Capítulo 01 - A Criatura

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Parte I - A Feiticeira


Prazer, eu me chamo Loren Felix, tenho 24 anos, sou uma feiticeira e despertei minhas habilidades aos 7 anos de idade. Fui considerada como um prodígio por isso, mas nem acho grande coisa, minha irmã Lia, despertou com apenas 4 anos de idade. Meu pai, Linderman Felix, nos ensinou desde novas as artes místicas, como usa – las e do que deveríamos ficar longe. Se havia uma coisa que ele odiava era quem usava magia para o mal.


Dias DÁvila era um pequeno município da Bahia, ficando a mais ou menos 2 horas da capital Salvador e contava com uma população aproximada de 78,05 mil habitantes. As melhores fontes de água do estado eram encontradas aqui, o que lhe rendia o apelido de Cidade das Águas. Vizinha ao Polo Industrial de Camaçari, a cidade era habitada por trabalhadores, que imigraram para cá, graças a ampliação do Polo Petroquímico e era lá que eu residia, no Castelo Felix, uma enorme construção com aspectos medievais, que acabou sendo considerado um dos patrimônios culturais da região. Atualmente eu estava só, já que Lia seguiu para Salvador, com o objetivo de aperfeiçoar sua magia. Meus pais eram influentes na política, sendo minha mãe uma Senadora do Estado e meu pai um Deputado Estadual, o que tomava muito de seu tempo em Brasília. Eu resolvi seguir por um caminho diferente, nunca curti esse negócio de política, gostava mais da parte da ação, então entrei para uma organização que lutava para manter um equilíbrio entre a sociedade mística e mundana, a Ordem dos Caçadores. Eu era capitã, uma patente bastante respeitada e passada apenas para as pessoas dignas. Haviam apenas três em Dias D'Ávila, não se fazia necessário manter mais, já que era uma pequena cidade.

Na praça ACM estava havendo uma confusão, os transeuntes do local alegavam ter visto um lobo gigante, outros diziam que era um lobisomem, os mais radicais falavam que era a besta encarnada, então eu fui convocada para investigar, o mais provável era um ataque de lobisomem, induzi. O local estava vazio, as pessoas estavam receosas de transitar por lá até descobrirem o que era que estava rondando aquela área. Eu reuni meus soldados, um grupo com apenas 3 pessoas, sério, o título de capitão aqui não valia quase nada, já que por falta de pessoal eu mesma acabava na linha de frente das investigações. Os outros dois geralmente eram incumbidos a tratarem da parte burocrática e administrativa, coisa que eu odiava fazer, então eu liderava os soldados em campo, não haviam muitos, nossa sede era ocupada, no total por no máximo 20 membros, contando os Mestres Generais, era apenas para dizer que a cidade tinha um representante, o prefeito daqui não achava necessário fazer esse investimento, sim, a Ordem dos Caçadores é de conhecimento dos governos de cada lugar do Brasil e mantido por eles com intermédio do Governo Federal.


Voltando ao monstro que assustava as pessoas na praça ACM, ouvi um uivo próximo ao supermercado que havia nas proximidades, imediatamente eu e meus soldados corremos para lá. De fato, havia algo, era grande e peludo, mas não era um lobisomem, aliás nem se parecia com um lobo, o que era aquilo, eu ainda não sabia. Meus homens o cercaram, eles portavam pistolas com bala de prata, dado as circunstâncias, mais por precaução caso fosse um lobisomem. Nunca vi tamanha inexperiência, eles atiraram sem causar um ferimento a criatura, apenas assustando – a. Ele avançou e deixou dois deles caídos no chão mortos com o pescoço ensanguentado. Mais um detalhe, suas garras eram tão afiadas quanto a de um lobisomem, seria um problema, me deram um bando de inúteis e eu sentia muito, a vida deles estava em minhas mãos. Quando o monstro atacou novamente, eu pus-me à frente daquelas pobres almas assustadas. Movimentei meus dedos duas vezes em forma circular e juntei a palma de minhas mãos exercendo uma grande quantidade de pressão. Uma barreira flamejante formou – se, bloqueando aquelas garras assassinas, mas sem causar danos. Sem esperar a próxima ação dele eu converti a energia da barreira em uma esfera de fogo nas dimensões de uma laranja e lancei contra a cabeça da criatura, que mal se moveu. Os dois que estavam comigo mais uma vez atiraram, dessa vez conseguiram feri – lo, observei que uma das balas atingiu uma região onde não haviam pelos, então nosso monstro misterioso tinha um ponto fraco. Atirei lhe outra esfera de fogo na mesma região que fora atingido, houve um urro de dor e em seguida ele caiu, tomando a forma de um homem franzino, caucasiano. Meus soldados o prenderam com uma algema mística, que era usada para inibir qualquer atividade sobrenatural, usávamos para impedir as transformações lupinas, ou até para que magos não usassem seus truques na prisão, mas essa noite serviria para impedir que o misterioso monstro aparecesse novamente.


A magia tinha uma forma estranha, ela funcionava de acordo com a crença das pessoas ao redor. Por exemplo uma bola de fogo que usei, para pessoas mundanas, elas enxergavam como se eu tivesse usando um lança chamas, ou a conversão de magia para a barreira, seria como um escudo, a forma que eles veem depende muito da crença da comunidade em que nós feiticeiros e magos vivemos. Já ouvi casos de uma magia não funcionar em locais com muitos descrentes nessas coisas. Chamamos essas pessoas de adormecidas ou mundanas, elas não enxergam além do manto que as envolve, não sabemos um motivo para isso ou quem fez isso, mas a magia existe e todos os dias pessoas são vítimas dela ou de seres fantásticos, mas por estarem adormecidos acabam atribuindo a animais comuns ou a atrocidades humanas.


Eu tive duas baixas nessa missão, algo lamentável, mas a verdade era que a ordem dos Caçadores de Dias D'Ávila estava sem preparo. Eu pensei em falar com meu pai ou minha mãe, mas eu não recebia notícias deles há um tempo, isso me deixava aflita. Após limparmos o local, eu levei o monstro para o laboratório afim de analisar o que era aquilo. Deixei com os peritos, provavelmente dentro de 5 ou 6 dias teria uma resposta, até lá eu pretendia mudar um pouco as coisas, não podíamos ser destratados apenas por sermos um município pequeno e pode-se dizer sem muita renda para o estado, eu iria para a sede dos caçadores em Salvador, e viria de lá com mais recursos

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