Thirteenth

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Já se faziam 8 anos e ainda parecia ter sido ontem.

Todos os dias, de cada mês, de cada ano que se passou, Lauren estava lá.

O mesmo buquê de flores em mãos... As mesmas histórias... O mesmo sorriso triste... E o mesmo choro.

Aquele cemitério era a sua segunda casa.

- Olá, papai - sorriu fraco ao encarar as duas lápides a sua frente, sentindo o aperto da mão de Taylor na sua e da mão de sua mãe sobre o seu ombro. - Olá, Chris.

Se manteve calada enquanto a sua mãe e sua irmã tinham o seu momento com o seu pai e o seu irmão, deixando-a sozinha por ali logo que acabaram.

- Ahm, hoje eu tenho um segredo pra contar à vocês - confessou, se sentando e cruzando as pernas sobre o peito. - Eu conheci alguém - riu baixo. - Uma garota... Muito irritante e petulante, mas ela faz eu me sentir um alguém de verdade outra vez, entendem? Não é como se eu tivesse vocês pra me proteger como antes, mas ela consegue preencher boa parte do buraco aqui dentro - repousou uma das mãos sobre o próprio peito, como se eles estivessem realmente a observando de onde quer que fosse. - E isso é tão estranho... Eu nem ao menos a conheço, só sei que se chama Camila, e ela já me fez tão bem... Me causa sentimentos confusos - mordiscou o lábio nervosamente. - Eu sei... Não posso me apaixonar. E não vou, eu só... Me sinto inteira de novo.

Seus pés balançaram durante algum tempo, levando o seu corpo para trás e para frente.

Seus pensamentos eram perdidos o suficiente para que nesse instante o seu rosto estivesse sendo molhado por lágrimas familiares. Ainda mais intensas que o normal.

- Você sente falta deles, não é?

Seu coração disparou imediatamente ao ouvir a voz da latina ao seu lado. Suas mãos voaram para secarem o seu rosto antes que ela pudesse ser denunciada, mal sabendo que Camila já havia notado a muito tempo.

- Muito - sussurrou, se levantando do chão e batendo a terra em seus jeans. Cruzou os braços sobre o peito e encarou o par de olhos chocolates de forma intensa, que fazia a latina tremer internamente e engolir em seco. - Por que não apareceu mais cedo?

- Eu... Me senti um pouco intimidada pela sua mãe e sua irmã - riu fraco, desviando o olhar constrangida. - Me desculpa.

- Você não pode fazer isso...

- O quê?

- Entrar na minha vida - abaixou o olhar, fitando os próprios tênis. - Ninguém pode.

- Lolo, eu já estou na sua vida há muito tempo...

Sweet NightmareOnde histórias criam vida. Descubra agora