Capítulo 16 - O começo de tudo: Amor à primeira vista.

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Isabella

-Okay, isso é estranho, porque você fez isso tudo para chamar o Damon sendo que eu posso

chamá-lo sem precisar fazer isso tudo? – Perguntei confusa.

-Ora, eu sei muito bem disso, contudo, esse feitiço que eu acabei de fazer possibilita o Damon a aparecer e a entrar na mente da pessoa, é uma manifestação do espírito no corpo humano. – Bonnie explicou de forma clara.

-Está querendo dizer que o Damon vai me possuir? – Falei assustada.

Bonnie soltou uma gargalhada e Damon a acompanhou.

-Eu não diria que ele irá te possuir...só vai...bem ele vai entrar na sua mente, vai mostrar tudo o que vocês viveram, coisas que você não se lembra, suas lembranças. – A morena falou calmamente.

-E como vamos fazer isso?! Digo, ele vai entrar no meu corpo? – Falei desconfortável.

-Não será preciso, ele vai usar as mãos, vai colocá-las na sua cabeça, você deverá fechar os olhos e pensar somente na figura dele. – Ela foi me dando as instruções.

Eu fui tentando absorver aquilo, não era a primeira vez que eu passava por aquela situação, a primeira eu tive que tomar um liquido horrível para entrar na dimensão passada, uma experiência eu diria nada muito agradável.

Respirei fundo enquanto eu me virava completamente para Damon, sabia que as coisas seriam diferentes dessa vez, não sei o que eu descobriria ou se o que eu visse fosse responder minhas perguntas ou me fariam criar outras.

O senhor olhos azuis me encarou rígido, parecia estar mais apreensivo do que eu, posicionou suas mãos de forma delicada em minhas têmporas e fechou os olhos concentrado, relaxei o corpo e fiz o mesmo.

Aos poucos uma certa onda eletromagnética corria de seus dedos me fazendo ficar enjoada. Tudo a minha volta parecia girar e logo o vazio da minha mente pareceu sumir quando eu cheguei a um certo lugar um tanto familiar.

(...)

O estabelecimento estava silencioso, mas aquele silêncio trazia consigo o seu motivo, a morte. Eu havia contado no mínimo uns 12 corpos, todos dispostos aos meus pés, foi ai que notei, olhando para o meu reflexo no espelho vi que o canto da minha boca estava ligeiramente sujo por um liquido vermelho e viscoso, sangue.

Eu tinha feito aquilo.

Dei uma olhada nas minhas vestimentas, espartilho, calça preta, bota...se tinha uma coisa que não havia mudado essa coisa era meu estilo.

Soltei o ar dos meus pulmões e sai do estabelecimento, de alguma forma eu me sentia bem, me sentia confortável, como se o que eu supostamente tinha feito fosse algo indiferente, normal.

Comecei a caminhar pela floresta de forma lenta e curiosa, não tinha rumo, estava andando por andar, até que senti um leve ardor em meus braços.

Logo ouvi um barulho na mata e um homem com trajes de guerra, olhos azuis oceano e um certo espanto no olhar veio ao meu encontro.

-Eu te machuquei? – Perguntou arfando.

-Não...está tudo bem – Garanti.

-Desculpe, atirei no que vi e acertei no que não vi. – Riu sem humor.

Eu sabia que era Damon, mas eu parecia não ter voz naquele lugar.

Apenas assenti para o rapaz.

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