Capítulo 11 - Devagar as lembranças voltam

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Isabella

Após a ligação do Winchester eu perdi totalmente o sono aquela noite, Damon não voltou a aparecer e eu, bem, tive meus pensamentos divididos entre o nosso quase beijo fantasmagórico e a possibilidade de recuperar minhas lembranças.

Eu me encontrava no quarto de hotel barato que Dean e Sam haviam alugado para passar a temporada, e neste momento o mais novo estava preparando um tipo de mistura que fedia horrores.

-Tem certeza que isso é confiável e eficaz? – Eu questionei enquanto eu via os dois compenetrados com o experimento.

-Pesquisamos métodos que ajudassem você de acordo com a sua possível história de vida. – Dean falou. – Fora que sua cicatriz e seu cordão de estrela irão funcionar como portais para suas lembranças, pode ser que elas venham de forma picada, o que vai levar mais um dia e mais uma sessão para você descobrir tudo o que quiser.

-Fique tranquila, Bella, estaremos aqui caso aconteça alguma coisa, agora tome isso e deite, tente relaxar o máximo que puder. – Sam veio até mim com o liquido fedorento.

Tentei não fazer cara de nojo enquanto bebia aquele treco, o gosto era de alho com vinagre, mistura exótica e horrível.

Fiz o que me foi recomendado e deitei na cama que aparentemente pertencia no momento a Dean, respirei fundo e fechei os olhos, deixei meu corpo fluir e então as coisas começaram a ficar claras...

(...)

Estava escuro e eu claramente não sabia aonde estava, até que aos poucos a minha visão foi recebendo um pouco de luz e pude notar que eu me encontrava em uma cabana, uma casa na verdade, simples, mas uma casa.

Comecei a andar tentando absorver ao máximo aquele lugar. Eu estava na sala, e com cuidado entrei no que parecia ser uma cozinha, mas um choro fraco e triste me despertou a atenção em um quarto que ficava de frente para o cômodo que eu estava.

Sem pestanejar, entrei no quarto da criança, o choro ficou mais alto e ao que eu me aproximava pude notar que o bebezinho era uma garotinha de pele branca como porcelana, bochechas levemente rosadas e olhos castanho chocolate, trazia consigo um cordãozinho com o pingente em formato de estrela.

Arfei. Aquela neném repousada no berço era eu.

Ouvi alguns passos se aproximando e me escondi atrás da cortina no canto do quarto. Não demorou muito e uma mulher de cabelos ondulados e um homem de cabelos até a altura dos ombros adentraram ao recinto e começaram uma discussão.

*Narrador*

— Estou com medo. - Dizia aos prantos a morena de cabelos encaracolados.

—Fique calma, ela não vai nos achar, dei um jeito nisso. - O homem tentou acalmar a moça em sua frente.

O choro da criança repousada no berço de madeira tirou o casal da breve discussão.

— Como alguém poderia querer fazer mal a uma criança tão delicada como ela?! - Suspirou a mulher.

— Você conhece minha mãe...se ela não te aceitou, provavelmente não vai aceitar nossa filha. - O homem dizia com frustração.

A mulher prostrada ao lado do berço da pequena criança apenas suspirava. Ouviram alguém bater na porta e ambos foram domados pelo pânico. Seria a megera que tanto queria machucar a pobre criança que agora chorava com mais intensidade?! Ambos torciam para que não o fosse, relutante, o pai da menina olhou para a mulher que tanto ama, esta apenas assentiu.

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