Porta trancada,
Música alta,
Luz apagada;
De acompanhante, ele tinha a solidão -
Eu não estava com ele há muito tempo.
Um grande quarto
No qual não cabiam nem os seus menores sonhos
(Ele era um sonhador e nem sabia).
Dava passos de uma dança improvisada,
Que reconfortava sua alma pesada e suja.
Lágrimas começaram a escorrer daqueles olhos nada expressivos
Que muito diziam,
E medos eram destruídos.
Tudo conspirava para uma evolução.
As paredes sussurravam para que ele se reinventasse;
E os livros, nas paredes, estavam dispostos a o ensinar como.
Um longo instante que não será esquecido
Pela sua fraca memória
E que o ensinou coisas já conhecidas:
A vida é feita momentos,
Momentos feitos de vida.
Porém, ele se arrependeu de tão pouca coisa...
"Desculpe-me, pessoas,
Por trocar suas companhias
Para ficar aqui no meu quarto
Pensando em quão valioso
É ter alguém do meu lado." Disse ele...
E foi aí que eu voltei àquele rapaz.
Ele precisava descobrir o meu sentido:
Não ter sentido.
Sai da escuridão lentamente
E deixei que ele se acostumasse a mim
Mais do que eu me acostumara a ele.
Então disse eu:
- A hipocrisia
Às vezes
Nos impede de dar um passo adiante,
Mas é necessário
Às vezes
Esquecer nomenclaturas
E apenas fazer.
Independente do que seja,
Apenas faça;
E satisfaça
Essa tua imensa vontade de atuar
Nas repentinas peças que eu monto.
E atue com consciência;
Faça com convicção,
Com amor.
E deixe que eu me preocupe com o roteiro.
Aproveite-me em plenitude
Pois
Uma vez
Que
Suas asas batem
É impossível
Voltar ao casulo.
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Minha Metamórfica Poesia
Поэзия"Poesia é morfina pra quem sente as dores de alma." Arthur Diogo Capa do livro- Guilherme Allan