True self

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SAMANTHA POV

A voz da diretora ecoou por todo o edifício  " Não se esqueçam que hoje temos uma visita de estudo aos jardins do palácio ---"

Boa ..  Uma visita de estudo , que emocionante..  

O porque de eu não gostar de visitas de estudo?  Bem, se fizesse uma lista teria razões suficientes para escrever um livro, mas resumidamente, são...  despensáveis,  inúteis até.  Tudo o que poderei vir a descobrir nesta ''visita''  , poderia perfeitamente vir a conhecer atráves de livros...  Então porquê sair quando na realidade não seria necessário? Porquê ir até aos jardins se poderia ver fotografias deles? Porque aturar o resto das crianças, e os guias, e os acompanhantes, e os professores, e os axiliares, e toda uma panóplia de pessoas, quando podia visitar os jardins do conforto de um quarto?  

Poucas horas passaram até estarmos a entrar na camioneta. Agora, só faltava decidir onde me sentar..

Se me sentasse atrás, estaria rodeada de barulho constante, de piadas sem graça e de pessoas irrititantes.  Se me sentasse à frente, estaria perto dos professores e auxiliares, e eles não parariam de falar, nem de fazer perguntas... Assim, decidi sentar-me no meio, contra a janela.

Pus os fones e comecei a ouvir música.. "If i die young" começou a tocar:

"And I'll be wearing white when I come into your kingdom

As green as the ring on my little cold finger

I've never known the loving of a man

But it sure felt nice when he was holding my hand

There's a boy here in town, says he'll love me forever

Who would have thought forever could be severed by

The sharp knife of a short life

Oh well, I've had just enough time

So put on your best, boys and I'll wear my pearls

What I never did is done"

A música era simplesmente .. perfeita.  Ela morreu antes de sequer amar ou ser amada. Desapareceu da beira dos seus deixando apenas recordações em seu lugar.  Partiu, e não voltou..

Quando eu partir , ninguém sentira a minha falta, ninguem se preocupará, nem ninguém se recordará de mim. Irei morrer e cair no esquecimento. Irei morrer e ninguém quererá saber.

Uma lágrima escorre pela minha face ao pensar no esquecimento, na eternidade e na morte.

De repente, alguem se senta ao meu lado.

"Hey, Samantha certo?"  , era o Niall  (o voluntário que me passou a água)

Uma batalha interior deu-se dentro de mim. Responder, nunca lhe responderia...  Mas se simplesmente lhe acenasse com a cabeça, estaria eu a perder no meu próprio jogo? A desistir?  

E se não me movesse, será que ele se iria embora ou apenas me encheria de questões, perguntas e inquisições?  Será que aceno ou será melhor não?

A minha batalha interior foi parada quando sem me aperceber , acenei a cabeça.

No entanto, acho que ele percebeu o meu desconforto e não fez mais nenhuma tentativa de falar comigo. Mas, estava a olhar fixamente para mim. Era seguro dizer que eu estava para além de desconfortavel.

Como não sabia como reagir, olhei para ele também.

Ele era extremamente.. bonito

'Bonito

adjetivo 1. agradável à vista, ao ouvido ou ao espírito 2. formoso, belo, lindo 3. generoso 4. bom; vantajoso'        Os seus olhos são de um cativante azul safira. Tem cabelo loiro, e um sorriso um tanto..  contagiante?  Digamos que quando ele sorri, também me apetece sorrir. Assim, do nada.   E eu sorri.  Não me culpem, culpem o sorriso dele.           E de repente ele puxou-me para um abraço.             E o mais estranho?  Eu abreçei-o de volta.

Speechless LoveWhere stories live. Discover now