Será que a vida é só vagar a esmo por aí atrás de objetivos randômicos?
Ela se resume a ver tudo como num filme?
Sempre vendo o mundo na perspectiva dos mesmos olhos de sempre,
Enxergando apenas os membros do corpo,
Mas nunca podendo enxergar a si mesmo?
Enxergando todos andando por aí e não poder se ver balançando nas ruas.
É isso?
Ela é compactada em pessoas te vendo andar por aí?
Ou
Será só imaginação?
Somos marionetes ou não, Laurie?
Por favor, Deus!
Desvenda meus olhos!
Sou ateu, mas apelo a ti
Se você existe, me diz o que é isso!
As músicas são dançantes; as danças, prazerosas.
O prazer é poesia
E poesia remédio à depressão das músicas não dançantes.
Mas não cabe o mundo no poema desconhecido.
Então, grito e choro. Mas grito baixo
E choro na chuva.
Se o mundo não cabe no poema, cabe algum poema no mundo?
Estou pensando demais sobre o fim, mas é divertido fantasiar. E,
Já te adianto, não chegarei a conclusão nenhuma. Então não espere um ótimo final; estou aflito demais para isso.
Quando temos menos tempo para sermos Sherlock, aí é que os enigmas crescem. Eles tomam vida
E, principalmente, coragem.
E o que é a vida senão um grande Estudo em Vermelho? E o que és tu, senão um grandioso sir Holmes?
Há um poema atrás, disse que não temos todo tempo do mundo.
Mas percebe quão falho é?
O mundo não vê as horas. Não o importa.
Eu não sei quem sou eu.
E, se sabe, me conte, por favor.
Me chame num canto e sussurre baixo no meu ouvido.
Melhor! Mande uma carta.
E eu decido se a lerei ou não.
Tenho medo do que sou eu.
Acredito que, se eu fosse eu,
Meus amigos não me reconheceriam.
Então espero que tu saibas quem sou eu,
Que me reconheça,
pois você é desconhecido, e eu um mero Watson precisando de alguém maior, mais inteligente e perceptivo.
Você sabe quem você é?
Sério, sem nenhum nível de crítica, nem filosófico. Não para pra pensar, só responda.
Quero saber se você sabe quem você é, ou se ao menos sabe qual é o objetivo que tem.
Mas sem contar que quer ser rico
Ou que você é meiga e feliz.
Não tente ser perfeito.
Conta a verdade, deixe-me ver se faço algo parecido. Porque aí, então, terei sim um objetivo.
E se não sabe quem você é, fale baixo.
Muito baixo, a fim de que ninguém o escute.
Não posso perder minhas esperanças...
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Minha Metamórfica Poesia
Poesía"Poesia é morfina pra quem sente as dores de alma." Arthur Diogo Capa do livro- Guilherme Allan