's Punzi

Depois que deu 3h13min, peguei a bolsa no canto do quarto e saí, tentando não fazer barulho. Na bolsa, havia uma roupa de criado que Julie tinha arranjado e eu estava levando para Flynn.

Eu estava cansada por conta do desfile de hoje, mas a visita das irmãs Hale fez meu pai esquecer-se do fato de termos um ladrão preso, por tentar roubar minha coroa.

Só que eu confiava no que Flynn me falou e eu não o deixaria ser condenado.

Passei na cozinha, para pegar uma frigideira e então, fui pelo caminho que levava até a masmorra do castelo.

Quando o guarda ficou distraído, taquei com força a frigideira na sua cabeça, fazendo ele cair desmaiado no chão.

Fiz careta.

- Desculpa - murmurei me abaixando para pegar as chaves do seu cinto.

Entrei no corredor cheio de portas e caminhei, até chegar à porta de Flynn.

Abri a janelinha e avistei Flynn sentado na cama.

- Oi! - exclamei sorridente.

Ele me encarou e arregalou os olhos surpreso.

- Rapunzel!?! - disse ficando de pé - Como passou pelos guardas? - questionou se aproximando.

Me afastei um pouco da porta, para lhe mostrar a frigideira na mão.

- Da mesma forma que lhe peguei - dei um sorrisinho e ele fez uma careta - E já falei pra me chamar de Punzi.

Peguei a chave que estava marcada com o número da cela e me aproximei, destrancando-a e abrindo-a.

- Presta atenção - pedi - A segurança do castelo está em nível máximo, então é impossível você sair daqui. Então, a única maneira de se esconder, é sendo criado.

Lhe estendi a bolsa.

- Ficou maluca? Não vou ser criado! - rebateu indignado.

Bufei impaciente. Ele não estava colaborando.

- O seu crime não foi pequeno Flynn - afirmei - Você tentou roubar a minha coroa! Meu pai não vai te perdoar por isso! Você quer ficar preso aqui pelo o resto da vida?

Ele bufou, desviando o olhar.

Bati o pé várias vezes no chão. Eu não ia ceder.

Até que ele suspirou, pegando a bolsa da minha mão.

Sorri vitoriosa.

(...)

Eu e Flynn saímos pelo corredor. Ele já estava com as roupas e Julie nos aguardava no final do corredor.

Nos aproximamos.

- Até que enfim! Vocês demoraram! - reclamou ela, pegando a frigideira da minha mão.

- Flynn, essa é a Julie - declarei - É minha criada e a amiga mais fiel que tenho. Ela vai inventar uma história para o chefe da criadagem, para você começar a trabalhar amanhã. Se algo der errado, é só me chamarem.

- Beleza! - sorriu Julie - Vamos Flynn! - pediu já se afastando.

Soltei um som de surpresa quando Flynn me abraçou com força.

- Obrigado Punzi... de verdade... - confessou em meu ouvido.

Senti meu estômago embrulhar e minha pele se arrepiar.

- De nada - minha voz saiu num sussurro.

Ele se afastou, me encarando com seus lindos olhos castanhos e se afastou, indo até Julie, que havia parado, mas voltou a andar.