What's love?

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NOTA: IGNOREM O "POEMA" INICIAL,  FOI SÓ MESMO PARA ESTABELECER O ÍNICIO DO CAPITULO xx

25 de junho de 2013

SAM POV

O amor é um sentimento ardente,

Que não deixa ninguem indiferente

O amor é paixão, desejo de possessão

Um só olhar,

Um só sorriso,

É tudo o que basta,

É tudo o que é preciso "

Li e reli a quadra vezes sem conta. AMOR. Uma palavra, mil significados. Apesar de ainda não o ter vivido nem presenciado, já li sobre ele. Uns atribuem-lhe as melhores qualidades, outros sofrem com ele. Não percebo esse conceito de " sofrer com o amor". Como é que algo supostamente belo nos pode magooar? Um só sentimento tem essa capacidade?   Mas também não interessa, só sofre com amor que o procura. Eu não o procuro, nem vou procurar.

Pousei o livro. Olhei para o calendário, faltava pouco para nos apresentarmos na entrada devido a  hoje  ser oficialmente o dia da chegda dos voluntariados uma vez que ontem fora só a apresentação.

Depois de vestida dirigi-me até à entrada,  o que nestes últimos dias se parecia estar a tornar numa especie de rotina...

A diretora começou por dividir os voluntários pelas faxas etárias. Enquanto ela falava , consegui abstrair-me completamente do seu discurso, levando a minha mente para todos os lugares, menos aquele. Mas o meu estado de concentração foi interrompido quando ouvi alguém a me chamar..

"Samantha? Samantha?? Não me ouviste a dizer para toda a gente ir para a sala comum?" 

Afinal quem me chamava era a diretora.

Pois.. não, não ouvi.

"Não se preocupe Mrs. Parker, eu posso acompanhar a Samanhtha até à sala"

Uma voz respondeu, fazendo-me desviar o meu olhar até a sua fonte.  Apercebi-me rapidamente que era o mesmo rapaz que me tinha questionado no outro dia, Niall se não me engano.

Independentemente de saber o nome dele, porque razão é que iria com ele até a sala? Alias, porque é que eu tinha de ir com alguém? Já estou aqui à tempo suficiente para saber a localização da sala comum... 

"Muito obrigada Niall"  a diretora disse, saindo da entrada

"Sempre às ordens"

Acho que ele tentou ser engraçado. Mas não resultou.

"Bem, acho que é destino ou algo assim, o facto de estarmos sempre a encontrarmo-nos" Ele disse, aproximando-se.

Aproximando-se, e aproximando-se, e aproximando-se..  Isso era demasiada aproximação para mim.  Comecei a entrar em pânico, mas tentei controlar-me..

Se não fosse o facto da sala comum ser já ao virar do corredor, não sei o que poderia ter acontecido.

"Chegamos" ele disse

Tick tock, Tick tock, Tick tock, Tick tock, Tick tock

O tempo nunca mais passava

Tick tock, Tick tock, Tick tock, Tick tock

Continuo sem perceber isto dos "voluntários". Agora as minhas dúvidas já não se concentram tanto no facto de até que ponto a sua vinda seria 'voluntária', mas sim no facto de que serei 'vigiada' por pessoas que tem basicamente a minha idade, e provavelmente menos de matade da minha maturidade. Argh, que  lógica. Ou falta dela..

Sentei-me numa mesa e começei a desenhar, algo que fazia bastante bem. Pasado pouco tempo podiam-se ver os traços característicos de um rapaz, e pouco demorou até tomar consciência que estava a desenhar o voluntário. Apercebendo-me da situação, parei o desenho, começando um novo.

Desenhava agora a paisagem que observava pela janela. O modo como o movimento das árvores estava sincronizado com o chilrear dos pássaros encantava-me, e era esse encantamento que eu tentava transpor para o papel.

Pouco  tempo passado a campainha tocou, era hora de almoço. Talvez a minha 'menos favorita' altura do dia. Todas as crianças dirigem-se numa correria até ao refeitóriom e é lá que se gera a confusão.  Na fila para o almoço.. É lá que tudo acontece. Desde de tentativas de ultrapassar os outros, a conversas rídiculas e estupidamente altas, a toques, empurrões . A hora de almoço é uma confusão e é por isso que costumo ser sempre a última a ir comer, evitando assim todo o contacto desnecessário com as pessoas.

Speechless LoveWhere stories live. Discover now