Capítulo 30 - De tudo ao meu amor serei atento.

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*Isabella*

Minha vida daria um diário e tanto. A começar pelos meus dons sobrenaturais que até aonde eu sei, são coisas que somente eu sou capaz de ter, e com isso, sou considerada uma pessoa um tanto quanto perigosa (mesmo que eu não seja como tal), e bem, sou alvo de muita gente que precisa de mim morta.

As coisas, porém, não param por ai, sou filha de um vampiro Original com uma humana que agora nada mais é do que uma vampira igualmente perigosa. Sou neta de uma bruxa (literalmente) que parece não ver a hora de me tacar no fogo do inferno. Acho que deu para resumir bem, não é mesmo?!

Ah! Já ia me esquecendo, tenho um namorado bastante peculiar também, Damon Salvatore, pelo o que me recordo ele foi o meu primeiro amor verdadeiro, e tem tudo para ser o último. Ficamos afastados por muito tempo devido a maldição que em mim foi selada, e ele acabou tendo sua alma ceifada retornando como um fantasma em minha vida.

É bem difícil de acreditar, eu sei, mas dêem um voto de confiança. Nada está tão ruim, que não possa de fato piorar, e alguma coisa dentro de mim gritava dizendo "Fuja enquanto é tempo", mas como vou fugir de uma coisa que eu nem sei ao menos o que é?! A verdade é que desde o baile eu não consigo tirar a sensação de que a qualquer momento vou ser atacada ou qualquer coisa do tipo. Eu olho para as pessoas que me cercam e um aperto no meu peito parece se estreitar ainda mais. Quando estou com Damon isso fica ainda pior, eu foco em seus olhos e eles estão perdidos, a dor e a preocupação os assolam, e é bem nítido que ele me esconde algo, eu só não pergunto o que devido aos meus problemas maiores, como por exemplo, tentar juntar meus pais novamente.

-Isabella Petrova Mikaelson, você fez o que? – Minha mãe estava furiosa e eu não conseguia parar de rir de suas feições irritadas.

-Convidei o papai para sair conosco hoje a tarde. – Dei de ombros me fazendo de desentendida.

-Você não presta, garota. – Cruzou os braços. – Eu não irei com vocês, isso está totalmente fora de cogitação, nem morta piso fora daqui com Elijah.

-Morta você já está, então...acho que você não tem escolha, mãe, e outra, sou sua filha e preciso da minha família unida, ou você quer que eu cresça com traumas? – Argumentei.

Katherine revirou os olhos.

-Trauma, Isabella?! – Arqueou as sobrancelhas. – Isso é sério?!

Fiz cara de choro.

-Tá bom! Eu vou, mas não me peça para ser gentil, está ouvindo? – Apontou o dedo de forma ameaçadora.

Assenti e a abracei, ela devolveu o abraço e assim ficamos por um bom tempo.

*Elijah*

-Ora, ora, quem acordou mais cedo do que o previsto. – Meu irmão entrou no meu quarto com um sorriso do rosto.

-O que quer? – Fui direto.

-Soube que Katherina está de volta. – Cruzou os braços ainda com o sorriso no rosto, porém estava mais largo do que o normal.

-Voltou? – Me fiz de desentendido.

-Não seja hipócrita, Elijah, você só se arrumava desse jeito quando ia encontrar com ela, alguns hábitos não mudam. – Se aproximou. – Fico feliz que esteja reunindo sua família novamente, e antes que você me ameace eu não irei interferir novamente, tenho coisas mais importantes para fazer. – Apertou meus ombros.

-Eu espero de verdade que você se mantenha longe dessa vez, não hesitarei em arrancar seu coração ou enfiar uma adaga em seu peito caso se aproxime de forma ameaçadora da minha filha e de Katherina. – Devolvi o aperto saindo logo em seguida do quarto e da mansão.

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